O Comitê Regional de Prevenção da Mortalidade Materna, Fetal e Infantil de Sete Lagoas passa por uma significativa reestruturação, alinhando-se às novas diretrizes estabelecidas pela Deliberação CIB-SUS/MG nº 3.963 e pela Resolução SES/MG nº 8.378, ambas de 19 de outubro de 2022.
As mudanças redefinem a organização dos Comitês estadual, regionais, municipais, compartilhados com os comitês hospitalares, buscando melhorar a eficácia das ações de prevenção a mortalidade materna, infantil e fetal. Dentre as principais mudanças registradas no Comitê Regional de Prevenção da Mortalidade Materna, Fetal e Infantil da Regional de Saúde de Sete Lagoas está a atualização dos membros titulares e suplentes, bem como a revisão do regimento interno.
Segundo Sione Dias Oliveira Cardoso Silva, enfermeira e Referência Técnica Titular da Coordenação de Assistência à Saúde (CAS) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas no Comitê Regional, essas medidas visam fortalecer as ações voltadas para a redução da mortalidade materna, fetal e infantil nos 35 municípios sob a jurisdição do comitê.
"O Comitê Regional de Sete Lagoas sempre esteve ativo e, em 2024, já nos reunimos nos meses de fevereiro, abril, junho, julho e agosto. Estamos focados em reformular nossas estratégias para contribuir efetivamente para a qualificação da assistência materno-infantil na região", ressaltou Silva.
A coordenadora da Atenção Primária à Saúde (APS) de Curvelo, Danielle Alves de Carvalho Mota, reforçou a importância da qualificação da atenção pré-natal como uma medida crucial para reduzir os índices de mortalidade. "Qualificar a atenção pré-natal na APS é fundamental para reduzir os óbitos maternos, fetais e infantis. É essencial garantir que todas as gestantes tenham acesso aos serviços de pré-natal, especialmente em áreas rurais e comunidades vulneráveis. Isso envolve não apenas o acompanhamento regular, mas também a identificação e o monitoramento de condições de risco, como hipertensão, diabetes gestacional e infecções", explicou Mota.
A médica pediatra Dilma Elizabete de Carvalho, do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) do município de Sete Lagoas, destacou a importância do comitê na criação de estratégias preventivas. "O Comitê de Prevenção da Mortalidade Materna, Fetal e Infantil desempenha uma função essencial ao atuar de forma proativa para reduzir a mortalidade por meio da identificação de causas evitáveis e da proposição de soluções eficazes. Nossa atuação inclui a análise de causas, monitoramento e vigilância, além de recomendações para políticas públicas, capacitação profissional e redução de desigualdades", afirmou.
A reestruturação do comitê busca, por meio dessas estratégias, fortalecer o trabalho colaborativo entre profissionais de saúde, gestores e a comunidade, visando a uma abordagem integrada que possa impactar positivamente os desfechos de saúde para mães e bebês na região. Com essas mudanças, espera-se um avanço significativo na redução das taxas de mortalidade materna, fetal e infantil, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida nas localidades atendidas.