A Síndrome de Down, ou trissomia do 21, é uma condição humana geneticamente determinada. É a alteração cromossômica mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população. Porém, quando atendidas e estimuladas adequadamente, pessoas com Síndrome de Down têm potencial para uma vida saudável e plena inclusão social.

As diferenças entre as pessoas com Síndrome de Down, tanto do aspecto físico quanto de desenvolvimento, decorrem de aspectos genéticos individuais, intercorrências clínicas, nutrição, estimulação, educação, contexto familiar, social e meio ambiente. Apesar dessas diferenças, há um consenso da comunidade científica de que não se atribuem graus à Síndrome de Down.

No Brasil nasce uma criança com Síndrome de Down a cada 600 e 800 nascimentos, independente de etnia, gênero ou classe social.

Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down

Os cuidados à pessoa com Síndrome de Down devem ser norteados pelos pressupostos teóricos da clínica ampliada, da integralidade e do cuidado compartilhado, com vistas à humanização, autonomia e protagonismo dos sujeitos nas práticas de saúde. A prática da clínica ampliada é transdisciplinar e considera a complexidade da vida do sujeito na qual se desenrola o processo de adoecimento, o cuidado, a reabilitação, a prevenção e a promoção da saúde. A proposta de cuidado para a pessoa com Síndrome de Down deve seguir as seguintes diretrizes:

  • compreensão ampliada do processo saúde e doença;
  • construção compartilhada pela equipe multiprofissional do diagnóstico situacional; e do Plano de Cuidado Individual;
  • definição compartilhada das metas terapêuticas; e
  • comprometimento dos profissionais, da família e do indivíduo com as metas terapêuticas.

Os melhores resultados terapêuticos são obtidos quando a equipe trabalha em conjunto, discutindo os avanços e novas propostas de tratamento. O cuidado com a saúde na Síndrome de Down deve ser singularizado em modelos por ciclo vital. Em cada ciclo o atendimento visa à manutenção da saúde com vistas ao melhor desenvolvimento das potencialidades da pessoa com Síndrome de Down, visando sua qualidade de vida e inserção social e econômica.

A saúde da pessoa com Síndrome de Down está diretamente relacionada aos seus hábitos de vida, portanto, o trabalho dos profissionais da saúde deve se direcionar à promoção de estilos de vida saudáveis no núcleo familiar. Para isto utilizando a estratégia de educação em saúde junto à família, apostando no seu protagonismo e autonomia para compartilhar o cuidado com a pessoa com Síndrome de Down, desta forma estaremos indiretamente promovendo também a saúde da família.

Serviços de Reabilitação da Deficiência Intelectual

Em Minas Gerais existem 181 serviços de reabilitação intelectual na Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência do SUS em Minas Gerais que oferecem tratamento às pessoas com deficiência intelectual, dentre elas as pessoas com Síndrome de Down. Desses, 152 são Serviços Especializados em Reabilitação da Deficiência Intelectual (SERDI), e 29 são Centros Especializados em Reabilitação (CER). Os SERDI são serviços que atendem apenas a deficiência intelectual, já os CER são serviços que atendem mais de uma modalidade de deficiência. Todos os serviços realizam a avaliação, diagnóstico e acompanhamento dos usuários.

Para acesso aos serviços de reabilitação intelectual o usuário deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde de seu município, para que, através das Juntas Reguladoras, sejam encaminhados para os serviços.

Documentos necessários:

  • Encaminhamento médico;
  • Carteira de Identidade (original e cópia);
  • Comprovante de residência (cópia);
  • Cartão Nacional do SUS.

» Clique aqui e acesse a Diretriz de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down e a Cartilha dos Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down.