A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove de 19 a 21 de setembro de 2017 (de terça a quinta-feira), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o Curso de Preparação e Resposta do Setor Saúde Frente aos Desastres de Origem Tecnológica. Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde (MS), o curso visa capacitarprofissionais de diferentes áreas do setor saúde para elaborar os Planos Multirriscos de Preparação e Resposta do setor Saúde aos Desastres (PPR- Saúde).

Crédito: Marcus Ferreira

O PPR-Saúde tem como objetivo prevê ações e estratégias coordenadas do Setor Saúde em situações que demandam tomada de decisão e emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção dos riscos, dos danos e dos agravos à saúde pública. O plano busca estruturar fluxos e especificar o melhor aproveitamento dos recursos e serviços para oferecer uma resposta oportuna, eficiente e eficaz diante de uma situação de desastre ou de risco de desastre.  “O curso vai subsidiar a elaboração do plano estadual para fazer frente aos desastres ocasionados por causas tecnológicas. O objetivo é pensar ações e estratégias para responder corretamente e com rapidez situações que podem se transformar em um desastre ambiental, humano e patrimonial de grandes proporções”, explica a coordenadora de Vigilância em Fatores de Riscos não Biológicos da SES-MG, Marina Caldeira.

Ao longo dos três dias de capacitação, os participantes vão debater o papel do setor saúde no processo de gestão de risco de desastre, especialmente no que tange à preparação e resposta a estes eventos. Discutir como reconhecer e analisar a vulnerabilidade e riscos de desastres, articulando as diferentes áreas de atuação do setor saúde.

Além da SES-MG também participam do curso os dez municípios mineiros considerados prioritários no estado: Barra Longa, Belo Horizonte, Betim, Congonhas, Ibirité, Ipatinga, Mariana, Nova Lima, Ouro Branco e Uberaba. 

A partir do ano 2019, há a perspectiva de replicar os conhecimentos necessários para elaboração e implementação de protocolo de resposta de forma regionalizada e, posteriormente, cooperar na elaboração dos planos municipais de saúde no estado de Minas Gerais.

O curso conta com colaboração do Instituto Otávio Magalhães (IOM), Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), Fundação HEMOMINAS, Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP).

O que são ameaças tecnológicas?

Ameaça tecnológica é um componente do risco para um desastre. Os acidentes com produtos químicos perigosos, com agentes biológicos, com fontes radiológicas, são exemplos de ameaças tecnológicas. Esses acidentes se materializam pela ocorrência de explosões, incêndios e liberações com produtos químicos perigosos. Dependendo do tipo de liberação (emissão de gases tóxicos, vazamento de líquidos e sólidos perigosos) e da magnitude dos incêndios ou explosões que possam estar associados a essas liberações, a exposição humana e ambiental a radiação ionizante pode levar a efeitos agudos e crônicos, tanto para a saúde do homem quanto para a saúde do ambiente.

Por Juliana Gutierrez