“Rumores têm aos montes, mas o importante é a gente cuidar da saúde. Por isso, eu procuro manter as minhas vacinas em dia. Vamos para três anos de pandemia, sempre tomei e, graças a Deus, não tive nada. A gente tem que divulgar para a comunidade, o máximo possível, que devemos nos vacinar, porque tomando, cuidamos de nós e de todos”, relata Dinalva de Fátima Cezarino do Carmo, de 66 anos, que não perdeu tempo e já garantiu sua dose da vacina bivalente contra a covid. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a mensagem: as vacinas são seguras, salvam vidas e estão disponíveis nas Unidades de Saúde de todo o Estado.

Crédito: Rafael Mendes

Desde o início da vacinação com o novo imunizante bivalente contra o coronavírus, voltaram a circular mensagens nas redes sociais que disseminam notícias falsas (as “fake News”) sobre a eficácia e reações adversas. É importante ressaltar que a vacina Comirnaty bivalente BA.1 OU BA.4/BA.5 foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como dose de reforço para a população com idade superior a 12 anos. O imunizante protege contra a cepa original (ancestral) de SARSCoV-2 e contra novas cepas e variantes da doença, incluindo a ômicrom.

A coordenadora Estadual do Programa de Imunizações da SES-MG, Josianne Dias Gusmão explica que, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem como finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, e que todas as vacinas aprovadas passam por testes rigorosos para comprovar sua segurança e eficácia. “Para que uma vacina seja disponibilizada para a população, a Anvisa avalia todos os documentos técnicos e autoriza a administração após comprovada a segurança, qualidade e eficácia”, conta Josianne.

“Com a redução do número de casos e óbitos por covid nos últimos meses, as pessoas não estão indo até as Unidades de Saúde para se vacinar. É importante que os grupos elegíveis para a vacinação bivalente fiquem protegidos contra a cepa original e as variantes, para evitar internações e óbitos pela doença. A população deve buscar informações sobre as vacinas em fontes confiáveis como os profissionais de saúde, ou em sites oficiais como, por exemplo, o da SES e do Ministério da Saúde”, destaca Josianne Gusmão.

A SES já recebeu do Ministério da Saúde (MS) 2.528.160 doses de vacinas bivalentes e orientou os municípios a avançarem a imunização para todos os grupos prioritários. Os imunizantes são enviados para as URS de acordo com a demanda dos municípios de sua abrangência.

Importante destacar que o prosseguimento na vacinação ocorre conforme o envio de doses por parte do MS.

Porém, até 27/3, apenas 601.698 pessoas se vacinaram no estado. Os dados sobre vacinação em Minas Gerais podem ser acessados pela plataforma digital, neste link.

Segundo determinação do Programa Nacional de Imunizações, os grupos elencados para receberem o imunizante são:

  • Idosos de 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade);
  • População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas; e,
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade.

Para receber a bivalente é preciso ter concluído o esquema primário, com duas doses das vacinas monovalentes, respeitando o intervalo mínimo de quatro meses da última dose administrada.

Para Adélia Rosa da Silva, 68, se a vacina está disponível no posto, gratuitamente, a hora é de aproveitar a oportunidade e se imunizar. “Tomei no último dia 10 e não tive nenhuma reação, só um pouco de dor no local da aplicação, no mesmo dia. Também não tive nenhuma reação às doses anteriores que tomei! Fiquei quase três anos sem vir para a casa da minha filha e agora, graças à vacina, estou aqui, ótima”, comemora.

Para Vera Lúcia dos Reis Silva, 65, é muito importante manter o cartão de vacinas atualizado, principalmente quando o paciente possui uma comorbidade ou doença pré-existente. “Fiquei sabendo pela televisão que era para tomar a bivalente. Já tomei as quatro doses contra a covid e esse é mais um reforço, por isso eu vim para tomar. Não tive reação nenhuma às vacinas e, em minha opinião, elas são seguras e uma proteção a mais para a nossa saúde. Eu já tomo outras, como a pneumococo, porque eu tenho problema no pulmão, de bronquiectasia e asma, e tomo a P23 e P13. Além dessas, todas que saem na campanha eu tomo, como a da gripe, que tem todo ano”, comenta.

A partir deste mês, começa o período sazonal para as doenças respiratórias, inclusive a covid, que é uma infecção respiratória aguda, causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2). O mais recente boletim divulgado pela SES-MG informa que, em Minas Gerais, foram confirmados 4.196.624 casos de coronavírus desde 2019. Ao todo, 65.575 mineiros perderam a vida para a doença, que é potencialmente grave e tem elevada transmissibilidade. Por isso, a importância de procurar a proteção neste momento, por meio da vacina.

Por Jornalismo SES-MG

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