O Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador (NUVEAST) da Regional de Pedra Azul realizou nesta quinta-feira (20/02), no salão do Núcleo Regional de Prevenção e Combate ao Câncer (NUPRECC) de Pedra Azul, uma capacitação sobre diagnóstico e manejo clínico da leishmaniose e manejo clínico dos acidentes com animais peçonhentos. O objetivo da reunião foi reforçar a importância dos profissionais seguirem os protocolos clínicos.

A referência médica do NUVEAST da Regional de Pedra Azul e palestrante do evento, Olívia Veiga, explicou como deve ser realizado o manejo clínico dos pacientes em estado grave, moderado ou leve, que foram atacados por animais peçonhentos. “Deve ser realizado observação e contínua reavaliação do paciente, sendo que no tratamento geral o profissional deve realizar a abordagem da dor, hidratação adequada, drenagem postural, analgesia e profilaxia do tétano, sendo que no tratamento soroterápico, deve manter-se em observação, por no mínimo 24 horas”, explicou.

Créditos: Allan Campos

A referência técnica do Programa de Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos da Regional, Mayara Silva, abordou sobre a situação atual da distribuição de soros antivenenos, que reforça a necessidade do cumprimento dos protocolos de prescrição, a ampla divulgação do uso racional dos soros, rigoroso monitoramento dos estoques no nível estadual e municipal, além da alocação desses imunobiológicos de forma estratégica em áreas de maior risco de acidentes e óbitos. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2017 até a semana dois de 2020, já foram notificados nos 25 municípios da Regional de Pedra Azul, 3.560 casos de acidentes com escorpiões e 238 casos com serpentes. “É essencial que o soro seja utilizado da forma adequada, seguindo o protocolo. Também estamos utilizando a estratégia de alocar os soros em locais estratégicos, para que os pacientes tenham acesso mais rápido ao soro. É muito importante que a notificação do acidente seja feita imediatamente, além de manter todos os colaboradores das equipes das unidades cientes da situação e da possibilidade da necessidade de remanejamento de soros ou transferência de pacientes”, orientou.

Em seguida, a médica do NUVEAST, Olívia Veiga, apresentou o diagnóstico e manejo clínico da leishmaniose tegumentar americana: tratamento, opções terapêuticas disponíveis no SUS, efeitos adversos, contraindicações, o seguimento pós tratamento e apresentou quatro casos clínicos para aprofundar o debate sobre sintomas, exames e tratamento. Por sua vez, a referência técnica em leishmaniose humana do NUVEAST, Danilo Lima, apresentou o cenário epidemiológico da leishmaniose visceral e tegumentar no período de 2015 a 2020.

Por Allan Campos

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