O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença cursa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão a luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas como amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Até o momento, não foram confirmados casos de sarampo no Estado. Atualmente são 214 casos suspeitos notificados, sendo 133 casos descartados e 81 que permanecem em investigação, aguardando a pesquisa laboratorial para processamento das amostras pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Das análises realizadas, 04 pacientes apresentaram amostras soropositivas para anticorpos IgM em primeira coleta oportuna nos municípios de Nova Lima (02 casos), Passa Quatro (01 caso) e Poços de Caldas (01 caso). Contudo, é necessária uma segunda amostra soropositiva para a confirmação da doença, além da pesquisa de outros diagnósticos diferenciais. As amostras em suspeita, após segunda coleta são encaminhadas à FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz, que realiza as análises de isolamento viral do Sarampo. Desta forma, até o presente momento, os casos supracitados permanecem sob investigação epidemiológica.

Destaca-se, contudo, que as ações de notificação imediata, controle e bloqueio vacinal são independentes do laboratório e devem ser iniciadas a partir da suspeita da doença. Vale ressaltar que para a realização das notificações existe um prazo de 24 horas que inclui o acionamento da Secretaria Municipal de Saúde, Regional/Superintendência de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde e 48 horas para encerramento do processo investigativo.

A vacina tríplice viral se encontra disponível em todas as unidades básicas de saúde do Estado e protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.

Seguem esquemas de vacinação por idade:

  • Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba).
  • Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
  • De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose.
  • Após 49 anos de idade, não é necessário a vacinação porque são consideradas imunes.
  • Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
  • Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais.

» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico do Sarampo em Minas Gerais (atualizado em 30/08/2018).

» Clique aqui e acesse ao Informe nº.20 - Ministério da Saúde, que aborda a situação do Sarampo no Brasil.
» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico nº. 33 OPAS, que aborda a doença nas Américas.