Há três anos, uma jiboia foi encontrada em uma árvore na Praça Raul Soares, bem no Centro de Belo Horizonte. A visitante inusitada foi imediatamente levada pelo Corpo de Bombeiros até a Fundação Ezequiel Dias (Funed), onde está até hoje, como uma das cobras que mais chamam a atenção de quem visita o Serpentário da Fundação. Ela acabou sendo escolhida como mascote da Funed e agora vai ganhar um nome, escolhido pelo público.

Crédito: Leonardo Noronha | Funed

A partir de hoje, 16 de julho, Dia Mundial da Cobra, os visitantes e o público interno poderão escolher um nome para ela, que já chegou à Funed cheia de história para contar. Os funcionários da Instituição não acreditam que ela tenha ido parar numa praça no centro da cidade sozinha, mas que tenha sido abandonada lá. Normalmente, a jiboia é uma cobra muito agressiva, porém a nova mascote da Funed é muito mansa por ter sido criada desde filhote em cativeiro.

Considera a segunda maior serpente do Brasil, a jiboia pode chegar a até três metros. É uma cobra tipicamente brasileira e não tem veneno, porém isso não significa que ela não seja perigosa. “Ela gosta de se alimentar com pequenos mamíferos e aves e, apesar de não ser venenosa, ela é extremamente forte, se enrola na presa e a mata por asfixia”, explicou Leonardo Noronha, servidor do Serviço de Animais Peçonhentos, também conhecido como Serpentário da Funed.

Quem quiser participar da votação para a escolha do nome, é só acessar as redes sociais da Funed (Facebook, Instragram e Twitter) e sugerir um nome. Os três mais originais e que levem em consideração a sua história e personalidade, serão escolhidos por uma comissão interna para uma segunda votação. O mais votado entre os três será o novo nome da nossa jiboia. Para votar presencialmente, será disponibilizada uma urna no local.

A enquete para sugestões de nomes estará aberta até a terça-feira da semana que vem, 23/7. A escolha entre os três nomes escolhidos pela comissão acontecerá entre os dias 23 e 30 de julho, também presencialmente ou pelas redes sociais. O anúncio do novo nome da mascote da Fundação será feito durantes as comemorações dos 112 anos da Funed, no dia 2 de agosto.

Instituto das Cobras

Por seu importante papel na produção de soro antiofídico, a Funed, por muitos anos, foi conhecida em Belo Horizonte como “o Instituto das Cobras”. Portanto, nada mais lógico do que ter um desses fascinantes animais como mascote da casa. Hoje, o Serpentário da Funed possui cerca de 200 cobras. O setor recebe e cria serpentes e escorpiões, principalmente para a extração de venenos para a produção de soro e fornecimento para pesquisas, além de atuar na difusão de conhecimento sobre animais peçonhentos para a população em geral.

Parte deste acervo está aberto diariamente ao público. Os visitantes também podem optar por participar do Portas Abertas, o programa mensal da instituição que, além do serpentário, oferece aos visitantes palestras, exposições e visitas a outras áreas, como a biblioteca histórica da Fundação e o caminhão do Ciência em Movimento, o programa de popularização da ciência da Funed. A próxima visita do Portas Abertas acontecerá na quinta-feira, 18 de julho. A inscrição deve ser realizada no site da Funed.

A Funed possui ainda uma Coleção Científica de Serpentes, iniciada em 1986 com o objetivo de preservar os ofídios que representam a fauna do estado de Minas Gerais. Além dos animais doados ao serpentário, a coleção conta ainda com cobras provenientes de estudos ambientais, resgates de fauna, pesquisas, mestrados e doutorados. A coleção de serpentes da Funed é considerada o maior acervo científico de serpentes de Minas Gerais e possui, atualmente, 3.448 animais tombados. Destes, 1.457 são exemplares de espécies peçonhentas e 1.991 exemplares de espécies não peçonhentas.

Por ASCOM Funed