O cuidado integral à saúde é uma recomendação válida para o ano inteiro. De janeiro a janeiro é preciso atentar para questões como alimentação balanceada, ingestão adequada de líquidos e prática regular de atividade física. No mês do Carnaval, no entanto, vale reforçar alguns cuidados especiais. Com essa finalidade, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou a campanha: “No Bloco da Saúde só vai com camisinha”

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A coordenadora do programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis ( ISTs), Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Jordana Costa, explica que o objetivo da campanha é “enfatizar a prevenção e o cuidado consigo e também com o parceiro ou parceira, destacando a importância do uso do preservativo”. Jordana Costa ressalta que, além da campanha, a Coordenação Estadual de ISTs/AIDS e Hepatites Virais desenvolve ações de prevenção e assistência aos portadores das infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV/AIDS, Hepatites virais e Sífilis, visando diminuir o número de novos casos e aumentar o diagnóstico precoce dessas doenças, melhorando a qualidade de vida e o acesso aos serviços de saúde. 

“A SES-MG é responsável também pela aquisição e distribuição de fórmula infantil para crianças de até seis meses de idade, verticalmente expostas ao HIV (crianças cujas mães são soropositivas), pelo inibidor de lactação (Cabergolina), pela compra de preservativos masculinos e de gel lubrificante, pela logística de compra e distribuição da medicação de Infecção Oportunista e pela gestão e logística dos medicamentos antirretrovirais”, explica Jordana Costa. 

De acordo com a coordenadora, até o momento, foram distribuídos 5.123.952 unidades de preservativos masculinos para as regionais de saúde, organizações civis e serviços credenciados. Jordana Costa adianta, ainda, que a Campanha de Carnaval deste ano terá um segundo momento pós-carnaval, que irá orientar as pessoas a procurarem a unidade de saúde mais próxima de sua residência, para realização de testes rápidos 30 dias após a exposição, caso tenham sido expostos a um comportamento de risco, como por exemplo, a prática de sexo sem o uso de preservativo. 

Diagnóstico 

Em Minas Gerais, é possível realizar o diagnóstico para HIV pelo teste rápido para HIV e outras ISTs disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde ou serviços ambulatoriais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O teste também está disponível nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), presentes em 62 municípios de Minas Gerais. Acesse a lista com a relação dos centros de aconselhamento e testagem (CTA) de Belo Horizonte e Região Metropolitana e Interior de Minas Gerais no site: www.saude.mg.gov.br/sexoseguro 

Teste Rápido 

O Teste Rápido é um método eficaz e simples para o diagnóstico de HIV, possibilitando o maior acesso e adesão por parte dos usuários. Para a realização da testagem, os profissionais são capacitados para prestar uma assistência integral e de qualidade. 

“São exames cuja metodologia permite a detecção de anticorpos em menos de 30 minutos, possuem baixo custo operacional, são altamente sensíveis e específicos e de simples aplicação, manuseio e interpretação. Os testes rápidos para a Sífilis, assim como os testes rápidos para as Hepatites B e C são exames de triagem sorológica, ou seja, há necessidade de exames laboratoriais complementares para o diagnóstico. No caso do teste rápido de HIV, o mesmo define o diagnóstico” explica Jordana Costa. 

A campanha “No Bloco da Saúde só vai com camisinha” será trabalhada com ações de mídia para rádio, internet, rodoviária e para as redes sociais da SES-MG, incluindo a criação do site (www.saude.mg.gov.br/sexoseguro) com informações para curtir a folia de forma saudável. 

ISTs 

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. 

O Ministério da Saúde recomenda aos órgãos que trabalham com saúde pública e saúde coletiva o uso da nomenclatura “IST” (infecções sexualmente transmissíveis) no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis). A denominação ‘D’, de ‘DST’, vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já as ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticos, ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo, como são os casos da infecção pelo HPV e o vírus do Herpes, detectadas por meio de exames laboratoriais. O termo IST é mais adequado e já é utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

Por Fernanda Rosa

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