A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, nesta sexta-feira (9/8), a 13° Reunião da Câmara Técnica do Comitê de Saúde Integral da População Negra e Quilombola.

Crédito: Joseane Mariluz Martins de Carvalho

O encontro, ocorrido na Escola de Saúde Pública (ESP-MG), em Belo Horizonte, reuniu representantes da SES-MG, do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS-MG), da Fundação Hemominas, da ESP-MG e da sociedade civil.

Durante a abertura, a importância do papel desempenhado pelo comitê na implementação da Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Quilombola foi destacado pelos participantes.

A superintendente de Atenção Primária da SES-MG, Camila Helen de Almeida, reforçou que a Câmara Técnica representa uma primeira fase para a elaboração, desenvolvimento e implementação das ações.

“Sabemos que ainda há muitos desafios a serem superados no que se refere à saúde da população negra e quilombola em Minas e, para isso, precisamos fazer esse trabalho constante de articulação entre as diferentes esferas, órgãos e grupos envolvidos”, pontuou.

Instituído 2017, o comitê é um órgão colegiado com caráter consultivo e propositivo, cuja finalidade é formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito estadual, voltadas para o enfrentamento à discriminação, para a promoção à saúde integral e para a defesa dos diretos das Populações Negra e Quilombola.

A diretora de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da SES, Daniela Souzalima, explica que a reunião faz parte do processo de acompanhamento da implementação da Política Estadual e destaca a importância da participação ativa dos representantes.

“A fala de cada representante é fundamental para nos aprofundarmos nas discussões sobre as barreiras de acesso à saúde pública que ainda se apresentam para essas populações e, a partir disso, avançarmos na implementação da política”, reforça.

Maria Alves de Sousa, representante do CES-MG, destacou a missão de defender a saúde pública de qualidade.

“Minas Gerais é um estado extenso e com regiões heterogêneas. Dessa forma, precisamos diagnosticar os desafios em saúde pública de cada território para que se possa efetivar o que é planejado”, afirmou.

Já Rafael de Paula Lana, representante do Cosems-MG e secretário Municipal de Saúde de Pirapora, falou sobre a importância de participar da reunião para levar as discussões do espaço para o seu território.

“O entendimento na via de mão dupla entre Estado e municípios é o que possibilita a pactuação das questões debatidas e o avanço na saúde pública ofertada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma.

Ivanilde da Silva, representante da Sociedade Civil no Comitê destacou que participar do encontro, discutir a saúde da população negra e quilombola em Minas Gerais, e estar no município, acessando a Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Quilombola, a faz compreender o impacto do trabalho desenvolvido aqui.

Ao longo da reunião, os participantes discutiram os ajustes no documento de organização da assistência aos usuários com anemia falciforme. A doença é uma condição hereditária que afeta principalmente a população negra, causando alterações nos glóbulos vermelhos e impactando a saúde dos pacientes.

Histórico

Para a construção da Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Quilombola, a SES-MG recorreu ao diálogo e à cooperação com diversos setores da sociedade civil. O trabalho teve início com a instituição, em 2017, do Comitê Técnico de Saúde Integral da População Negra.

Já em novembro de 2022, o Governo de Minas, por meio da SES-MG, publicou a Política, que tem o objetivo de promover a saúde integral desta população e combater as diversas formas de desigualdades. Para isso, o documento estabelece as ações e ferramentas a serem utilizadas para o enfrentamento das dificuldades no acesso à saúde.

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Por Jornalismo SES-MG