Empresas, empreendedores e cidadãos que precisam de aprovação da vigilância sanitária no projeto arquitetônico dos seus estabelecimentos agora podem realizar todo o processo de forma on-line. O serviço foi disponibilizado, nesta quarta-feira (2/10),  na plataforma Visa Digital, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

O novo módulo, além de facilitar o envio dos documentos pelos usuários, eliminando a necessidade de deslocamentos, também vai agilizar a tramitação dos processos entre as Unidades Regionais de Saúde (URS) e o nível central da pasta, que até então era feita por meio físico, e, consequentemente, reduzir o tempo de retorno das avaliações.

“A Vigilância Sanitária estadual avalia, por ano, uma média de oito mil projetos arquitetônicos de estabelecimentos sujeitos a controle sanitário, que são classificados como de alto risco”, informa a diretora de Vigilância e Estrutura Física da SES-MG, Renata França Leitão de Almeida.

“Com o novo módulo, os requerentes poderão solicitar a aprovação dos projetos e anexar os documentos direto no sistema, o que trará mais comodidade, transparência e agilidade no processo”, declara. 

Ela explica que os usuários terão acesso às atualizações de status das avaliações, por meio do protocolo recebido na solicitação, e poderão acompanhar cada etapa, além de receber o retorno das análises na mesma interface.

“Esse novo módulo também vai facilitar a tramitação dos processos entre as regionais e o nível central e ainda gerar relatórios gerenciais, que vão propiciar o acompanhamento de prazos. Assim, poderemos planejar melhor as nossas ações e melhorar cada vez mais a prestação de serviços da Vigilância Sanitária para a população”, afirma a diretora.

Acesso ao serviço

O serviço Requerimento de Aprovação de Projeto Arquitetônico pode ser acessado em visadigital.saude.mg.gov.br.

Para realizar o login no sistema, é necessário ter conta cadastrada no portal de serviços do Governo Federal, GOV.BR. 

O Visa Digital possui integração com a Junta Comercial (Jucemg) e com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG) e gera automaticamente a guia para pagamento da taxa de expediente (se houver). 

O serviço está disponível para novas solicitações, incluindo as reapresentações para avaliação de estabelecimentos isentos de pagamento de taxa. Os processos em tramitação, que já tiverem a taxa paga, terão sequência e serão concluídos fora do Visa Digital.

Inicialmente, para este módulo, o sistema será para novas solicitações e para estabelecimentos isentos de pagamento de taxa. Os processos em tramitação que já tenham realizado o pagamento da taxa deverão dar sequência na tramitação iniciada e serão concluídos fora do VISA DIGITAL.

Visa Digital

Criado em novembro de 2023, o Visa Digital é um sistema de informações desenvolvido pela Vigilância Sanitária estadual como ferramenta de melhoria e modernização dos serviços, informatização e simplificação dos procedimentos, solicitações e consultas.  

Desde o seu lançamento, o sistema disponibiliza o serviço de Solicitação de Alvará Sanitário, que tem a finalidade de licenciar as atividades econômicas de alto risco. Até o dia 25 de setembro de 2024, 1031 solicitações já haviam sido registradas e 413 alvarás sanitários foram emitidos por meio do Visa Digital.

“O objetivo do sistema é desburocratizar e descomplicar a vida de quem quer empreender. Nesse sentido, vamos digitalizar todos os serviços que a Vigilância Sanitária estadual realiza”, anuncia o subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais, Eduardo Prosdocimi.

“Nosso intuito é eliminar o papel, evitar retrabalho e simplificar os processos, objetivando cada vez mais facilitar a vida do cidadão, mas garantindo toda a segurança inerente ao processo e entregando um sistema de saúde robusto, simples, digital e eficiente para a população”, conclui o subsecretário.

Outros serviços

A Vigilância Sanitária estadual atua de modo complementar à União e aos municípios e presta outros serviços, como o cadastro de farmácias para manipulação, cadastro de drogarias e farmácias para comercialização de produtos específicos, termo de abertura e encerramento de livros de receituário geral de farmácia de manipulação, notificação de início de fabricação de produtos alimentícios dispensados de registros, e emissão de Certidão de Venda Livre para Exportação de Alimentos (CVLEA), entre outros, além de ser um canal de sugestões, denúncias e reclamações de estabelecimentos e produtos.

Para orientações sobre como solicitar os serviços e outras informações, acesse o Portal da Vigilância: vigilancia.saude.mg.gov.br.

As  dúvidas, denúncias e reclamações devem ser enviadas no Fale Conosco da SES-MG: https://www.saude.mg.gov.br/fale-conosco.

O mês de outubro marca o movimento de conscientização para o controle do câncer de mama, o mais incidente em mulheres em todo o país, excluídos os tumores de pele não melanoma. Para permitir um rastreio efetivo dos casos, o Governo de Minas vem investindo na modernização do parque tecnológico de mamógrafos públicos no estado. 

De julho de 2023 para cá, cerca de R$75 milhões já foram repassados a 45 municípios para a aquisição de 62 equipamentos digitais, que vão substituir os aparelhos analógicos em 60 instituições hospitalares. Embora os mamógrafos convencionais sejam confiáveis para o diagnóstico, um equipamento digital otimiza a qualidade e o armazenamento das imagens.

De acordo com a secretária de Estado Adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes, a oncologia foi definida como área prioritária no planejamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) também para os próximos anos, com enfoque no fortalecimento das linhas de cuidado, desde a promoção à saúde até o tratamento. 

Jornada da paciente

“Minas Gerais está buscando garantir que a jornada da paciente seja algo mais simples e que funcione muito bem. Isso porque, para o tratamento do câncer, o tempo é algo primordial”, destaca. 

“O câncer de mama e o câncer de colo de útero são os que mais acometem mulheres e, por isso, estamos trabalhando para que elas tenham mais facilidades para realizar exames de rastreamento e de diagnóstico e para iniciar o tratamento o mais breve possível, além de garantir que a disponibilidade dos exames esteja suficiente lá na ponta”, afirma.

Após a substituição dos equipamentos analógicos, profissionais dos serviços radiológicos estão sendo treinados para operar os novos aparelhos. O primeiro treinamento, em Belo Horizonte, foi realizado de 24 a 27/9, por meio de parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Conselho Regional de Técnicas em Radiologia de Minas Gerais (CRTR3) e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear,  do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Diagnóstico

A mamografia é a principal aliada das mulheres no rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama. Como o exame revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos, permite que o tratamento seja iniciado imediatamente, salvando muitas vidas. 

A solicitação do exame deve ser feita pelo profissional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante a consulta de rotina ou em estratégias de busca ativa de mulheres, como a visita domiciliar. 

O exame de mamografia realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) inclui a mamografia de rastreamento (indicada para mulheres de 50 a 69 anos, sem sinais e sintomas de câncer de mama, a cada dois anos) e a mamografia diagnóstica (indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas, em qualquer idade e também em homens). Em mulheres com histórico familiar ou histórico pessoal de câncer de mama, é necessário fazer avaliação e acompanhamento individualizado.

Até o mês de julho de 2024 já foram realizadas 212.538 mamografias de rastreamento e 33.308 de diagnóstico em Minas. A expectativa é a de superar o número de exames feitos em 2023, 410.003 e 62.607, respectivamente.

Tratamento

Após realizar a mamografia, a paciente é encaminhada, se necessário, para realizar novos exames e dar início ao tratamento na rede especializada. 

O tratamento do câncer de mama deve ser realizado em estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).  

Os pacientes têm acesso à radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos, e cirurgias, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária. 

Serviço regionalizado

Atualmente, em Minas Gerais quase todas as macrorregiões do estado possuem serviço de alta complexidade em oncologia. 

A regionalização de serviços de alta complexidade deve seguir os princípios de escala e escopo para que possam oferecer assistência de maior qualidade. 

Além disso, existem os serviços de extensão de quimioterapia que possuem abrangência microrregional para evitar o deslocamento excessivo dos pacientes que realizam essa modalidade de tratamento.

Trajetória para a cura

Marcilene Rosa Barbosa, 42 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de mama no final de 2020. Agente comunitária de saúde que mora em Belo Horizonte, ela conta que, ao apalpar a mama, percebeu um nódulo e procurou imediatamente o atendimento médico. Após um ultrassom, foi encaminhada para a mastologista, que solicitou mamografia e, então, biópsia. 

Com os resultados, Marcilene foi encaminhada para a cirurgia. “No começo de 2021 eu já fiz a retirada do nódulo e fui encaminhada para o oncologista. Então ele me propôs fazer radioterapia e depois o uso da medicação, que são os bloqueadores hormonais”, relata.  

“O importante é buscar descobrir no início, entendeu? Fazer o autoexame e, se tiver dúvida, procurar uma assistência médica para conseguir tratar isso o mais rápido possível. Porque quando você descobre no início a chance de cura é muito grande”, ressalta Marcilene. 

A agente comunitária de saúde também fez um alerta. “Hoje as mulheres não fazem o autoexame. Têm que fazer porque é muito importante. E, se perceber qualquer coisinha, tem que buscar logo o atendimento para verificar”, conclui.

Cuidado humanizado

O Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), que integra o Complexo de Especialidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é a principal referência em oncologia na rede pública estadual.

Credenciado como Unacon, o HAC oferece ao usuário assistência integral - diagnóstico, tratamentos quimioterápicos, consultas ambulatoriais, cirurgias, terapias, orientações nutricionais e cuidados paliativos. O hospital, inclusive, possui o sistema de “navegação”, que acompanha todas as etapas dos pacientes – desde a entrada até o momento da alta na unidade.

As pacientes assistidas no tratamento ao câncer de mama também têm acesso à equipe multidisciplinar, fundamental para dar apoio a necessidades específicas. A assistente social, por exemplo, orienta quanto aos direitos dos pacientes oncológicos, o suporte logístico junto às Secretarias Municipais e UBS no estado, faz o encaminhamento às redes de apoio (quando necessário), além de auxiliar nas questões sociais que impactam diretamente no tratamento do câncer.

Reabilitação

A fisioterapia e a terapia ocupacional atuam no restabelecimento das funções motoras pós-cirúrgicas para retomada das atividades cotidianas. A psicologia dá o suporte necessário para o enfrentamento à doença, ajudando a superar momentos difíceis como a perda de cabelo, entre tantos outros estigmas. Já as nutricionistas buscam fortalecer o sistema imunológico, orientando e acompanhando a alimentação das pacientes.

Além das atividades conhecidas, a equipe de Cuidados Paliativos promove práticas que visam melhorar a qualidade e garantir maior autonomia para a vida cotidiana. São cuidados associados ao tratamento, objetivando a cura da doença, assumindo um papel importante no manejo dos sintomas de difícil controle e na melhoria das condições clínicas dessas pacientes.

A retirada da mama causa impactos psicológicos e físicos. Para o sucesso do tratamento do câncer, não basta o avanço de técnicas cirúrgicas - como a reconstrução de mama, prática constante no Sistema Único de Saúde. Outros cuidados, humanizados, proporcionam melhorias na autoestima, conforto e bem-estar das pacientes. O serviço oferece estúdio de perucas, próteses mamárias provisórias, além de batons, brincos e demais acessórios para o embelezamento dessa mulher.

Balanço

Em 2023, o HAC realizou 3.314 consultas mastológicas, 3.095 sessões de quimioterapia, 160 procedimentos cirúrgicos, 157 reconstruções mamárias e 1,9 mil atendimentos realizados pela equipe multidisciplinar às pacientes com câncer de mama. Também foram realizados 2.240 exames para diagnóstico (biópsias, ultrassonografias e mamografias).

Este ano, até agosto, foram 2.262 consultas, 2.201 sessões de quimioterapia, 123 cirurgias, 146 reconstruções mamárias, 920 atendimentos multidisciplinares e 1.418 exames para diagnóstico.

Painel

Dados do Painel de Monitoramento do Tratamento Oncológico do Ministério da Saúde apontam que, em 2024 (até setembro), foram identificados 3.187 novos casos de câncer de mama no estado. Em 2023, foram 7.666 e, em 2022, 1.945. Em relação aos óbitos causados pela doença, foram 1.064, em 2024; 1.827, em 2023; e 1.808 em 2022.

Dá para dizer que os investimentos em Saúde feitos pelo Governo de Minas voam alto. O Estado possui seis aeronaves (dois aviões e quatro helicópteros) em atividade no Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que pode ser considerado um Samu com asas (e hélices). É mais uma forma de levar a saúde cada vez mais perto do cidadão, mesmo que seja voando. Minas Gerais é hoje, por meio do SAAV, o maior prestador de serviço aeromédico do SUS (Serviço Único de Saúde) do Brasil.

Em 2023, o Suporte Aéreo atendeu aproximadamente 1.300 pessoas. Até o momento, em 2024, já foram mais de 880 atendimentos. Foram mais de 2.350 horas de voo em 2023, e neste ano já são quase 2 mil horas. O SAAV conta com aeronaves modernas e equipadas para atendimentos complexos de vítimas de acidentes, resgates em áreas remotas, além de apoio logístico em emergências e catástrofes. As aeronaves são como uma UTI aérea, e os profissionais que atuam no SAAV são capacitados para atender a qualquer emergência.

Muito além de atendimentos a acidentes

As atividades e serviços de saúde do SAAV em Minas vão muito além do apoio ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgências). O Suporte Aéreo Avançado de Vida faz atendimentos e presta serviços também para o MG Transplantes, seja no transporte de órgãos, equipes médicas e até pacientes, independente de serem de Minas ou não: o SAAV atende a todo o território nacional. Somente em 2023, foram mais de 20 atendimentos ao MG Transplantes.

Missão leva bebê para transplante em São Paulo

Neste último final de semana uma das aeronaves Caravan da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), operada pelo SAAV (Suporte Aéreo Avançado de Vida) cumpriu mais uma missão: fazer o transporte de uma bebê de cinco meses de Fortaleza até São Paulo. A criança, com diagnóstico de colestase, cirrose hepática e ascite refratária, necessita de um transplante de fígado. Internada há 3 meses no Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, a pequena terá sua avó materna, Juliana Araújo, como doadora, o que foi confirmado pelo exame de compatibilidade. “Se for preciso doo tudo para levar ela para casa”, disse a avó, sem titubear. “Mas o doutor me disse que é só um pedacinho do meu fígado. Agora meu sonho é levar ela para casa e mimar ela muito”, completou a avó com todo o carinho.

O transplante vai ser realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O piloto do SAAV, capitão Ramos, destaca que todos da equipe - pilotos e a equipe médica do SAMU que acompanharam a transferência -  se sentem muito gratificados levando o alento àquela pessoa que está com necessidade. “Não importa a distância nós estaremos sempre imbuídos, passando por obstáculos, para atingir a nossa meta, que é ajudar o próximo”.

No fim da viagem a avó e doadora, Juliana Araújo, agradeceu: “Eu estava com medo, nunca tinha andado de avião, mas deu tudo certo. O Brasil precisa de mais gente assim, que ajuda. Que na cirurgia dê tudo certo!”, exclamou a avó, esperançosa.    

Maior do Brasil

O Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV) é um esforço conjunto que envolve a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por meio dos consórcios regionais de saúde. A SES-MG é responsável pela aquisição e custeio das aeronaves, enquanto o Corpo de Bombeiros contribui com pilotos, copilotos, e operadores aerotáticos especializados em salvamento. Essa combinação de esforços garante que as operações sejam conduzidas com máxima eficiência, segurança e qualidade, beneficiando toda a população de Minas Gerais.

Com quatro bases de operação, seis aeronaves em atividade e uma aeronave de prontidão, Minas Gerais é o maior prestador de serviço aeromédico SUS no país. Há uma base de operações em Uberaba, uma em Belo Horizonte (com dois aviões e um helicóptero), Varginha, com um helicóptero, e Montes Claros, que também conta com um helicóptero. Para a escolha dos locais de instalação das bases de operação são levados em conta diversos fatores, como a estrutura do Samu da região, infraestrutura aeroportuária, disponibilidade de portas de entrada hospitalares, densidade populacional, malha rodoviária, além da presença de batalhões do Corpo de Bombeiros e a distância em relação a outras bases do SAAV.

Além das seis aeronaves em atividade no SAAV no estado, há previsão de duas novas bases - uma em Governador Valadares e outra em Juiz de Fora - com um helicóptero em cada uma.

Durante dois dias, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos realizou o Seminário de Preparação para o Período Sazonal das Arboviroses 2024/2025, que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vem promovendo em todo o estado. O objetivo do evento, realizado em 8 e 9/10, é contribuir para a atualização dos planos municipais de contingência, para o desenvolvimento de ações preventivas e de assistência a pacientes acometidos por dengue, chikungunya, zika vírus, febre amarela e febre oropouche (doenças chamadas arboviroses).

O Seminário das Arboviroses da SRS Passos foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Passos, com 148 participantes, entre gestores de saúde, coordenadores, referências técnicas de vigilância epidemiológica, e profissionais da assistência, como enfermeiros e médicos. Coordenadores e referências técnicas de diversas áreas da SRS Passos e da SES-MG, além de profissionais de saúde convidados, ministraram palestras sobre temas que darão suporte às ações de combate às arboviroses.

Uma das palestrantes foi a superintendente estadual de Vigilância Epidemiológica, Aline Lara Cavalcante Oliva, que falou sobre o “Cenário epidemiológico atualizado e perspectivas da SES/MG para o período sazonal 2024/2025”. Segundo ela, além de financiar os recursos para os municípios combaterem as arboviroses, a SES-MG também promove o seminário, disponibilizando uma frente de trabalho para discutir o assunto nas macrorregiões de saúde.

Aline Lara explicou que nesses seminários são discutidos desde a elaboração do plano municipal de contingência até o uso do financiamento para custeio das ações, como forma de engajar os municípios para o uso correto dos recursos para o enfrentamento das arboviroses. “O intuito é discutir antes do período sazonal. Então, a gente conversa sobre o manejo clínico, exames laboratoriais, fluxos de atendimento, para que quando chegar no período sazonal, se tiver uma elevada taxa de notificações de arboviroses, a gente consiga manejar esses pacientes de forma que não tenha óbitos por uma doença que é evitável, como é a dengue”, acrescentou.

De acordo com a superintendente regional de Saúde de Passos, Kátia Rita Gonçalves, o evento é uma oportunidade para avaliação do trabalho que vem sendo realizado, bem como para recompor o aprendizado e enfrentar os desafios. “Este seminário demonstra que caminhamos juntos. Reunimos gestores de saúde, profissionais da saúde, especialistas da área do controle das arboviroses e do manejo clínico, instituições parceiras como o Ministério Público e outros seguimentos da sociedade, com a finalidade de ampliar os conhecimentos, promover debates e compartilhar experiências bem sucedidas que contribuíram para o enfrentamento das arboviroses”, avaliou.

Objetivo alcançado

Uma das organizadoras do seminário em Passos, a coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Passos, Camila Ribeiro Correia Amano, avalia que o objetivo do evento foi alcançado, com os 27 municípios tendo enviado representantes. “E cabe agora aos gestores e profissionais colocarem em prática todo conhecimento e estratégias para o melhor enfrentamento da dengue, assim como das demais arboviroses, evitando casos graves e óbitos em seus territórios”, acentua.

Para a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (APS) da Secretaria Municipal de Saúde de Passos, Clarissa Carneiro Leão Batista, o seminário veio lembrar que os municípios têm capacidade para se programar e reduzir o impacto de uma possível nova epidemia de dengue. “Esse seminário contribuiu para que a gente fortaleça nossas ações, mas também para que a gente antecipe as ações para o período de epidemia, para evitar óbito. Tudo que a gente quer evitar é agravamento e óbito”, disse.

O coordenador do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião do Paraíso, Luciano Santana, destacou que a troca de experiências e o conhecimento repassado pelos palestrantes serão utilizados no município como base para o planejamento das ações a serem implementadas no período das arboviroses. “O que a gente mais entendeu é isso: que a gente não vai esperar nem o primeiro caso de dengue. A gente já começou a combater a dengue de forma mais intensa, para tentar evitar o máximo possível a ocorrência de um número alto de casos, como ocorreu em 2024”, afirmou.

O evento em Passos deu seguimento à proposta do II Seminário Estadual de Arboviroses, realizado em setembro, em Belo Horizonte, que teve como objetivo a disseminação de informações e estratégias para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses nos municípios de abrangência das unidades regionais de saúde (URS). Os seminários da SES-MG estão sendo realizados desde setembro - e prosseguem até novembro - nas 16 macrorregiões de saúde do estado.

A Superintendência de Planejamento e Finanças da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio da Diretoria de Contabilidade e Finanças (DCF), realizou, no dia 3/10, na sede da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova, uma capacitação voltada ao fortalecimento da gestão financeira em saúde. O projeto formativo teve como temas o Relatório de Conformidade Contábil (RCC), a Dívida Flutuante e o Perfil de Servidor para a Composição da Comissão de Inventário. A capacitação foi conduzida pela diretora da DCF, Josiane Santos, pela responsável técnica Gabrielly Reis e pelo servidor Danilo Magalhães, que ministraram os conteúdos à equipe da Coordenação de Gestão e Finanças da SRS.

O objetivo foi alinhar os procedimentos executados em nível central e regional, padronizando práticas e proporcionando mais transparência nas execuções. Para Josiane Santos, a capacitação nas regionais de saúde é um pilar essencial para garantir um sistema de saúde mais qualificado, integrado e equitativo em Minas Gerais. “Ela garante que os profissionais da gestão estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas, diretrizes e inovações. Investir na capacitação também pode levar a uma maior retenção de talentos, já que os profissionais se sentem mais valorizados e preparados para enfrentar os desafios do dia a dia”, destacou.

Para a coordenadora de Gestão e Finanças da SRS Ponte Nova, Maria Eliza Luna, a capacitação foi satisfatória e produtiva. “Tivemos como resultado um melhor entendimento da gestão do serviço de execução contábil, o que nos permitirá contribuir para a melhoria dos serviços prestados à população, que é nosso maior e maior objetivo”, testemunhou.

Conteúdo
O primeiro tema abordado foi o Relatório de Conformidade Contábil, necessário para garantir que as práticas contábeis estejam conforme as normas e regulamentos vigentes, essencial para a transparência e a precisão dos dados financeiros. Sobre a Dívida Flutuante, foi frisado que a gestão desses passivos de curto prazo é crucial devido ao impacto significativo na liquidez e na estabilidade financeira. Em relação ao Perfil de Servidor para Compor a Comissão de Inventário, frisou-se que um servidor com habilidades e conhecimentos adequados pode assegurar que o processo seja conduzido com eficiência e correção.

Em apenas quatro dias (7 a 10 de outubro) quarenta e oito municípios do Norte de Minas (55,8% do total) já inscreveram 128 profissionais de saúde para participar do Seminário Macrorregional de Arboviroses. O evento, que será realizado nos dias 7 e 8 de novembro, em Montes Claros, é coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e objetiva aprofundar as discussões sobre a preparação e as resposta dos municípios ao enfrentamento das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) no período sazonal que começa neste mês e prossegue até maio de 2025.

Os 86 municípios que compõem a região de saúde do Norte de Minas estão sendo mobilizados para participação no seminário. As iniciativas envolvem as coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e as Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora.

Além da divulgação do seminário na imprensa escrita, na terça-feira, 8 de outubro, a coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes concedeu entrevista à Intertv Grande Minas. Na oportunidade detalhou os objetivos do seminário e a participação dos profissionais de saúde. A entrevista por ser acessada pelo link https://globoplay.globo.com/v/12993820/

“Para cumprir metas e indicadores de capacitação de profissionais em relação às arboviroses, em cada dia do seminário todos os municípios deverão viabilizar a participação de, pelo menos, dois profissionais. Além dos gestores, as prioridades de inscrições são para médicos, enfermeiros, coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Saúde”, explica a coordenadora.

Além de atualizar os secretários e profissionais que trabalham nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), Vigilância Epidemiológica e de Saúde, o seminário terá como foco a revisão dos planos de contingência que os municípios devem colocar em prática para as ações de prevenção relativas à disseminação das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, bem como o atendimento de pacientes nos serviços de atenção primária com adoção dos protocolos adequados.

Entre os municípios que já garantiram presença no evento, 36 integram a área de atuação da SRS Montes Claros: Bocaiuva; Botumirim; Capitão Enéas; Catuti; Claro dos Poções; Coração de Jesus; Engenheiro Navarro; Espinosa; Francisco Sá; Fruta de Leite; Gameleiras; Glaucilândia; Grão Mogol; Guaraciama; Indaiabira; Itacambira; Janaúba; Joaquim Felício; Juramento; Lagoa dos Patos; Mamonas; Matias Cardoso; Mirabela; Monte Azul; Montes Claros; Ninheira; Olhos D´Água; Padre Carvalho; Riacho dos Machados; Salinas; Santo Antônio do Retiro; São João do Pacuí; São João do Paraíso; Serranópolis de Minas; Taiobeiras e Vargem Grande do Rio Pardo.

Nove municípios da GRS Januária também já têm profissionais inscritos para o Seminário Macorregional de Arboviroses: Brasília de Minas; Itacarambi; Januária; Juvenília; Manga; Montalvânia; São Francisco; São João da Ponte e Urucuia.

Entre sete municípios da GRS Pirapora, três já garantiram presença: Buritizeiro; Pirapora e Ponto Chique.

Para o dia 7 de novembro as inscrições devem ser feitas pelo link: https://forms.gle/6Cr8hQGjHBawTBeYA Já os profissionais que participarão do seminário no dia 8 de novembro devem fazer as inscrições pelo link https://forms.gle/dUEtmkfGVTsdR7Kd9 As inscrições prosseguem até o dia 25 de outubro.

Programação
Entre outros temas, no dia 7 de novembro o Seminário Macrorregional, que será realizado a partir das 8 horas no auditório do Colégio Tiradentes, abordará o cenário epidemiológico atualizado das arboviroses no estado e as perspectivas para o período sazonal 2024/2025. Equipe da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses (Cevarb) dará enfoque às ações preparatórias, com atualização dos planos municipais de contingência; controle vetorial; vigilância dos casos e óbitos; e a organização da assistência à saúde por meio da vigilância laboratorial. As ações de comunicação e mobilização e o trabalho da gestão na resposta às emergências encerrará o primeiro dia do seminário.

No dia 8 de novembro, a programação abordará o diagnóstico das arboviroses e a vigilância laboratorial; os impactos da organização dos processos de trabalho na atenção primária à saúde; organização dos serviços de saúde; o cenário epidemiológico da dengue, chikungunya, zika, febre amarela e febre do oropouche.

Ainda no segundo dia do seminário, médicos e enfermeiros vão participar de exposições sobre o manejo clínico e atualizações sobre a dengue, bem como da febre de Oropouche.

Os Treinamentos em Rotinas e Processos de Trabalho em Vigilância Epidemiológica são uma proposta da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba para atualizar, continuamente, os profissionais que atuam nos municípios, preparando-os para enfrentar rotinas de trabalho, assim como situações de surtos e agravos. Entre os dias 8 e 10/10, referências técnicas, médicos e enfermeiros das secretarias municipais de saúde, hospitais e do sistema carcerário da região Triângulo Sul estão sendo treinados para a Vigilância do Óbito, no 5º módulo de treinamentos, que ocorre no espaço do Senac Uberaba. A capacitação complementa também a estratégia do Governo de Minas para a redução da mortalidade materna no estado.

Os papeis do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e Instituto Médico Legal (IML) foram abordados. Fluxos de encaminhamento de óbitos, declaração de óbitos por diferentes causas, fichas de investigação, enfrentamento à mortalidade materna e infantil, entre outros, também foram trabalhados de forma teórico-prática, com exercícios, estudos de caso e discussões em grupo.

Denise Maciel, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba, salienta que o treinamento também complementa a estratégia estadual de redução da morte materna, uma das prioridades do Governo do Estado. Ela explica que, “a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) firmaram um termo de cooperação denominado estratégia ‘zero morte materna’, para fomentar ações e estratégias nos territórios para a redução da mortalidade por hemorragia”. Estão previstas ações de qualificação profissional em 27 instituições hospitalares das macrorregiões de saúde do estado, com a participação de consultores técnicos da Opas.

Ulisses José Moreira Pereira, médico que atua na unidade de saúde e na Santa Casa de Perdizes, está participando de todo o treinamento e acredita que as informações disseminadas e ajustes sugeridos, são fundamentais para o trabalho. Ele afirma que “os profissionais presentes no treinamento perceberam a necessidade de estabelecer uma melhor comunicação entre os comitês de óbito municipal e da Santa Casa”, iniciativa que surgiu no treinamento e será de grande contribuição para o correto fechamento e investigação adequada dos óbitos ocorridos no município.

Nathalya Makeba, enfermeira do município de Tapira, achou importante se inteirar a respeito dos indicadores de mortalidade materna e infantil de seu município e, quando retornar ao trabalho, vai traçar estratégias e planos de ação com sua equipe para melhorar esses indicadores. Além disso, afirma que “o mais interessante desses treinamentos é a possibilidade de trocas de saberes, algo que é muito enriquecedor, pois sempre voltamos com algo a mais na bagagem”.

Com investimento superior a R$ 911,8 mil, a população de 17 municípios que integram a área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros vai passar a contar com a implantação de novos Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual (SERDIs). A adesão à Deliberação 4.868, publicada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) no dia 6 de setembro, foi aprovada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS), realizada no dia 27/9.

Durante o encontro, realizado por videoconferência, o coordenador de Redes de Atenção à Saúde da SRS, João Alves Pereira, explicou que os municípios contemplados integram as microrregiões de Bocaiuva, Coração de Jesus e Francisco Sá que, até então, eram as únicas que ainda não possuíam serviços de reabilitação intelectual.

“A implantação dos novos serviços é um avanço muito importante para o atendimento das demandas de pais que têm crianças com necessidade de assistência no segmento de reabilitação intelectual. Antes, eles tinham que levar os filhos para atendimento em outras microrregiões de saúde. Com a assistência sendo realizada na própria região onde moram, os deslocamentos serão mais curtos e ágeis”, frisou o coordenador.

A implantação dos novos SERDIs será na sede dos municípios polo das microrregiões. O prazo para o início dos atendimentos é de até 90 dias após o repasse de recursos financeiros por parte da SES-MG. A definição dos valores destinados a cada microrregião leva em conta o número de habitantes; o Índice Mineiro de Responsabilidade Social; a Grade de Referência da Reabilitação Intelectual e o mapeamento de vazios assistenciais existentes no estado.

Na microrregião de Bocaiuva o investimento será da ordem de R$ 322,8 mil, oriundos de aporte dos governos federal e estadual, e vai contemplar os seguintes municípios: Bocaiuva; Engenheiro Navarro; Francisco Dumont; Guaraciama; Joaquim Felício e Olhos D´Água.

Nos municípios da microrregião de Francisco Sá a Política Continuada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES-MG vai investir R$ 322,1 mil e beneficiará as seguintes localidades: Botumirim; Capitão Enéas; Cristália; Francisco Sá; Grão Mogol e Josenópolis.

Já na microrregião de Coração de Jesus a previsão é de que o investimento no SERDI seja da ordem de R$ 266,8 mil e contemplará usuários residentes em Coração de Jesus; Jequitaí; Lagoa dos Patos; São João da Lagoa e São João do Pacuí.

O serviço
Alfredo Prates Neto, referência técnica da SRS Montes Claros, explica que os Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual “tem a finalidade de atender as pessoas com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA), com a oferta de atenção especializada em saúde, com condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados”.

Entre outros objetivos, a ampliação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência visa redistribuir de forma parametrizada os recursos destinados aos SERDIs, competindo à SES-MG fomentar a qualificação do acesso às necessidades de saúde da pessoa com deficiência intelectual e TEA.

Entre os profissionais que devem ser contratados para atuação nos novos SERDIs estão: psicólogo; fonoaudiólogo; terapeuta ocupacional; fisioterapeuta; assistente social e profissional eletivo (musicoterapeuta; nutricionista; profissional de educação física; pedagogo e psicopedagogo).

Para o alcance de produção mensal de até 340 procedimentos cada SERDI deverá ter número mínimo de 100 usuários mensais. Com produção mensal de 341 a 595 procedimentos, a instituição deverá ter 140 usuários; entre 596 e 618 procedimentos (180 usuários) e produção acima de 819 procedimentos (220 usuários).

Devido ao feriado de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil -, as unidades da Fundação Hemominas em todo o estado não irão funcionar para atendimento aos candidatos à doação de sangue.

Agende sua doação:

A doação de sangue deve ser agendada online ou pelo MGapp - Cidadão. Em caso de não comparecimento, solicita-se cancelar o agendamento para disponibilizar o horário a outro candidato.

Conheça as condições e restrições para doação de sangue.

Mais informações para imprensa:

Assessoria de Comunicação Social: comunicacao@hemominas.mg.gov.br

Entre os dias 8 e 11 de outubro a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros está sediando o segundo módulo de Qualificação de Supervisores de Atividades do Controle Vetorial do Aedes aegypti. Com aulas teóricas e práticas, além de profissionais de Montes Claros o encontro reúne referências técnicas de vigilância epidemiológica e de saúde de outras nove Unidades Regionais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG): Januária; Pirapora; Unaí; Pedra Azul; Teófilo Otoni; Diamantina; Coronel Fabriciano, Leopoldina e Varginha.

O encontro está sendo conduzido por profissionais da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses (Cevarb) e da Prefeitura de Belo Horizonte e objetiva preparar as referências técnicas das Unidades Regionais da SES-MG para a realização de seminários de qualificação de supervisores municipais de controle vetorial do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

O primeiro módulo da Qualificação de Supervisores da SES-MG e dos municípios foi realizado entre 2022 e 2023. Nesta primeira fase, a SRS Montes Claros cumpriu a meta de qualificar mais de 50% dos profissionais que atuam nas localidades da sua área de abrangência. Entre outros temas, o curso abordou questões relativas às dificuldades das atividades executadas pelos agentes de controle de endemias e possibilidades de soluções; epidemiologia básica de campo; monitoramento e avaliação de indicadores para o enfrentamento das arboviroses.

“A iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais tem como foco principal qualificar o trabalho implementado pelos profissionais do estado e dos municípios visando obter maior eficiência no controle e eliminação de focos do Aedes aegypti. Com isso, estamos trabalhando para reforçar o trabalho conjunto do estado com os municípios e, assim, viabilizar a redução das doenças transmitidas pelo mosquito, bem como a ocorrência de óbitos”, explica Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros.

O segundo módulo da qualificação que, neste ano, já foi realizado em Uberaba, Curvelo e, agora, em Montes Claros, aborda vários temas, entre eles: o reconhecimento do território para o trabalho de campo no enfrentamento ao Aedes aegypti; a gestão dos processos de trabalho pelo supervisor; análise de dados para a tomada de decisão e comunicação para as equipes e a população; gestão de insumos e recursos; utilização de informações coletadas por drones e a incorporação de novas tecnologias na eliminação de focos de proliferação do Aedes aegypti.

Na parte prática, a partir desta quarta-feira, 9/10, os supervisores de vigilância epidemiológica e de saúde vão atualizar as técnicas de utilização de equipamentos de ultra baixo volume costal e veicular para eliminação de Aedes aegypti no meio ambiente e dentro de domicílios.

A previsão é de que a Qualificação de Supervisores seja ministrada em três módulos, cada um com 18 horas aulas teóricas e práticas. O último módulo está previsto para ser realizado em 2025.

Pedro Ricardo / Fotos: Pedro Ricardo - SRS Montes Claros

Sessenta e cinco municípios do Norte de Minas, que participam de sete consórcios intermunicipais de saúde, estão sendo contemplados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com a disponibilização de R$ 23,8 milhões destinados à compra de 39 micro-ônibus para o transporte de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos estão previstos na Deliberação 4.898, da Comissão Intergestores Bipartite do SUS (CIB-SUS) e na Resolução 9.737, publicadas no dia 27 de setembro pela SES-MG.

Em todo o estado o investimento é superior a R$ 114,8 milhões destinados à aquisição de 188 micro-ônibus. O objetivo é ampliar os Sistemas Regionais de Transporte Eletivo em Saúde no âmbito da Política Transporta SUS, visando atender demandas de pacientes que precisam se deslocar para municípios polo para a realização de exames, consultas ou procedimentos especializados. No Norte de Minas os municípios contemplados integram as áreas de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e às Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora.

Com aporte de R$ 9,1 milhões estão sendo beneficiados os consórcios intermunicipais de saúde do Alto Rio Verde Grande; Alto Médio São Francisco e da Serra Geral de Minas. Cada um receberá R$ 3,055 milhões, destinados à compra de cinco micro-ônibus. Nos três consórcios, 27 municípios formalizaram adesão à ampliação da frota do Transporta SUS: Lagoa dos Patos; Cristália; São João do Pacuí; São João da Lagoa; Claro dos Poções; Montalvânia; Januária; Miravânia; Juvenília; Bonito de Minas; Cônego Marinho; São João das Missões; Pedras de Maria da Cruz; Gameleiras; Serranópolis de Minas; Verdelândia; Pai Pedro; Mato Verde; Mamonas; Jaíba; Espinosa; Monte Azul; Janaúba; Catuti; Matias Cardoso; Riacho dos Machados e Porteirinha.

Para a compra de 14 veículos, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte de Minas está sendo contemplado com R$ 8,5 milhões. Os municípios beneficiados são: Campo Azul; Ibiracatu; Ubaí; Varzelândia; Icaraí de Minas; São Romão; Lontra; Pintópolis; Patis; Japonvar; Luislândia; Mirabela e São João da Ponte.

Já para o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Rio Pardo está sendo disponibilizado mais de R$ 3,6 milhões para a compra de seis micro-ônibus. Integram esse Consórcio os municípios de Vargem Grande do Rio Pardo; Ninheira; Montezuma; São João do Paraíso; Indaiabira; Rio Pardo de Minas; Novorizonte; Curral de Dentro; Taiobeiras; Salinas; Berizal; Josenópolis; Santo Antônio do Retiro; Fruta de Leite; Santa Cruz de Salinas e Padre Carvalho.

Para a compra de três micro-ônibus o Consórcio Intermunicipal de Saúde de Grão Mogol receberá R$ 1,8 milhão. Serão beneficiados Francisco Sá, Capitão Enéas e Grão Mogol.
Outros R$ 611 mil estão sendo disponibilizados ao Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Médio São Francisco para a compra de um micro-ônibus. Em resoluções anteriores esse Consórcio, que tem seis municípios filiados: Lassance, Santa Fé de Minas, Buritizeiro, Pirapora, Ibiaí e Ponto Chique, já havia sido contemplado com o repasse de recursos da SES-MG para a compra de cinco veículos.

A previsão é de que os recursos sejam repassados ainda neste ano aos municípios, após os gestores dos consórcios assinarem termo de compromisso em sistema eletrônico que será disponibilizado via Unidades Regionais de Saúde (URSs) da SES-MG.

A superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, avalia que a ampliação da frota de veículos do Transporta SUS reforça o apoio da SES-MG aos municípios, principalmente os que demandam atendimento especializado em saúde em outras cidades polo. “O Norte de Minas possui grande extensão territorial e a maioria da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a serviços de saúde especializados. Com isso, o Transporta SUS acaba prestando um importante serviço de apoio não só para a área da saúde mas, também, na área social”.

Estão abertas até o dia 25 de outubro as inscrições para o Seminário Macrorregional de Arboviroses, que será realizado nos dias 7 e 8 de novembro, em Montes Claros. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), objetiva aprofundar as discussões sobre a preparação e resposta dos municípios ao enfrentamento das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) no período sazonal que começa neste mês e prossegue até maio de 2025.

Para cumprir metas e indicadores de capacitação de profissionais de saúde em relação às arboviroses, em cada dia do seminário, todos os municípios deverão viabilizar a participação de, pelo menos, dois profissionais sendo médicos, enfermeiros, coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Saúde. O evento reunirá gestores e profissionais de 86 municípios que integram as áreas de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e as Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora.

Para o dia 7 de novembro as inscrições devem ser feitas pelo link: https://forms.gle/6Cr8hQGjHBawTBeYA Já os profissionais que participarão do seminário no dia 8 de novembro devem fazer as inscrições pelo link https://forms.gle/dUEtmkfGVTsdR7Kd9

“Além de atualizar os gestores e profissionais que atuam nos serviços municipais de Atenção Primária à Saúde, Vigilância Epidemiológica e de Saúde, o seminário terá como foco a atualização dos planos de contingência que os municípios devem colocar em prática para as ações de prevenção relativas à disseminação das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, bem como o atendimento de pacientes nos serviços de atenção primária com adoção dos protocolos adequados”, explica Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros.

A coordenadora lembra que neste ano o Norte de Minas e o estado como um todo vivenciou um dos piores períodos de transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti. “Para que os municípios estejam devidamente preparados para atender as demandas de saúde da população, bem como desenvolver trabalho eficiente de eliminação de focos do mosquito, é de fundamental importância que os gestores, médicos, enfermeiros, Agentes de Controle de Endemias (ACE) e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) estejam bem preparados para colocar em prática os planos municipais de contingência. Com isso, esperamos que haja redução dos casos notificados, confirmados e de óbitos causados pelas arboviroses”.

Programação
Entre outros temas, no dia 7 de novembro o Seminário Macrorregional que será realizado a partir das 8 horas, no auditório do Colégio Tiradentes, abordará o cenário epidemiológico atualizado das arboviroses no estado e as perspectivas para o período sazonal 2024/2025. Equipe da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses (Cevarb) dará enfoque às ações preparatórias, com atualização dos planos municipais de contingência; controle vetorial; vigilância dos casos e óbitos e a organização da assistência à saúde por meio da vigilância laboratorial. As ações de comunicação e mobilização e o trabalho da gestão na resposta às emergências encerrará o primeiro dia do Seminário.

No dia 8 de novembro, a programação abordará o diagnóstico das arboviroses e a vigilância laboratorial; os impactos da organização dos processos de trabalho na atenção primária à saúde; organização dos serviços de saúde; o cenário epidemiológico da dengue, chikungunya, zika, febre amarela e febre do oropouche.

Ainda no segundo dia do seminário, médicos e enfermeiros vão participar de exposições sobre o manejo clínico e atualizações sobre a dengue, bem como da febre de oropouche.

Nesta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais (SES-MG) anunciou a liberação de recursos para aquisição de equipamentos e bens permanentes destinados ao Pronto Atendimento Municipal Wilkson de Souza Meireles, no município de Miradouro. O investimento de cerca de R$ 1,5 milhões tem por objetivo fortalecer essa porta de atendimento da Atenção Primária à Saúde (APS), que realiza um atendimento mais rápido, possibilitando saúde na porta para a população.

O Pronto Atendimento (PA) de Miradouro funciona no prédio do hospital que foi desativado. Com objetivo de voltar a ofertar o serviço de urgência para a população, a Prefeitura de Miradouro destinou os recursos de acordos indenizatórios e emendas parlamentares para a reforma estrutural da unidade. Em agosto deste ano, 2024, o PA foi instalado no prédio e, atualmente, registra média 1.800 atendimentos mensais.

O planejamento é de expansão dos serviços da unidade. “Queremos ofertar serviços de radiologia, ultrassonografia, ampliar os atendimentos ambulatoriais e realizar pequenas cirurgias. Esse investimento da SES-MG impulsionará esse objetivo e, quem sabe, num futuro próximo, poderemos ofertar serviços hospitalares”, argumentou Jane Agostini, secretária de Saúde de Miradouro.

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, visitou as instalações do Pronto Atendimento, destacando a potencialidade de ampliação dos serviços. “A prefeitura entregou uma estrutura excelente, com boas condições de atendimento para os usuários do SUS e também para os trabalhadores que aqui estão. Vejo que é viável ampliar os serviços e trazer procedimentos hospitalares, como as cirurgias eletivas”, disse o secretário.

A política "Opera Mais, Minas Gerais" consiste em apoiar os municípios e prestadores do Sistema Único de Saúde (SUS) na execução dos procedimentos cirúrgicos eletivos hospitalares de média e alta complexidade. “Temos conquistado adesão ao Opera Mais em todo estado, e o resultado é a diminuição da fila para cirurgias eletivas. Espero que, com os recursos estaduais para aquisição de equipamentos, seja possível complementar a infraestrutura necessária para a implantação do Opera Mais em Miradouro”, explicou o secretário.

O convênio 1321001031/2024, que transfere R$ 1.469.401,58 para aquisição de bens permanentes para o PA de Miradouro já foi publicado, e o recurso será entregue assim que terminarem as vedações do período eleitoral. De 2019 a 2024, a SES-MG investiu R$5.210.430,01 na Atenção Primária de Miradouro. Para custeio do transporte intermunicipal, que leva pacientes para tratamentos fora de domicílio, foram R$ 116.086,87 investidos em 2023.

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por intermédio da Coordenação de Vigilância em Saúde, realizou, no dia 27/9, uma reunião técnica, por meio de videoconferência, para o monitoramento do Plano Municipal de Implementação do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde de Minas Gerais (PMISEVS-MG). A reunião foi direcionada aos técnicos das áreas de Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica dos 27 municípios que compõem as microrregiões de saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade.

O coordenador de Vigilância em Saúde da GRS Itabira, Marcelo Barbosa Motta, explicou que a proposta da reunião foi discutir uma dinâmica para o monitoramento do Plano Municipal de Implementação do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde de Minas Gerais. "Foi um momento para discutir detalhadamente cada ação. Para isso, optamos por uma abordagem mais eficiente e prática, garantindo a otimização do tempo e a qualidade das discussões, "destacou Marcelo.

Ainda de acordo com o coordenador, o objetivo principal do monitoramento é registrar as ações implementadas pelos municípios no período de maio a agosto de 2024, conforme o plano estabelecido previamente. O plano foi entregue aos municípios, após o preenchimento de uma planilha onde foram detalhadas as ações já implementadas e aquelas previstas para serem realizadas até abril de 2025. “A recomendação é que os municípios não deixem para implementar todas as ações no último mês, a fim de evitar dificuldades operacionais”, concluiu o coordenador.

Durante a reunião, foi solicitado aos municípios que informem as ações de Vigilância em Saúde realizadas no período de maio a agosto de 2024. Em caso de dúvidas sobre a execução de ações futuras, os municípios poderão entrar em contato diretamente com as respectivas áreas técnicas para obter o suporte necessário. “Reforçamos com os nossos municípios a importância de não deixar todas as ações para serem implementadas no último momento, uma vez que o prazo máximo para cumprimento de todas as obrigações é abril de 2025”, enfatizou o coordenador.

Procedimentos para envio de informações
Durante a reunião, ficou estabelecido que os municípios devem consolidar as ações implementadas entre maio e agosto de 2024, detalhando cada ação com o respectivo número de referência. Esse documento deverá ser enviado para avaliação e, se necessário, poderão ser solicitadas documentações comprobatórias, como fotos, listas de presença ou planilhas, a fim de atestar a execução das ações.

“O prazo para envio deste relatório de ações foi definido até o dia 18 de novembro de 2024. Após o recebimento, a equipe responsável consolida as informações dos nossos municípios e, se necessário, solicitará documentações complementares. Reforçamos também a importância do alinhamento entre os municípios, para que eventuais dúvidas possam ser esclarecidas coletivamente”, detalhou coordenador de Vigilância em Saúde da GRS Itabira, Marcelo Motta.

Seminário Regional
Outro ponto discutido foi a realização de um seminário regional, previsto para ocorrer até dezembro de 2024, que tratará de temas como vigilância ambiental, qualidade da água para consumo humano e outros aspectos relacionados ao Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIigiAgua) e ao VigiDesastres. Segundo a equipe técnica da GRS Itabira, o seminário terá um caráter mais denso, devido à complexidade das informações que precisam ser transmitidas.

Por Flávio A. R. Samuel / Fotos: Flávio A. R. Samuel

A reunião da Comissão Intergestores Bipartite da Macrorregião (CIB Macro) Extremo Sul, realizada nesta quarta-feira (2/10), em Pouso Alegre, teve como um dos temas a pactuação do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Municípios da Microrregião do Alto Sapucaí (Cismas) para prestar apoio técnico ao Programa de Apoio Técnico às Ações de Vigilância Sanitária Municipal - Visa-CIS - nos 51 municípios da área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre. O consórcio receberá R$ 1.908.342,32 do Governo do Estado para investimento e custeio da estrutura administrativa de vigilância sanitária para prestar o apoio técnico e operacional e manter equipe multiprofissional de trabalhadores.

O Visa-CIS foi aprovado pela Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.799 de 17 de julho de 2024, visando fortalecimento regionalizado das ações de Vigilância Sanitária.

Para a autoridade sanitária, Lizziane Felizardo, que, participou da reunião como referência técnica do Núcleo de Vigilância Sanitária da Regional, “o programa Visa-CIS contribuirá para o fortalecimento das ações de Visa nos municípios com o apoio técnico de equipe multidisciplinar com dedicação exclusiva, agregando benefícios na promoção, prevenção e proteção da saúde da população”. Lizziane explicou ainda que será de competência do consórcio manter as condições necessárias para execução do Plano de Trabalho, conforme os compromissos e metas preestabelecidos e prestar contas das informações e atividades desenvolvidas.

O Consórcio Cismas receberá recursos de custeio no valor de R$ 1.621.352,91 e recursos de investimento de R$ 286.989,42, totalizando R$ 1.908.342,32 para estrutura administrativa de vigilância sanitária para prestar o apoio técnico e operacional (logística, insumos, equipamentos e procedimentos) e manter equipe multiprofissional de trabalhadores.

Lizziane Felizardo observou também que o município deve contar com equipe mínima de Vigilância Sanitária. O consórcio não terá poder de polícia, as ações devem contar com participação do município. “Caberá ao Estado estabelecer diretrizes, requisitos, coordenar a elaboração e aprovar os Planos de Trabalho e monitorar sua execução. O programa Visa-Cis constitui-se como uma política de caráter transitório. Os resultados e impactos serão avaliados após 2 anos para ajustes, visando a instituição de uma política continuada”.

De acordo com a gestora de Saúde de Itajubá, Mariana Cristina, o Visa-Cis irá fortalecer ainda mais as ações de Vigilância Sanitária no município. “O programa poderá contribuir para o aprimoramento do controle sanitário em nossa cidade, por meio do apoio técnico multiprofissional. Isso dará ainda mais segurança aos profissionais e contribuirá para a preservação da saúde da nossa população”.

Embora o registro de casos de meningite no Brasil e em Minas Gerais seja esperado ao longo de todo o ano, dado que os agentes infecciosos da doença circulam no território brasileiro, esse agravo segue sendo uma preocupação para a saúde pública.

Por isso, no Dia Mundial de Combate à Meningite (5/10), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta para os possíveis sintomas da doença.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, destaca que, devido à gravidade do quadro clínico, os casos demandam, em geral, a internação dos pacientes.

“Por se tratar de uma doença grave, sintomas como dor de cabeça, febre, vômitos associados a quadros de prostração intensa, irritação, rigidez de nuca ou convulsão indicam a necessidade de assistência médica com urgência”, afirma.

Como ocorre a transmissão?

A meningite ocorre a partir de infecção, causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas, que causa a inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal).

No caso da meningite bacteriana, o agente infeccioso passa de uma pessoa para outra pelas vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli.

As meningites virais podem ser transmitidas de diferentes formas, a depender do vírus causador da doença.

No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e o vírus pode ser adquirido por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, trocar fraldas de uma pessoa infectada, beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Já os arbovírus são transmitidos por meio da picada de mosquitos contaminados.

A meningite fúngica, por sua vez, não é transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos pela inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges. Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos.

Um outro fungo, chamado Cândida, que também pode causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar.

Os parasitas que causam a doença não são transmitidos de uma pessoa para outra e, normalmente, infectam somente animais. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos contaminados que tenham a forma ou a fase infecciosa do parasita.

Diagnóstico

Frente a um possível caso de meningite, o médico solicita a coleta de amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor), para diagnosticar e detectar o agente infeccioso. Essa identificação específica é importante para o profissional saber exatamente como se deve tratar a infecção.

Todos os exames laboratoriais para diagnóstico de meningite estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e são solicitados pela equipe médica ou de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do caso.

Tratamento

Quanto às formas de tratamento da meningite, no caso da bacteriana é usada a antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso. Também é recomendado um tratamento suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

Já para a maioria dos casos de meningite viral, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Geralmente, as pessoas com esse quadro clínico são internadas e monitoradas quanto a sinais de gravidade, e se recuperam espontaneamente. 

Porém, alguns vírus, como herpesvírus, podem provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico. A conduta adequada sempre será determinada pela equipe médica que acompanha o caso.

Nas meningites fúngicas, o tratamento é mais longo, com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica, definida de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente. A resposta ao tratamento também dependerá da imunidade da pessoa, e pacientes com história de HIV/Aids, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras são tratados com maior rigor e cuidado pela equipe médica.

Nas meningites por parasitas, tanto o medicamento contra a infecção quanto as medicações para alívio dos sintomas são administrados por equipe médica em paciente internado.

Nesses casos, sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes, por isso, a medicação de alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento contra o parasita.

Dessa forma, dada a complexidade da doença, em caso de aparecimento de sintomas, a recomendação é buscar atendimento médico o mais rápido possível, para que o usuário possa fazer a testagem. Se confirmado para meningite, a equipe de saúde poderá avaliar o quadro e definir a conduta mais adequada para o atendimento do paciente. 

Cenário epidemiológico e prevenção

Em 2024, até 30/8, foram registrados no estado 536 casos e 74 óbitos por meningite, considerando todas as etiologias da doença.

As vacinas que previnem a meningite, disponibilizadas pelo SUS, são: pneumocócica, meningo c, meningocócica ACWY e pentavalente.

De acordo com Eduardo Prosdocimi, a vacinação continua sendo a principal forma de prevenir a meningite. Por isso, manter o cartão de vacinas atualizado é fundamental. 

“Como voltamos a atingir a meta da cobertura vacinal para meningite C, a expectativa é de que, no médio prazo, haja uma redução do número de casos no cenário epidemiológico do estado”, destaca.

A cobertura da vacina contra a meningite C ou doença meningocócica, em Minas Gerais, em 2024, atingiu a marca de 105,74%, 10 pontos percentuais acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 95%. A dose de reforço do imunizante também ultrapassou a meta neste ano, chegando aos 102,96%.

Saiba mais em: Minas Gerais ultrapassa meta de vacinação contra a meningite C.

Com investimentos estimados em R$ 600 mil somente para a melhoria da infraestrutura, foram iniciadas quarta-feira (2/10), as obras de reforma da sede da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros. Os serviços compõem a primeira etapa de implementação do Projeto Lar Doce Lar que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou em Montes Claros no dia 13/9.

Na oportunidade o secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou que o projeto contempla investimento de R$ 47 milhões nas 28 Unidades Regionais de Saúde (URSs) do estado. O plano de investimentos tem duas frentes. A primeira é a de infraestrutura para obras e reformas de instalações. Entre outros serviços, serão realizadas pequenas manutenções, como pintura, reforma ou adaptação de telhado; substituição de piso e realização de obras de acessibilidade. Para execução desses serviços o investimento previsto é da ordem de R$ 24 milhões, contemplando obras de maior porte que serão realizadas em conjunto com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra).

A segunda frente do Projeto Lar Doce Lar envolve investimentos na aquisição de mobiliário e equipamentos necessários para aprimorar as Unidades Regionais de Saúde. Serão adquiridos móveis para escritório e equipamentos como câmara de conservação de medicamentos e vacinas, projetor multimídia e ventilador. Essa frente conta com aporte de até R$ 23 milhões.

A superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, entende que a iniciativa da SES-MG em iniciar pelo Norte de Minas a execução do Projeto Lar Doce Lar traz novas perspectivas para a melhoria dos serviços prestados pela Unidade Regional.

“A sede da Superintendência de Montes Claros foi inaugurada no final da década dos anos 70 e, até então, nunca passou por uma reforma de maior porte. As demandas de trabalho são muitas e a melhoria da estrutura possibilitará aos servidores atender de forma adequada tanto usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como os gestores e profissionais dos municípios que encontram na Superintendência o apoio técnico necessário para a execução de vários projetos em suas respectivas localidades”, assinala a superintendente.

Com prazo de conclusão das obras em 120 dias, os trabalhos estão sendo conduzidos pela empresa BDT Engenharia. Na primeira etapa das obras a prioridade está sendo dada à reforma do telhado e da laje. Posteriormente será feita a substituição de esquadrias; instalação de rampas de acesso; pintura e substituição de tubulações de rede, louças e metais nos banheiros e copa. Também serão substituídos revestimentos de pisos e paredes, divisórias e portas; instalação de caixa d’água com capacidade de cinco mil litros, bem como a tubulação necessária.

Em relação a mobiliário e equipamentos, estão previstos projetor multimídia, tela de projeção, televisão, câmera fotográfica, computador desktop, notebook, ventiladores, gerador, armários de escritório, mesas, cadeiras, quadros de aviso, câmara de conservação de medicamentos e vacinas, entre outros.

Pacientes que precisam de tratamento oncológico em Ubá e municípios da região poderão, em breve, contar com o atendimento mais perto de casa. O Governo de Minas investiu R$12  milhões para a construção do Centro de Infusão de Quimioterapia Ambulatorial, do Hospital do Câncer de Muriaé, uma parceria com a Fundação Cristiano Varella. 

A extensão do Serviço de Oncologia Clínica vai funcionar em imóvel cedido pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e deve atender cerca de 50 pacientes por dia em tratamento por quimioterapia, com uma projeção de 500 pacientes por mês, oriundos dos municípios de Astolfo Dutra, Brás Pires, Divinésia, Dores do Turvo, Ervália, Guarani, Guidoval, Guiricema, Mercês, Piraúba, Presidente Bernardes, Rio Pomba, Rodeiro, São Geraldo, Senador Firmino, Silveirânia, Tabuleiro, Tocantins, Ubá e Visconde do Rio Branco.

"O recurso já está na conta para construirmos em Ubá esse braço do Hospital do Câncer de Muriaé, que é uma grande referência no estado. Esse é um pleito antigo, que vai reduzir os deslocamentos, os custos e melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes”, destaca o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti.

O diretor superintendente da Fundação Cristiano Varella, Sérgio Henriques, afirma que esse é um sonho realizado. “Agradecemos todo o empenho do governo do estado e vamos dar início às obras, o mais rápido possível, para colocar essa unidade em funcionamento, em prol da saúde dos cidadãos do município e de toda a região de Ubá”.

A porta de entrada dos pacientes na nova unidade será o Hospital do Câncer de Muriaé, onde os usuários passarão por triagem médica. Aqueles que se enquadrarem nos critérios clínicos estabelecidos, serão encaminhados para a realização das sessões de quimioterapia na  Extensão do Serviço de Oncologia em Ubá.

O valor total da obra será de R$15 milhões, sendo R$3 milhões contrapartida da Fundação Cristiano Varella.

Estrutura

No escopo da proposta assistencial do Centro de Infusão de Quimioterapia Ambulatorial estão consultas médicas, para avaliar as condições clínicas dos pacientes para a realização das sessões de quimioterapia, para seguimento dos tratamentos e para eventuais intercorrências, consultas de enfermagem e de equipe multiprofissional e distribuição de medicamentos ambulatoriais.

Além de leitos e poltronas para a infusão de quimioterápicos ambulatoriais em adultos e crianças, também estão previstos leitos de emergência para o atendimento de uma eventual intercorrência mais grave durante as sessões de quimioterapia.

Todos os 30 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova participaram, ao longo do mês de setembro e nos primeiros dias de outubro de 2024, da primeira etapa de monitoramento do Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde (VigiMinas). Os encontros foram realizados individualmente - na sede da Regional e on-line, como forma de avaliar os períodos de monitoramento. Neste primeiro momento, a Coordenação de Vigilância em Saúde (CVS), com o apoio dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) e de Vigilância Sanitária (Nuvisa), avaliaram o período de maio a agosto de 2024.

O VigiMinas visa fortalecer o planejamento, a gestão e a execução das ações de Vigilância em Saúde desenvolvidas pelo Estado e Municípios para maior articulação entre os atores, além de ampliar a eficiência das ações desenvolvidas na área. Iniciado em 2021, o programa é estruturado em etapas. Na primeira etapa, realizou-se um diagnóstico atualizado da Vigilância em Saúde dos municípios e unidades regionais de saúde (URS), com identificação de potencialidades e fragilidades. Em uma segunda etapa, ocorreu a construção conjunta do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde (Sevs-MG). A terceira etapa concentrou-se na elaboração do Plano Municipal de Implementação do Sevs-MG por parte dos municípios.

Segundo a coordenadora da CVS da SRS Ponte Nova, Graziele Dias, após a elaboração do plano, foi iniciada a etapa de implementação. “Na atual etapa, estão previstas avaliações quadrimestrais e, neste momento, concluímos com êxito nossa primeira avaliação, a qual nos permitiu identificar forças e gargalos da Vigilância em Saúde no nosso território. As metas não cumpridas puderam ser repactuadas para novo período avaliatório, que vai até abril de 2025”, explicou.

Para o coordenador da Vigilância Epidemiológica do município de Canaã, De Leon Lelis, poder participar do encontro com a SRS foi muito positivo. “A maior vantagem que observo é a proximidade com as Vigilâncias Regionais, pois muitos dos nossos profissionais municipais não têm tanta segurança sobre o plano em termos de elaboração e execução. Esse trabalho conjunto com a SRS certamente nos ajudará no desenvolvimento do trabalho e qualificará nossas ações“, testemunhou.

De setembro a novembro de 2024, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove os Seminários Macrorregionais de Preparação para o Período Sazonal das Arboviroses de 2024/2025. Em Coronel Fabriciano, o evento foi realizado nos dias 1° e 2 de outubro.

O seminário reuniu profissionais da gestão, vigilância, assistência, mobilização e controle vetorial no primeiro dia. No segundo dia, estiveram presentes os médicos e enfermeiros da assistência.

A referência técnica em Arboviroses da Superintendência Regional de Saúde (SRS) Coronel Fabriciano, Micheli Moreira Egydio, ressaltou que o período chuvoso é de maior risco, diante da possibilidade de aumento de prováveis depósitos de água e locais ideais para a fêmea do Aedes depositar seus ovos. Ela citou duas questões que devem ser lembradas. “A primeira: a fêmea deposita seus ovos em vários locais ao mesmo tempo nas paredes de materiais que podem acumular água, e esses ovos ficam viáveis por mais de 400 dias, ou seja, ovos de 2023/2024 podem se tornar mosquitos nas chuvas de 2024/2025, quando do primeiro contato com água”, afirmou a referência. “Outra questão é que nunca devemos nos deixar de importar com as doenças transmitidas pelo Aedes, pois elas podem ocorrer em qualquer época do ano, já que vivemos em regiões quentes e depósitos de água estão sempre ao nosso redor, num prato de planta, poças de água de chuva, ralos, em vários outros lugares”, ressaltou.

Micheli reforçou que é por isso que a SES-MG, por meio da Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, acompanha a ocorrência de casos semanalmente, mantém suas atividades de rotina de apoio aos municípios, e intensifica ações quando percebe alteração nos indicadores de saúde. “Com a colaboração da população e de toda sociedade, incluindo indústria, comércio, agronegócio e outros, esperamos reduzir a infestação do Aedes e, consequentemente. diminuir também o adoecimento da população com dengue, zika e chikungunya”, disse a referência. Micheli lembrou também da necessidade de proteção dos trabalhadores da área rural, com a redução de umidade, sombra e matéria orgânica, ambiente propício para proliferação do maruim, vetor responsável pela contaminação por febre oropouche. “Reforçando que os vírus e os mosquitos circulam todos ao mesmo tempo”, concluiu.

O II Seminário Regional de Arboviroses – Macro Vale do Aço é uma ação conjunta da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio da SRS Coronel Fabriciano, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG) e secretarias municipais de Saúde.