A Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos), prestadores de serviços hospitalares e a Central de Regulação do SusFácil de Alfenas realizaram uma videoconferência para alinhar o Plano de Contingência à Covid-19 nas microrregiões de jurisdição da SRS Passos. A reunião virtual teve as participações da Coordenação de Atenção à Saúde, representantes de hospitais da região e referências da Central de Regulação SusFácil. Várias questões relativas a transferências e internações de pacientes por covid-19 foram discutidas e alinhadas entre as partes, durante a videoconferência para garantir o cumprimento do Plano de Contingência.

Uma das questões levantadas foi sobre a negativa de hospitais em receber pacientes infectados pelo coronavírus, sob a justificativa da não existência de leitos para internações. A Central do SusFácil, operadores de regulação e representantes de hospitais concluíram que uma falha de comunicação seria a causa do problema e que poderia ser facilmente resolvida.

A reunião foi aberta pela superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, que falou acerca da importância das instituições esclarecerem as dúvidas dos operadores de regulação de internações nos municípios sobre a existência de leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) nos hospitais de referência das microrregiões de Passos, São Sebastião do Paraíso, Piumhi e Cássia.

O Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da Coordenação de Atenção à Saúde da SRS de Passos apresentou um fluxograma de pacientes covid-19 e não covid para os hospitais conveniados pelo SUS nas microrregiões mencionadas e também sobre os leitos de UTI covid-19 ofertados pela rede particular, mostrando que a região tem estrutura adequada para atender à demanda.

Segundo Dayana Cristina Garcia, do Núcleo de Redes, a quantidade de leitos foi definida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com base em parâmetros e estudos que permitiram calcular a necessidade na área de abrangência da Regional de Passos. “As quatro microrregionais atenderam à demanda, e a Santa Casa de Passos conseguiu atender toda a necessidade indicada pela SES”, disse, detalhando a estrutura ofertada também pela Santa Casa de São Sebastião do Paraíso.

Para atender os pacientes covid-19, a Santa Casa de Passos ampliou e criou leitos de UTI e disponibilizou os leitos clínicos já existentes, enquanto que a Santa Casa de São Sebastião do Paraíso levantou a possibilidade de ampliá-los, se houver necessidade e recursos.

A superintendente Kátia Gonçalves esclareceu que os hospitais municipais com leitos clínicos para covid-19 são as portas de entrada para casos leves e moderados, com a Santa Casas de Passos e com a de São Sebastião do Paraíso, que possuem estrutura e equipes mais preparadas, ficando com os pacientes mais graves.

Segundo Fabíola Silveira, supervisora de atendimento da Santa Casa de Passos, um dos problemas que leva a falhas na comunicação é o preenchimento incompleto ou errado de laudos e a falta de opção adequada para o hospital solicitar a correção, levando-o a recusar o paciente. Ainda de acordo com Fabíola, a informação da não existência do leito visa obrigar o contato do médico regulador com o setor de internação para que as dúvidas referentes ao laudo sejam sanadas.

O operador da Central do SusFácil de Alfenas, João Rodrigues, sugeriu uma revisão no fluxograma de pacientes, para que os dados e os leitos vagos constem apenas numa planilha, o que facilitaria aos médicos reguladores “enxergarem” os leitos disponíveis para internações ao solicitarem a transferência.

A representante da Santa Casa de Passos disse que os esclarecimentos feitos na videoconferência vão ajudar o hospital a reforçar a elaboração de laudos mais objetivos, facilitando a internação dos doentes por covid-19.

“O que a gente tem estimulado muito é a troca de informações entre os médicos sobre as condições e necessidades de seus pacientes para facilitar os encaminhamentos”, observou a superintendente Kátia Gonçalves, acrescentando que até mesmo a melhoria do serviço de transporte tem sido incentivada junto aos gestores municipais, para que os motoristas de ambulâncias participem do curso de qualificação de transporte sanitário Covid-19 oferecido pela SES-MG.

Ao encerrar a videoconferência, a coordenadora de Atenção à Saúde, Vanessa Aparecida de Assis, considerou que a reunião foi “muito proveitosa, com vários alinhamentos feitos com os hospitais e a Central de Regulação do SusFácil”. “A gente entende que esses alinhamentos vão melhorar a qualidade da regulação 

Por Enio Modesto