Nesta terça-feira (08/11), a Regional de Saúde de Varginha realizou a 1ª Capacitação sobre os Serviços Especializados em Reabilitação da Deficiência Intelectual (SERDI). O evento teve como participantes os representantes de SERDI, representantes da Junta Reguladora e das Secretarias Municipais de Saúde dos respectivos municípios sedes do SERDI.

Os técnicos da Coordenadoria de Atenção à Saúde à Pessoa com Deficiência (CASPD) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) David Mello, Cristina Guzmán e Raquel Viana - compareceram como convidados no evento que foi organizado pelo Núcleo de Redes, através da Referência Técnica da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Regional de Saúde de Varginha, Tatiana Vilela Pessoa.

Uma apresentação acerca da composição da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência exibiu que, na Região Ampliada Sul - que abrange as Regionais de Saúde de Alfenas, Pouso Alegre, Passos e Varginha, estão presentes 51 SERDIS, sendo, então, a região com o maior número de SERDIs do Estado; 25 destes estão em municípios da jurisdição da SRS Varginha.

Além deles, a Ampliada Sul ainda conta com dois Serviços de Atenção à Saúde Auditiva (SASA), cinco Serviços de Referência em Triagem Auditiva Neonatal, seis Serviços de Atendimento ao Paciente Ostomizado (SASPO), três Serviços de Reabilitação Física e dois Centros Especializados em Reabilitação.

Os SERDIs foram instituídos pela Deliberação CIB-SUS/MG nº 1.403, de 19/03/2013, e possuem a finalidade exclusiva de atendimento em saúde das pessoas com Deficiência Intelectual e Tratamento do Espectro do Autismo (TEA). Cristina Guzmán, da Coordenadoria de Atenção à Saúde à Pessoa com Deficiência (CASPD) da SES-MG, listou as competências do SERDI, que vão desde a “atenção integral em saúde, referência em habilitação/reabilitação das pessoas com deficiência intelectual, avaliação diagnóstica, atendimento interdisciplinar e envolvimento de famílias, até a elaboração de Projeto Terapêutico Individualizado (PTI) e sua revisão semestral, além da realização de capacitações”.

Sobre o Programa de Intervenção Precoce Avançado (PIPA), Raquel Viana, também da CASPD/SES-MG, apresentou as três categorias de acompanhamento trabalhadas: acompanhamento de zero a dois anos (neonato de risco), Intervenção Precoce I, de zero a três anos e Intervenção Precoce II, de quatro a seis anos. O PIPA possui o objetivo de incentivar o acompanhamento aos neonatos de risco (NR), realizar diagnóstico precoce, promover intervenção precoce (IP) nos usuários com deficiência intelectual, além de prevenir agravos, melhorar prognóstico e qualidade de vida das pessoas com deficiência e capacitar os profissionais e qualificar o atendimento em saúde.

O coordenador Geral da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES-MG, David Mello, explicou, através de exemplos práticos, a importância da Rede se manter em funcionamento, destacando as atribuições das Juntas Reguladoras de cada município, que compreendem ações como visitas técnicas, auxílio na organização do fluxo de referências e contra referências dos usuários e emissão de documentos relacionados. David ainda destacou que, “na página criada no site da SES-MG, pode-se acessar todos os serviços listados por modalidade e locais de referência, o que trabalha como um facilitador no conhecimento da rede e nos possíveis encaminhamentos que precisem ser realizados”.

 

Por Tânia Corrêa