A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participou, nesta sexta-feira, (17/03), em parceria com a Sociedade de Radiologia e com o Conselho Regional de Medicina (CRM-MG), de um curso destinado a médicos que realizam exames de mamografia em todo o Estado. O objetivo foi discutir a evolução da tecnologia em mamografia, o controle de qualidade dos exames e a segurança da paciente em serviços de mamografia.

Crédito: Marcus Ferreira

O diretor de Vigilância em Serviços de Saúde da SES-MG, Anderson Macêdo Ramos, disse que é necessário conscientizar os profissionais sobre a importância do exame de mamografia de qualidade. “A SES-MG, através da Superintendência de Vigilância Sanitária, criou, em 2004, o Programa Estadual de Controle de Qualidade em Mamografia – PECQMamo que tem como meta o controle dos serviços de mamografia. O programa busca normatizar a oferta dos serviços para oferecer à população feminina mamografia dentro dos padrões de qualidade necessários para detecção precoce do câncer de mama”, explicou.

O professor Luiz Cláudio, da Faculdade de Medicina da UFMG, falou aos participantes sobre a evolução tecnológica dos mamógrafos ao longo dos anos. Relatando as dificuldades iniciais e as novas perspectivas para a área. “Quando o diagnóstico é feito no início da doença, a chance de cura do câncer de mama chega a 95%. O melhor exame para detectar o tumor em sua fase inicial é a mamografia. Por isso, é preciso ofertar exames a toda a população feminina na idade indicada”, explica.

Já a médica Maria Beatriz Santos Wanderley, realiza procedimentos de mamografia na cidade de Bom Despacho, acredita que para oferecer as suas pacientes exames de qualidade, é preciso investir em capacitação. “Se tiver alguma coisa errada na aparelhagem, por exemplo, isso compromete o exame. Gerando exames sem conformidade; com falsos positivos ou falsos negativos. Isso prejudica o tratamento. Por isso, precisamos ficar atentas e conhecer as novas resoluções e tecnologias”, opinou Maria.

Câncer de mama em Minas

O câncer de mama é um tumor maligno, que se desenvolve na mama por causa de alterações genéticas em células, que passam a se dividir descontroladamente. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão ligado ao SUS, apontam que são esperados em 2017, 5.160 novos casos da doença em Minas Gerais, uma taxa bruta de incidência de 48,19 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras. A taxa de mortalidade feminina por câncer de mama em Minas, estimada pelo INCA, é de 11,37 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.

Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA) revelam que em 2015 foram realizadas mais de 393 mil mamografias de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos nas unidades de saúde do SUS em Minas Gerais. Em 2016, foram realizadas 349 mil mamografias.

Mamógrafos móveis

Os mamógrafos móveis são caminhões equipados para realizar a mamografia. Eles estão percorrendo Minas Gerais para levar o exame às regiões onde não existe o equipamento ou onde a demanda é muito grande. Assim, todas as mulheres mineiras terão a oportunidade de realizar a mamografia.

 

Por Juliana Gutierrez