O secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral e o subsecretário de vigilância em saúde, Dario Brock Ramalho, participaram, nesta quinta-feira, 02/04, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, de mais uma coletiva virtual sobre a situação da pandemia de Covid-19 em Minas Gerais. “Para iniciar, em relação aos dados publicados no boletim divulgado hoje, às 10h, desta quinta-feira, informamos que ocorreu um erro na extração das informações no sistema onde ficam disponíveis os resultados de exames realizados pela FUNED. Dessa forma, destacamos que não há, até o momento, óbitos confirmados nos municípios de Juiz de Fora, Contagem e São Gonçalo do Rio Preto. Assim que foi detectado o equívoco, o boletim foi retirado de nossos sites e redes sociais. Pedimos desculpa pelo ocorrido e ressaltamos que todas as medidas necessárias já foram tomadas para que essa situação não volte a ocorrer. Informamos que o novo boletim, com as devidas atualizações, já foi publicado em nosso site”, afirmou o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral.

Crédito: Gil Leonardi

De acordo com a atualização do boletim, realizada hoje, às 16h30, Minas Gerais apresenta 39.084 casos suspeitos; 370 casos confirmados; 55 óbitos em investigação e quatro óbitos confirmados. Na ocasião, o secretário também abordou a situação dos leitos no estado. “Há 2.013 leitos de UTI adulto. Desse total, há 66 pacientes internados em decorrência do covid-19 ou por suspeita da doença. A taxa de ocupação de leitos de UTI, em relação ao coronavírus, é de 3%.  Vinte e um  pacientes que estavam internados em leitos desse tipo por suspeita da doença, já receberam alta. Já em relação aos leitos clínicos, o Estado possui 11.625 leitos clínicos. Desses, há 286 pessoas internadas em decorrência do Covid-19 ou por suspeita da comorbidade e 348 receberam alta. A taxa de ocupação de leitos clínicos, em relação ao COVID-19, é de 2%”, informou Cabral. A taxa de ocupação de leitos, de forma geral, no Estado está em cerca de 60%.

Habilitação de Laboratórios

A Fundação Ezequiel Dias (Funed), por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), publicou nesta quinta-feira, 2/4, a habilitação de 19 laboratórios aptos a realizarem o diagnóstico para identificação da Covid-19. “Essa ampliação permite que a FUNED viabilize até 1.800 amostras por dia, dando mais condições ao enfrentamento e diagnóstico da pandemia”, pontuou.

O canal de atendimento via telefone, LigMinas (155), disponibilizou hoje informações em relação ao coronavírus para cidadãos e profissionais de saúde. “O canal possibilita que toda a população tenha acesso às informações relevantes da covid-19, tanto para o cidadão comum, quanto para o profissional de saúde”, afirmou.

O subsecretário de vigilância em saúde, Dario Brock Ramalho, explicou que, por se tratar de um vírus novo, em que o ser humano ainda não possui imunidade, e ser uma doença de fácil transmissão, é provável que a maior parte da população em algum momento seja contaminada, “no entanto, é importante frisar que a maior parte das pessoas terão sintomas leves ou, ainda, serão assintomáticas. O isolamento social visa essencial desacelerar a rapidez com que o contágio é feito. Dessa forma, não há sobrecarga no sistema de saúde ao mesmo tempo e os casos ocorrem de forma espaçada”, explicou Dario.

Testes rápidos

As unidades de testes rápidos, enviadas pelo Ministério da Saúde, também foi abordada. “Temos que ressaltar sempre que o teste rápido não substitui o PCR, exame realizado na FUNED, que analisa a presença do vírus na mucosa e secreções nasais. Os kits de testes rápidos identificam anticorpos já gerados pelo vírus, ou seja, eles têm como objetivo saber se pessoa já teve ou não contato com a doença em algum momento de sua vida. O teste rápido não serve para identificar se a pessoa possui, neste momento, o coronavírus. Ele apenas detecta se ela já teve, no passado, a infecção. Nesta fase essencial, será restrito aos profissionais de saúde e de segurança, essencialmente para recompor força de trabalho, pois o exame é eficaz somente após 7 dias, tempo em que o organismo desenvolve anticorpos contra a doença”, explicou o subsecretário.

“Nós precisamos ficar atentos para que a medida do isolamento social, bem como as informações que vêm sendo dadas à população como lavar as mãos com frequência, evitar cumprimentos e proximidade, entre outras, sejam seguidas. Ressaltamos que todos prestem atenção e façam o isolamento social para que tenhamos condições de achatar ao máximo possível a curva da pandemia, evitando a sobrecarga do sistema de saúde e, assim, atender da melhor forma possível toda a população”, finalizou o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral. 

Por Paula Gargiulo