A Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis realizou reunião virtual, no dia 14 de maio, para alinhar fluxos de encaminhamento de pacientes aos leitos de Saúde Mental do Hospital Geral de Bom Despacho com as microrregiões de Bom Despacho, Formiga, Lagoa Prata/Santo Antônio do Monte, em acordo com a DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG No 3.199, DE 10 DE AGOSTO DE 2020.

Na ocasião, a referência técnica de Saúde Mental da Regional de Saúde, Cecília Godoi, abordou o processo de pactuação dos leitos e a grade de referência, o fluxo estabelecido, a lógica de cuidado em saúde mental conforme a Política Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas.

Ela ressaltou a importância desse alinhamento nos processos e fluxos de cuidado em saúde mental compartilhado, considerando os leitos de saúde mental em funcionamento na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)." É extremamente relevante que sejam realizadas ações efetivas e estratégicas visando garantir o cuidado no território das pessoas com transtorno mental e ou aquelas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, conforme previsto nas legislações vigentes. Para isso, faz-se necessário ampliar os serviços habilitados na RAPS, ações de educação permanente para os profissionais da rede, supervisão de casos clínicos, fortalecimento da rede, diálogo e matriciamento dos casos, dentre outras estratégias", pontuou a referência.

O tema pautou também reunião, no dia 25 de março, com as microrregiões de Itaúna e Pará de Minas, onde os leitos foram implantados pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Ordenamento da RAPS

Os leitos visam internações de curta duração para que haja uma estabilidade clínica do usuário, respeitando as especificidades de cada caso.

É importante frisar que o hospital de referência para os leitos, juntamente com os demais, com a Atenção Primária à Saúde (APS) e Centro de atenção Psicossocial (CAPS) dos municípios, são orientados pela Portaria de Consolidação Nº 3/2017 – Anexo V que dispõe sobre a Rede de Atenção Psicossocial e pela Política Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas.

Cecília Godoi explicou que os CAPS do território têm o objetivo de auxiliar a equipe hospitalar nas ações de educação permanente para a qualificação do cuidado, como também no matriciamento dos casos, além de garantir a alta segura com contato prévio. "Equipes da APS e CAPS devem trabalhar junto ao território e às famílias, fortalecendo o acompanhamento dos casos e ações de educação em saúde orientando sobre a finalidade do leito e que a proposta de cuidado no território", finalizou a referência.

Por Willian Pacheco