Em 2024, Minas Gerais enfrentou sua pior epidemia de dengue com 1,3 milhão de casos confirmados e mais de mil óbitos. Os dados constam no painel de vigilância das arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. A situação não foi diferente na macrorregião de Saúde Oeste, onde foram registrados, até o momento, mais de 91 mil casos de dengue e 79 óbitos. ( https://bit.ly/3YiaaiI)
Para organizar as ações de combate ao mosquito transmissor das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), secretários municipais, equipes de vigilância em saúde, Atenção Primária e mobilizadores sociais, juntamente com médicos e enfermeiros da assistência dos 53 municípios da macrorregião de Saúde Oeste participaram nos dias 30 e 31/10, do Seminário Macrorregional de arboviroses. O evento idealizado pela pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis ocorreu no auditório da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) - Campus Dona Lindu, em Divinópolis.
O primeiro dia foi marcado por ações preparatórias para enfrentar surtos e nova epidemia, abordando a atualização dos planos de contingência municipais, das estratégias de comunicação e mobilização social, controle vetorial, vigilância laboratorial, papel das secretarias municipais na resposta às emergências, além da proposição de exercícios práticos. O segundo dia contemplou uma programação voltada ao manejo clínico das arboviroses, cuidados com paciente, em uma programação voltada para os médicos e enfermeiros da Atenção Primária.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Aline Lara Cavalcante Oliva, destacou que o objetivo do seminário é preparar os municípios para uma possível epidemia no ano de 2025, para que as ações sejam executadas de forma oportuna. “Estamos discutindo desde o plano de contingência até a reformulação da rede, manejo clínico, e toda a preparação para o enfrentamento às arboviroses, principalmente dengue, zika, chikungunya e febre amarela”, disse a superintendente.
A superintendente Regional de Saúde de Divinópolis, Kênia Silveira Carvalho, ressaltou a importância do seminário como forma de preparar a equipe de saúde dos municípios antecipadamente, para que possam estruturar os processos de trabalho, vigilância epidemiológica e cuidados com os pacientes. “Os treinamentos prévios trazem aos profissionais de saúde o conhecimento sobre os protocolos, sobre os modos de manejo e assim eles poderão trabalhar trazendo mais segurança para a população”, frisou a superintendente da SRS Divinópolis.
Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município de Cláudio, Dayane Roberta, o seminário permite que a equipe possa se antecipar e se preparar para enfrentar uma possível epidemia no próximo ano. “É fundamental ter um plano de ação e uma resposta rápida para tornarmos as decisões mais adequadas frente à epidemia. É importante já estar trabalhando e nos preparando para não sermos surpreendidos”, finalizou a coordenadora.