Nesta terça-feira (19/03), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, em Belo Horizonte, o primeiro dia do II Workshop para o Controle da Tuberculose. Com o objetivo de discutir estratégias para o enfrentamento da doença no estado, o evento reuniu profissionais que atuam diretamente no controle da tuberculose nas Regionais de Saúde, municípios considerados prioritários, hospitais mineiros que são referência no tratamento da doença, Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e Ministério da Saúde.

Crédito: Marcus Ferreira

Realizado em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/03), o workshop segue até a próxima quinta-feira (21/03), reunindo em sua programação atividades como análises situacionais da doença nas diferentes regiões do estado, prevenção e controle da tuberculose em grupos prioritários e enfrentamento do abandono do tratamento por pacientes. O objetivo é fazer com que os profissionais de saúde presentes intensifiquem as ações de controle da doença nos municípios.

Durante o evento, foi realizado o lançamento do Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose como Problemade Saúde Pública em Minas Gerais. Tendo como meta central orientar as ações de vigilância, assistência e planejamento em saúde no controle da tuberculose, o plano apresenta uma série de propostas efetivas e pactuadas para o enfrentamento da doença no estado em diversas frentes. A previsão é que o plano seja implantado ao longo da atual gestão com o acompanhamento e cumprimento de metas e objetivos anuais.

Conforme explica a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da SES-MG, Maíra Veloso, o plano nasceu da necessidade de uma ampliação das ações de enfrentamento da tuberculose no estado. “O plano foi formulado a partir da análise situacional da tuberculose no estado e realizado em conjunto com diferentes setores envolvidos no controle da tuberculose em Minas e no país. Entre os parceiros na construção do plano e também nas ações de enfrentamento já desenvolvidas, estão Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Ministério da Saúde, Regionais de Saúde do estado, municípios e diferentes áreas técnicas e setores da SES-MG”, explica.

A superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Jordana Costa Lima, destacou a elaboração e execução do plano como meio estratégico para o controle da tuberculose no estado. “Apesar de outros cenários que se apresentam como prioritários para a saúde dos mineiros, o enfrentamento da tuberculose precisa seguir caminhando. Esse é o nosso desafio enquanto Sistema Único de Saúde (SUS), sermos técnicos em momentos difíceis e permanecer com a nossa rotina de atuar em frentes importantes como é o caso da tuberculose”, afirma. Já o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES-MG, Dario Brock Ramalho, destacou o controle da tuberculose como prioridade quando se trata da formulação de novas políticas públicas de saúde.

Crédito: Marcus Ferreira

Tuberculose em Minas

Em 2019, foram notificados, até o momento, 506 casos de tuberculose no estado e 13 óbitos (dados sujeitos a alteração). Em 2018, foram notificados 4.223 casos da doença e 232 óbitos e, em 2017, foram 3.989 casos e 239 casos. Ao todo, 549 municípios mineiros tiveram pelo menos um caso de tuberculose em 2018.

A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo. A doença é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar, quando um doente tosse, espirra, canta ou fala mais alto. A tosse com duração de 03 ou mais semanas é um dos sintomas principais, acompanhada ou não de febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento. Na vigência desses sintomas, é importante a pessoa procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa para ser avaliada.

O diagnóstico e o tratamento da tuberculose são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doença tem cura e, para o êxito do tratamento, é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular e no tempo previsto.

Qualquer um pode adoecer por tuberculose, mas alguns grupos são considerados mais suscetíveis à doença. Entre eles estão as pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS, diabéticos, pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, indígenas e quilombolas.

Para mais informações sobre a tuberculose, acesse: www.saude.mg.gov.br/tuberculose

Por Jéssica Gomes