Com a chegada do período de chuvas intensas e diante da iminência de enchentes em várias localidades, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova elaborou algumas recomendações direcionadas aos municípios de sua área de abrangência. Dentro do universo da saúde, diversas áreas foram abordadas. No que tange ao processo de imunização, as recomendações contemplam o alinhamento, a adequação e a execução dos Planos de Contingência de Prevenção de Perdas de Imunobiológicos, a fim de preparar para situações como alagamentos, ausência de energia e pane nas câmaras refrigeradas.

Crédito: Tarsis Murad

“Além disso, deve-se selecionar, de forma criteriosa, as pessoas com risco para infecção do vírus da hepatite A, ocasionado pelo contato com a água contaminada, bem como proceder a vacinação. No caso de possíveis ferimentos, recomenda-se avaliar a necessidade de tratamento profilático para o tétano”, esclareceu a referência técnica de Imunização do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), Thiany Silva Oliveira.

O documento também trata da água para consumo humano, já que sua ingestão – em caso de contaminação – pode ocasionar doenças como a já dita hepatite A, além de cólera, diarreia, febre tifoide, giardíase, amebíase, verminoses e leptospirose. “A SRS disponibilizou hipoclorito de sódio (2,5%) para todos os municípios utilizarem em situações emergenciais de desabastecimento de água potável. Adicionalmente, houve orientação quanto aos cuidados no período pós-enchente acerca das doenças que podem emergir nesse período, como leptospirose e outras febres hemorrágicas e doenças diarreicas agudas”, explicou a referência técnica do Nuvepi, Graziele Dias.

Ela alertou, também, para o período subsequente, quando é comum a proliferação de vetores em locais que acumulam água, favorecendo a ocorrência das arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela). “Nessa época, torna-se favorável a incidência de animais sinantrópicos e peçonhentos, que se deslocam de seus habitats naturais, aumentando o risco de acidentes”.

O superintendente Marcus Schitini ainda lembrou da necessidade do cuidado na higienização, preparação e armazenamento dos alimentos, visto que durante e depois de uma enchente é possível que não estejam em condições adequadas para o consumo. “Nosso material traz, ainda, informações sobre limpeza e desinfecção de caixas d’água, e vem acompanhado de documentos instrutivos e notas técnicas para subsidiar o trabalho in loco. A intenção é auxiliar nossos municípios da melhor forma, com o intuito de que os danos causados pelas enchentes sejam minimizados”, destacou.

Por Tarsis Murad

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