Durante a coletiva virtual realizada na tarde dessa terça-feira (19/5), na Cidade Administrativa, que contou com a participação do secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, e do subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Marcílio Magalhães, foi informado que 187 dos 428 respiradores recolhidos pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para recuperação já estão prontos e serão devolvidos aos municípios de origem para utilização na rede hospitalar no enfrentamento à covid-19.

Crédito: Gil Leonardi

Segundo Marcelo Cabral “alguns desses respiradores que já estão recuperados serão entregues ao município de Teófilo Otoni, ainda hoje. Essas informações são importantes para o enfrentamento a epidemia em nosso Estado. A entrega desses respiradores tem o objetivo de preparar a rede para que possamos enfrentar essa doença da melhor forma possível e preservar o maior número de vidas”, disse.

Atualmente, Minas Gerais conta com 4.654 ventiladores registrados no SUS. Desse total, 2100 aparelhos encontram-se nas UTIS da rede SUS e as demais unidades de ventiladores pulmonares estão alocadas em ambulâncias, clínicas, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Para o combate a Covid-19,  o governo de Minas também adquiriu um total de 1047 respiradores, em uma compra que totaliza cerca de R$ 51 milhões. A operação foi possível graças à atuação conjunta do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão e da Advocacia-Geral do Estado, do Ministério Público Federal e da 12ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, que permitiu a destinação de recursos atribuídos em juízo pela Samarco, em ação judicial relacionada ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

Isolamento

Ao reforçar a importância do isolamento, Marcelo Cabral apontou para o dia 9 de junho como a data prevista para o pico da doença no estado. “Essa data é uma estimativa para que, com o trabalho que estamos fazendo até agora, com o distanciamento social e com o cuidado que a sociedade tenha que tomar, consigamos preparar o sistema de saúde para que tenha condições de atender os pacientes acometidos pela covid-19 e que necessitem de internações, diminuindo, assim, as perdas. O Governo do Estado juntamente com a SES-MG tem feito seu trabalho de estruturação da rede de saúde e conta com os esforços da sociedade para que isso aconteça”, reforça.

Além disso, Cabral reforçou sobre a importância de manter os níveis de isolamento adequado e proporcionar o controle da epidemia na retomada da economia. “Precisamos compatibilizar o que é necessário para a retomada da economia mantendo as questões de saúde. O Minas Consciente não se trata de um programa de flexibilização, mas sim para orientar sobre o isolamento social adequado. É importante que a gente retome as atividades econômicas, mas é importante que isso seja feito de modo ordenado, responsável, seguindo os protocolos e baseados em evidências científicas para a manutenção da saúde e da vida”, explica.

Estruturação da Rede

Ao abordar sobre a estruturação da rede e protocolos para evitar contatos de pacientes que estão na unidade hospitalar para tratamento de outras doenças, que não seja covid-19, com pacientes confirmados para covid-19 ou casos suspeitos para a doença, o subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Marcílio Magalhães, que reforçou que há protocolos e planos de contingências macrorregionais para definição desses atendimentos.

“Todo o nosso planejamento é para evitar o contato de pacientes não covid-19 com pacientes confirmados para a doença. Por meio dos protocolos e planos de contingência estabelecemos a rotina e o fluxo para inviabilizar esse contato. O Hospital Mário Penna, que também será ponto de atendimento no caso da covid-19, é um exemplo disso. Foi desenvolvido um projeto na instituição, com a construção de uma parte reservada, que inviabiliza totalmente o contato dos casos confirmados com a doença, dos pacientes oncológicos que estão na instituição”, explicou.

Além da estruturação da rede, Marcílio também falou sobre a obrigatoriedade das notificações e reforçou que esses monitoramentos são obrigatórios e definidos por legislações ministeriais. “As notificações, tanto de exames, novos casos e monitoramento de leitos são obrigatórias. Hospitais públicos e particulares, além da rede de laboratórios, devem notificar sobre casos confirmados ou suspeitos da covid. Essas notificações nos auxiliam na avaliação assistencial da evolução da epidemia”, disse.

Por Míria César