A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Regional de Saúde de Belo Horizonte, realizou capacitação de 39 municípios da área central de Minas Gerais nesta sexta-feira (12/04), com a presença de cerca de 80 profissionais responsáveis por quase um quarto da população mineira.

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Com objetivo de atualizar informações sobre protocolo do Ministério da Saúde (MS) aos profissionais de atendimento de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais, a médica do Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES-MG, Flávia Cruzeiro, ministrou aula sobre o manejo clínico da dengue. “É fundamental proporcionar aos profissionais que lidam diretamente com o atendimento ao cidadão familiaridade com sintomas, sinais de gravidade e classificação de casos da dengue. É de suma importância mostrar, periodicamente, como cuidar deste paciente que chega à unidade com sintomas de dengue”, explica.

Enfermeira, especialista em políticas públicas e referência da Regional de Saúde de BH em Urgência e Emergência do Programa de Melhoria a Qualidade Hospitalar (ProHosp), Luciana Lara, conta que a decisão de promover capacitação ocorreu no Comitê da regional voltado para análise das arboviroses. “Monitoramos permanentemente a situação da dengue e temos encontros intersetoriais semanais. Dessas reuniões, surgiu a estratégia de capacitação para fortalecer e passar os protocolos clínicos do Ministério da Saúde com foco em enfermeiros e médicos das UPAS, Pronto Atendimentos, Unidades Básicas de Saúde”, contou.

A capacitação se mostrou assertiva para a médica da Policlínica de Sarzedo, Rafaela da Silva. “A aula foi importante. Um grande aprendizado principalmente neste momento de surto em Belo Horizonte e nas regiões metropolitanas. Teremos um grande ganho ao transmitir o que foi apresentado para os demais profissionais da área de saúde e para a população”, salienta.

Profissional da Atenção Básica de Sarzedo. Washington de Almeida, enfatiza a importância do evento para os municípios do interior. “A transferência de conteúdo sempre acrescenta. No interior, às vezes, ficam dificultadas atualizações e capacitações em questões, por exemplo, de diagnóstico. Dessa forma, este é um momento importante para a nossa prática profissional”, ressalta.

Classificação

Segundo o Protocolo do Ministério da Saúde Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico Adulto e Criança , a classificação para pessoas com dengue ocorre em 4 níveis:

  • Grupo A-: caracterizado por menor risco. São casos leves- que podem ser atendidos e acompanhados nas UBS;
  • Grupo B: apresenta fatores de risco. São menores de 2 anos, maiores de 65 anos, pacientes com doenças crônicas, comorbidades. Assim, é preciso realizar um hemograma e fazer uma reavaliação. Muitas vezes, são atendidos nas UPAs para reavaliarem exames e serem reavaliados.
  • Grupo C: pacientes estão com sinais de alarme. O atendimento ocorre na UPA e há indicação de internação hospitalar
  • Grupo D-: consiste na classificação de maior gravidade. Presença de sinais de choque com alteração de pressão e saturação. É necessária internação em hospitais com Unidades de Terapia Intensiva

Saiba mais em www.saude.mg.gov.br/aedes

Por Leandro Heringer