Para fortalecer as ações do Dia Mundial de Enfrentamento à Tuberculose, celebrado nesta sexta-feira (24/03), a referência técnica em Tuberculose da Regional de Saúde de Uberlândia, Waldênia Rodrigues Gomes, orientou os coordenadores de vigilância das secretarias municipais quanto à importância do diagnóstico precoce para o êxito do tratamento e qualidade de vida do paciente. A palestra fez parte da programação do “Encontro da Vigilância Epidemiológica”, realizado na última quinta-feira (23/03).

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que embora possa acometer outros órgãos, tem a forma pulmonar como a mais frequente e a principal responsável pela transmissão. Cada pessoa com tuberculose em média pode transmitir para outras 10 a 15 pessoas se não realizar o tratamento adequadamente.

A doença é um desafio para a saúde pública, pois ainda existe muito preconceito e estigma social em torno da tuberculose, explicou a superintendente Regional de Saúde de Uberlândia, Rosângela Paniago. “O papel da Regional é orientar os gestores dos municípios de nossa jurisdição quanto a importância do diagnóstico, do tratamento, e principalmente, conscientizar a população para a superação do preconceito. A melhor prevenção é o tratamento”, pontuou a superintendente.

Diagnóstico

Na região de Uberlândia, as coletas para os exames de escarro são feitas pelas secretarias municipais e encaminhadas ao laboratório de referência da rede estadual em Uberaba para o Teste Rápido Molecular. O exame é uma das principais ações para o diagnóstico da tuberculose, não tem qualquer custo para o usuário e em menos de 24 horas é finalizado.

Para o diagnóstico adequado, as pessoas com sintomas precisam realizar o exame laboratorial. O trabalho em conjunto com a Atenção Primária à Saúde é essencial para a busca ativa de pessoas com sintomas, segundo a referência técnica em tuberculose. “Através do acompanhamento mensal dos sintomáticos respiratórios, do monitoramento dos dados e a realização dos testes rápidos, poderemos atender e oferecer o tratamento adequado à população. Um dos principais sintomas é a tosse persistente por mais de três semanas”, explicou.

Vulnerabilidade

É importante saber que qualquer pessoa pode adoecer por tuberculose, entretanto, alguns fatores contribuem para aumentar o risco de adoecimento, como, por exemplo: desnutrição; baixa imunidade por uso de medicamentos ou por doenças como a AIDS; diabetes; tabagismo, alcoolismo e uso de drogas; contatos de pessoas com tuberculose pulmonar; pessoas que vivem em condições precárias de vida e moradia.

Além disso, existem alguns grupos de maior vulnerabilidade: privados de liberdade (presidiários), moradores de rua, população indígena e pessoas que vivem com HIV/AIDS. Na Regional de Saúde de Uberlândia, 15,5% dos casos de tuberculose também estão vivendo com o vírus HIV; são 171 casos notificados em 2016.

 

Por Priscilla Fujiwara