Atendimento de qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e também a melhoria das condições de trabalho aos profissionais de saúde são as linhas de condução da Política Pública de Humanização (PNH) do Estado de Minas Gerais e foram discutidas em uma roda de conversa sobre o tema na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas, nessa quinta-feira (7/11).

A roda de conversa foi a modalidade de interação escolhida por permitir a troca de opiniões e experiências e o protagonismo dos profissionais envolvidos na prestação do serviço de saúde como explicou a coordenadora do Núcleo de Regulação da SRS Sete Lagoas, Maria Izabel Pereira Braz. “É uma metodologia que permite a reflexão, o olhar “olhos nos olhos” e a conversa na busca por proposta para a humanização em saúde. Trazer as pessoas para assumirem o protagonismo, o empoderamento e a consciência do todo é o que se objetiva”, disse.

Durante todo o dia, as experiências locais de atendimento aos usuários e as rotinas de trabalho dos profissionais de saúde locais foram discutidas por gestores municipais, técnicos e prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares da região. Como proposta inicial foi dada ênfase aos temas de acolhimento e ambiência, como definidos na PNH. Os participantes também expuseram sobre como está o atendimento e a assistência de saúde dos municípios e a potencialidade da jurisdição de Sete Lagoas na busca pelo SUS Humanizado.

Créditos: Nayara Souza

O superintendente Regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Junior Alves Teixeira, observou que a iniciativa de realização do evento é uma continuidade de capacitações e discussões que já estão sendo realizados por essa unidade em atenção as políticas transversais de saúde. “O destaque ao acolhimento e a ambiência foi dado porque são as mais demandadas pelos usuários a fim de garantir tanto o atendimento mais cuidadoso, humanizado, quando a garantia de um ambiente saudável”, explicou o

Ainda segundo Fabrício Teixeira, o destaque para essas diretrizes partiu de um diagnóstico interno. “Por meio da ouvidoria percebemos que essas diretrizes são as mais demandadas também pelos usuários”, destacou.

Integralidade, Participação Social, Protagonismo, Co-responsabilidade e Transversalidade são os princípios orientadores da PNH e foi também, baseado nessas orientações que os gestores revelaram buscar motivar os trabalhadores da saúde. Uma das sugestões que surgiram durante a roda de conversa foi o do investimento na promoção de autoestima dos trabalhadores. “Investir na criação e reativação do grupo intersetorial de humanização para que essa política se torne contínua e não personalizada em algumas pessoas, para que todos os trabalhadores sejam envolvidos”, sugeriu Neuza Diniz, secretária municipal de Saúde de Inimutaba dando voz ao que foi discutido por todos os representantes de cidades que participaram do evento.

Ao final, os representantes dos municípios propuseram que se criem grupos de trabalho de humanização e reestabeleça a rotina mensal para refletir sobre as diretrizes e dispositivos usando os métodos da PNH com grupos municipais e regional.

Por Nayara Souza