Neste “Outubro Rosa”, mês de mobilização em prol da saúda da mulher, o foco da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é a ampliação do número de exames de rastreio do câncer de colo do útero e de mama.

Crédito: Marcella Marques

Conforme aponta a assessora da Superintendência de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG, Fernanda Santos Pereira, a realização da mamografia e também do exame citopatológico do colo do útero permitem identificar alterações características de câncer. Quanto mais cedo essa identificação for diagnosticada, melhor poderá ser o desfecho do tratamento. “Nos casos de exames alterados, as mulheres são orientadas e encaminhadas para realização da definição diagnóstica e do tratamento adequado”, explica Fernanda.

O Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza a realização de exame clínico mamário por profissional da saúde para mulheres de 40 a 49 anos, e a realização de mamografia somente se existir indicação da equipe de saúde.

Já para mulheres de 50 a 69 anos, orienta-se a realização do exame clínico e da mamografia a cada dois anos, ou em intervalos menores, dependendo do resultado da mamografia anterior. Fernanda Santos ressalta que mulheres com elevado risco para câncer de mama, que têm histórico familiar ou pessoal da doença, necessitam de avaliação e acompanhamento individualizados. “Em todos os casos, a porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS), seja para a realização do exame clínico ou para solicitação do exame de mamografia”, esclarece.

A avaliação clínica e o exame citopatológico (Papanicolau) do colo do útero estão disponíveis no SUS para mulheres de 25 a 64 anos e que já tiveram relação sexual. Nesse caso, a orientação segue a mesma: as mulheres devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para agendar a consulta.

Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento tanto para o câncer de mama quanto para o de colo do útero. Mastectomias, cirurgias conservadoras e de reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia com anticorpos estão previstos para o tratamento do câncer da mama. No caso do câncer de colo de útero, entre os tratamentos disponíveis no SUS estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A escolha pelo tipo de tratamento dependerá de avaliação individual.

Dados epidemiológicos

O câncer de mama é um problema de saúde pública de grande relevância no Brasil, sendo responsável pela mais frequente causa de morte por câncer no sexo feminino. Em Minas Gerais, no ano de 2020, foram diagnosticados 5.211 casos e registrados 1.762 óbitos.

Já o câncer de colo do útero foi diagnosticado em 2.646 mulheres no estado no ano passado, provocando 452 óbitos. É a sexta maior causa de morte por câncer em Minas Gerais.

Para 2021 e 2022, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam a ocorrência de 8.250 novos casos de câncer de mama e 1.270 de câncer de colo do útero no estado, a cada dano.

Prevenção

O câncer de mama e o de colo de útero estão fortemente associados a fatores de risco tais como alimentação não saudável, inatividade física, obesidade, colesterol elevado, tabagismo e consumo de bebida alcoólica. Assim, algumas mudanças no dia a dia podem trazer muitos benefícios para a saúde da mulher, tais como:

1. Ter uma vida mais ativa;
2. Praticar atividade física, realizando ao menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada;
3. Manter o peso corporal adequado;
4. Manter uma alimentação saudável, com base no consumo de alimentos in natura e minimamente processados, tais como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, ovos e carnes;
5. Evitar o consumo em excesso de alimentos ultraprocessados, ou seja, produtos industrializados, tais como biscoitos, sorvetes, cereais açucarados; refrigerantes, carnes embutidas etc;
6. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
7. Não fumar e evitar o tabagismo passivo.

Por Jornalismo SES-MG