A Fundação Hemominas celebrou no último dia 10 de janeiro 32 anos de atuação e reconhecimento nos serviços de hemoterapia e hematologia no Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais. Fundada em 1985, a instituição evoluiu ao longo desses anos com foco na garantia da qualidade, na segurança transfusional e na ampliação do atendimento ao doador.

Por ano, mais de 300 mil candidatos a doação de sangue são atendidos no estado e mais de 700 mil hemocomponentes são produzidos e entregues para hospitais em todo o estado. Além disso, a instituição registra mais de cinco milhões de testes laboratoriais, incluindo testes sorológicos, moleculares e imuno-hematológicos realizados nas Centrais de Laboratórios da Administração Central para todas as unidades.

Crédito: Manoel Marques / Imprensa MG.

A entidade também contribui para o cadastramento dos candidatos a doação de medula óssea registrados pelo Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Desde 2000, quando o cadastro e coleta da amostra de sangue para teste de compatibilidade passou a ser feito nos hemocentros, a Hemominas recebeu por duas vezes o reconhecimento do Ministério da Saúde como uma das instituições do sistema nacional que mais contribuiu para o cadastro de candidatos à doação de medula óssea.

No total, a Hemominas já cadastrou 455.491 mil candidatos a doação de medula óssea para o Redome, o que representa 10% de todas as pessoas cadastradas no banco em todo o país. O laboratório de Histocompatibilidade (HLA) tem se expandido rapidamente desde sua implantação, em 2012, já sendo responsável por 50%dos testes realizados no estado.

A Fundação Hemominas pertence ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atende mais de 90% dos procedimentos transfusionais em todo o estado, com proposta de alcançar 100% dos procedimentos vinculados ao sistema. Atualmente a cobertura hemoterápica é de 92,96% em Minas Gerais. Suas unidades atendem, via contratos e convênios, à maioria dos estabelecimentos de saúde de Minas: são cerca de 570 entidades conveniadas, incluindo hospitais públicos, filantrópicos e particulares, em mais de 800 municípios mineiros diretamente ou indiretamente.

A Hemominas também participa de ações e eventos que fomentam a pesquisa e o intercâmbio de informações sobre hemoterapia e hematologia nacionalmente e internacionalmente. Em 2016 a instituição apoiou o Ministério da Saúde na realização do XIV Simpósio Franco Brasileiro e Encontro Nacional de Hematologia e Hemoterapia. O evento, que teve como objetivo discutir temas de interesse da Hemorrede Nacional, considerando a experiência do Brasil e da França, contou com a participação de 150 técnicos franceses e brasileiros.

Também em 2016 o Hemocentro de Belo Horizonte, a maior unidade da Fundação Hemominas no estado, recebeu, pela segunda vez a certificação internacional do programa de Acreditação da AABB/ABHH (American Association of Blood Banks e Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Certificada pela primeira vez em 2014 e recertificada em 2016, o hemocentro atendeu aos requisitos internacionais relativos à qualidade e segurança das atividades de coleta, processamento, armazenamento, distribuição, testes laboratoriais, infusão de sangue e hemocomponentes, entre outros.

A certificação e os serviços de captação de doadores para oferta de hemocomponentes têm beneficiado pacientes em todo o estado e, em ocasiões especiais, de outros estados brasileiros também. De maneira especial, os pacientes com hemoglobinopatias e coagulopatias são diretamente beneficiados também com os resultados das pesquisas científicas desenvolvidas ao longo dos anos na instituição.

Com a primeira etapa de obras físicas concluída em Lagoa Santa (MG), o Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio) é uma unidade singular da Fundação Hemominas, constituindo a primeira iniciativa no país a integrar diversos bancos de tecidos e células em uma única estrutura física e organizacional. No total serão sete bancos, entre eles o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) que compõe o Programa BrasilCord do Ministério da Saúde e se propõe a constituir acervo e disponibilizar unidades de células progenitoras hematopoiéticas para o tratamento de pacientes portadores de doenças hematológicas, oncohematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, tumores sólidos e doenças autoimunes.

O Banco de Medula Óssea do Cetebio em operação, nos últimos dois anos conseguiu superar suas metas: em 2015 criopreservou 212 bolsas para o transplante de 85 pacientes; em 2016 a unidade criopreservou 312 bolsas possibilitando o transplante de mais 129 pacientes.

 

Por Hemominas / ASCOM