15 de outubro marca o Dia Nacional de Combate à Sífilis e a Sífilis Congênita. Por isso, neste mês, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) está realizando a campanha “Outubro Verde”, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção e combate à doença.
Em 2022, em Minas Gerais, de janeiro a setembro, foram confirmados 12.623 casos de sífilis adquirida, 3.442 casos de sífilis em gestantes e 1.445 casos de sífilis congênita. Em 2021, durante todo o ano, foram diagnosticados 16.133 casos de sífilis adquirida, 5.627 de sífilis em gestante e 2.143 casos de sífilis congênita. Apesar de ser uma doença que tem cura e do tratamento estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), os dados acendem um alerta e demandam atenção dos serviços de saúde.
Mayara C. Marques de Almeida, Coordenadora de IST/ Aids e Hepatites Virais da SES/MG, destaca a importância do rápido diagnóstico e tratamento: “A Sífilis é uma infecção altamente transmissível e que pode causar complicações graves, caso não seja realizado o tratamento. O diagnóstico em tempo precoce e o tratamento em tempo oportuno e de forma adequada é importante para evitar a transmissão, especialmente no caso das gestantes, que pode transmitir para o feto caso o tratamento não ocorra em tempo oportuno e de forma adequada”.
A sífilis adquirida pode ser transmitida de uma pessoa para a outra durante o sexo sem preservativo (anal, vaginal ou oral) ou por transfusão de sangue. Já a transmissão da sífilis congênita acontece da mãe infectada para a criança durante a gestação ou no momento do parto. Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A principal forma de prevenção da doença é o uso do preservativo em todas as relações sexuais.
Diagnóstico e tratamento no SUS
A porta de entrada para o diagnóstico e tratamento é a Atenção Primária à Saúde (APS), por meio das unidades básicas de saúde. A SES-MG orienta que as equipes realizam ações que estimulem a testagem rápida, como forma de diagnóstico precoce e tratamento oportuno. Recomenda-se que a população sexualmente ativa vá a um posto de saúde fazer o teste sempre que tiver uma relação sexual desprotegida ou apresentar algum sintoma da doença. Mesmo assintomática, quando não há sinais visíveis, a pessoa continua transmitindo a bactéria.
No caso de gestantes, o indicado é realizar o teste com frequência para diagnosticar a infecção em pelo menos em 3 momentos: no primeiro trimestre de gestação, no terceiro trimestre de gestação, e no momento do parto ou em casos de aborto. É muito importante também testar e tratar a parceria sexual da gestante.
Para mais informações sobre prevenção, diagnóstico, testagem e tratamento da sífilis/sífilis congênita, acesse: https://www.saude.mg.
Outras ações desenvolvidas pela SES-MG