A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) das microrregiões de saúde de Muriaé e Ubá firmou o fluxo de acesso aos serviços de alta complexidade cardiovascular. Desde 2016, a região já possuía habilitação, porém, sem fluxo validado ou formalizado para procedimentos eletivos, que são programados, ou seja, não são considerados de urgência e emergência. Diante disso, a Unidade Regional de Saúde (URS) de Ubá alinhou e ajustou com 31 gestores dos municípios jurisdicionados e com os prestadores de serviço para desenhar o acesso dos pacientes aos serviços como exames cardíacos, cirurgias e intervenções agendadas. O novo fluxo foi informado durante a última reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de 2021, no dia 30 de novembro.

Crédito: Keila Siqueira de Lima

O principal produto da ação foi a qualificação e ampliação do acesso dos usuários aos serviços dentro do território, aproximando o atendimento. “Os gestores contam com uma previsão assistencial e podem se programar para ofertar cirurgias como a colocação de marca passo e a revascularização do miocárdio; agendar angioplastia e cateterismo; apoiar em procedimentos intervencionistas e de apoio terapêutico e diagnóstico como exames de teste ergométrico e ecocardiograma. Tudo isso em Muriaé, que é cidade sede de microrregião e área sob jurisdição da URS-Ubá, o que facilita o transporte e deslocamento dos pacientes”, informou Paloma Inocêncio, referência técnica em Cardiologia da URS-Ubá.

O fluxo estabelecido também fomenta o cumprimento das metas quantitativas/qualitativas assistenciais, seguindo as portarias e resoluções que regem os serviços de alta complexidade. “Temos dois prestadores de serviços credenciados em Muriaé, o Hospital São Paulo e o Prontocor, que foram empoderados com o estabelecimento do fluxo, sendo que, anteriormente a esta ação realizamos duas reuniões técnicas para entregar ferramentas que promovem a otimização do acesso da população aos serviços, e que garantem a recompensa do Hospital dentro do SUS. Inclusive, abordamos os critérios de elegibilidade para o encontro de contas da cardiologia, que é quando o SUS faz o pagamento dos prestadores que extrapolam suas produções contratualizadas”, pontuou Fabiana Érica de Souza, coordenadora do setor de Regulação da URS-Ubá.

“Do ponto de vista assistencial, garantir o acesso e a qualificação dos serviços ofertados ao usuário do SUS é de fundamental importância. Por isso o empenho e apoio da equipe da URS-Ubá, colaborando também para que os hospitais recebam o ressarcimento devido dos custos operacionais com os serviços prestados”, finalizou Franklin Leandro Neto, diretor da Unidade Regional de Saúde de Ubá.

Por Keila Siqueira de Lima

Enviar para impressão