Nesta terça-feira (04/12), foi realizado no auditório da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), o II Fórum de Saúde dos Trabalhadores. O evento foi uma parceria entre a Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) do Conselho Municipal de Saúde de Uberaba, a Prefeitura, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), a UFTM e a Regional de Saúde do município.

Com a presença de estudantes e profissionais da área, palestrantes abordaram as políticas de saúde do trabalhador  no Brasil, passando por uma análise da situação de saúde do trabalhador em Uberaba, os acidentes de trabalho, reforma trabalhista, além de abordar a contribuição dos órgãos para a saúde do trabalhador.

Crédito: Sara Fernandes

O Superintendente Regional de Saúde de Uberaba, Ivan José da Silva, citou a importância do trabalho dos 16 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) do Estado, sendo dois deles na região Triângulo Sul, em Uberaba e Araxá e da linha de cuidado em ações de assistência, vigilância, prevenção e promoção à saúde, individual ou coletiva. “É fundamental organizar a rede de saúde do trabalhador tendo a atenção primária como referência, para responder à demandas das relações de trabalho-saúde-doença”, explicou o Superintendente.

Uma das organizadoras do evento, a Referência em Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Uberaba, Edinel Ávila, falou sobre os acidentes de trabalho fatais e afirmou que “a expressão de maior gravidade do acidente de trabalho é a morte de um trabalhador, devido a seu impacto na família e na sociedade, por isso, eventos dessa natureza são fundamentais para dar visibilidade à saúde do trabalhador e devem acontecer sempre”, afirmou.  

De acordo com a Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90, a saúde do trabalhador é “um conjunto de atividades que se destina, por meio das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e a proteção da saúde do trabalhador, assim como visa à recuperação e a reabilitação dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho”.

Em 2017, ocorreram 60 acidentes de trabalho fatais na região Triângulo Sul, sendo a metade deles no trânsito.

 

Por Sara Fernandes