Na última sexta-feira (09/11), no município de Itaguara,  foi realizado o encerramento da 1ª Oficina de Capacitação em Práticas Integrativas Complementares (PIC) - Dança Circular. A oficina contou com cinco encontros iniciados em março deste ano e, neste último, houve participação das comunidades do município que já utilizam a Dança Circular na rotina de Promoção à Saúde no SUS. Realizado pela Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, em parceria com a Secretaria Municipal de Itaguara, a oficina teve o objetivo de ampliar e fortalecer a Política Nacional e Estadual das PIC na Região Ampliada Oeste.

Crédito: Willian Pacheco

As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) utilizam de terapias práticas e eficazes para estimular formas naturais e seguras para prevenir doenças e promoção à saúde, integrando o paciente com o meio ambiente e sociedade. Para o Secretário Municipal de Saúde de Itaguara, Christian Chebly, o projeto é importante, pois promove a Saúde e inclusão da população. “É mais uma oportunidade para potencializar a promoção e prevenção à saude. Agradeço a iniciativa do Estado em acreditar no nosso trabalho para capacitar os municípios da região”, disse.

A Referência Técnica de PIC da Regional de Saúde de Divinópolis, Cecília Godoi, destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece, atualmente, 29 PIC, entre elas a Dança Circular. Em 2015, eram cinco municípios do Centro Oeste com a Política implementada. Em 2018, sublinha a referência, já são 35 cidades que adotam as PIC como rotina da Atenção Primária. “Precisamos incorporar e implementar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, pois ela contribui para tornar o sistema mais resolutivo ao focar na promoção à saúde da população.  A Dança Circular vai além da dança. Ela integra, socializa, troca saberes, os participantes e profissionais criam vínculos”, ponderou a referência.

O tutor da Oficina, Everton Silva, explicou que a dança faz parte da vida das pessoas e que a dança circular teve uma grande aceitação no Brasil. O objetivo dela não é estético e sim a força do coletivo. As pessoas não devem ter medo errar. Precisam apenas querer participar.  “O que buscamos é a participação, criar vínculos, sentir o calor da mão. As pessoas que participam aprendem a ter consciência corporal e espiritual, além de criar laços sociais”, pontuou o tutor.

Laços sociais que melhoram a saúde de pessoas como Cleuza Maria de Oliveira, 70 anos, de Itaguara. “A Dança Circular é muito boa. Depois que comecei, minha vida melhorou muito. Melhorou minha Saúde, me tranquiliza, faço muitos amigos nos encontros”, frisou. A focalizadora (quem conduz a roda) de Itatiauçu, Elen Almeida Silva, por sua vez, comentou que foi muito produtiva e válida a iniciativa da Regional e de Itaguara. “Esperamos mais oficinas assim. Foi uma excelente oportunidade. Gostei muito e espero participar de outras”, finalizou a focalizadora. 

Por Willian Pacheco