Farmacêuticos, técnicos e equipes de apoio à montagem de processos para aquisição de medicamentos dos 27 municípios da região Triângulo Sul, estiveram presentes em capacitação que ocorreu na quinta-feira (22/11), na Regional de Saúde de Uberaba. O principal objetivo é estabelecer os protocolos de aquisição da Insulina Análoga Aspart, novo medicamento introduzido pelo Ministério da Saúde para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1.

O medicamento tem ação mais rápida e melhor controle glicêmico, além de melhorar os sintomas de hipoglicemia, diminuir complicações agudas e crônicas e episódios de hipoglicemia noturna. De acordo com Guilherme de Paula, responsável pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica da Regional de Saúde de Uberaba, além dos benefícios já citados, a introdução da nova insulina resolverá também o problema das demandas judiciais pelo medicamento. Segundo ele, “a montagem de processo para aquisição da insulina já esta liberada para os portadores de Diabetes Mellitus tipo 1, através das farmácias municipais”, disse.

Crédito: Sara Braga

A Diabete Mellitus é uma doença endócrino-metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante de defeitos da secreção ou da ação da insulina, e pode desenvolver diversas complicações. O Diabetes Mellitus do tipo 1, comum em jovens (crianças, adolescentes e adultos jovens), caracteriza-se pela destruição das células beta pancreáticas, determinando deficiência absoluta de insulina, o que torna essencial o uso medicamentoso da substância.

Existem critérios específicos de inclusão de pacientes com este tipo de diabetes para o tratamento com a Insulina Análoga de Ação Rápida, entre eles, o uso prévio de insulina regular por pelo menos três meses, acompanhamento regular com endocrinologista ou médico clínico com experiência neste tipo de tratamento por, no mínimo, duas vezes por ano e ainda, apresentação de episódios de hipoglicemia, entre outros.

Na reunião, os profissionais também receberam treinamento dos demais setores da assistência farmacêutica, sobre Insulina Glargina, Talidomida, dispensação de medicamentos, fluxos do setor judicial, tabagismo e montagem de processo. Para a farmacêutica responsável pelo município de Fronteira, Graciele Feres Rodrigues, “a reunião é muito positiva e, inclusive, deveria acontecer com mais frequência. Sanar dúvidas sobre os protocolos facilita o trabalho, já que os farmacêuticos municipais tem uma responsabilidade muito grande pelos pacientes. É importante oferecer um tratamento humano, além de ter uma interpretação crítica de cada receita médica. Acolher, ouvir e avaliar a real necessidade de cada medicamento, faz parte do nosso trabalho”.

 

Por Sara Braga