O Serviço de Dermatologia do Hospital Eduardo de Menezes, da Rede Fhemig, em parceria com o Núcleo de Estudo e Pesquisa (NEP) da unidade, dá início no dia 27 de julho à primeira fase da campanha de capacitação de profissionais da atenção primária para estimular o diagnóstico de psoríase e hidradenite.

O Centro de Saúde Nazaré, Regional Nordeste de Belo Horizonte, será a primeira unidade a ser contemplada. Segundo Luiz Alberto Bonjardim, médico residente de Dermatologia do HEM, a campanha tem como objetivo atingir unidades básicas tanto de Belo Horizonte, como da Região Metropolitana.

Crédito: Fhemig / Reprodução.

Luiz Alberto Bonjardim, que também é representante do Coreme (Comissão de Residência Médica) dos residentes de Dermatologia, lembrou que de 2003 a 2013 o Serviço de Dermatologia do HEM já havia realizado a campanha em formato de mutirão de atendimento dermatológico em diversos municípios, entre eles Pedra Azul, Itaobim, Vargem Alegre, Caratinga, Itambacuri, Ladainha, Luz e Muriaé. “Agora estamos retomando essa importante atividade que atendeu gratuitamente centenas de pacientes”, ressaltou, lembrando que a primeira fase termina em fevereiro de 2017.

Os centros de saúde que tiverem interesse em participar da campanha devem entrar em contato com o médico Luiz Alberto Bomjardim Pôrto pelo e-mail luizalbertobp@yahoo.com.br, para programar palestras e outras atividades de extensão em parceria com o HEM. As instituições públicas, particulares ou filantrópicas que tiverem interesse em apoiar o projeto, também devem entrar em contato por e-mail.

Psoríase

Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética.

Sintomas

Os sintomas da psoríase variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir: manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas escalonadas, pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento coceira, queimação e dor, unhas grossas, sulcadas ou com caroços, inchaço e rigidez nas articulações. Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, a psoríase pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente.

Tratamento

O tratamento da psoríase é essencial para manter qualidade de vida satisfatória. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetável. Casos muito graves necessitam do uso de remédios chamados imunobiológicos.

Prevenção

Não há formas de prevenir a psoríase, mas pessoas que possuem histórico familiar da doença devem ter atenção redobrada a possíveis sintomas. É importante estar atento aos sinais. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure o dermatologista imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.

Hidradenite

Doença dermatológica inflamatória crônica, caracterizada pela presença recorrente de feridas na pele. Ela acomete essencialmente as glândulas apócrinas, principalmente nas regiões onde a pele fica em constante fricção, como as axilas, entre as nádegas, virilha e sob os seios.

O diagnóstico precoce e tratamento adequado da hidradenite supurativa ajudam a controlar os sintomas e a prevenir que as lesões se desenvolvam. Essas feridas lembram furúnculos no início, e evoluem com formação de cicatrizes na região afetada. Os caroços associados à hidradenite supurativa normalmente são doloridos e podem estourar, escorrendo um pus fétido. Em muitos casos há “túneis” (fístulas) que conectam os caroços por baixo da pele.

Fatores de risco:
• É um problema é muito mais comum nas mulhere do que nos homens.
• Período da puberdade, ou adolescência, já que é neste período que se desenvolvem as glândulas apócrinas.
• Ter histórico familiar de hidradenite supurativa.
• Fatores de implicação endócrina, como obesidade,ovários policísticos, acne, entre outros, que são comumente associados com hidradenite supurativa.

A hidradenite supurativa pode aparecer de diversas formas, que são diferentes para cada pessoa. Da mesma forma, o número de erosões de pele pode variar. Alguns dos casos mais leves de hidradenite supurativa podem ser semelhantes a pequenas saliências ou cravos pretos, enquanto os pacientes com formas mais graves podem ter abscessos dolorosos e recorrentes.

Sintomas

Pontos inchados (nódulos) e avermelhados na pele, parecidos com “espinhas internas” ou “furúnculos”. Lesões avermelhadas na pele. Presença de pus fétido. Nódulos ou lesões que aumentam de tamanho. Dor e sensibilidade no local das lesões. Formação de fístulas ou “túneis” sob a pele. Presença de cravos pretos na pele. Nódulos persistentes e doloridos, que duram por semanas ou meses. Vários nódulos inchados espalhados pelo corpo ou apenas um bastante inchado. Depois de “estourados”, os nódulos demoram vários dias para cicatrizar. Cicatrizes permanentes após o desaparecimento dos nódulos.

Diagnóstico

O diagnóstico de hidradenite supurativa se dá a partir do exame clínico do dermatologista.

Tratamento

O tratamento da hidradenite supurativa continua sendo um desafio para os dermatologistas, pois não há cura e geralmente há recorrência da doença após um período do término do tratamento. Existem desde tratamentos tópicos - com cremes e sabonetes antissépticos – com o uso de medicações orais, incluindo antibióticos quando o local está infeccionado, tratamentos a laser e até cirurgia para casos recorrentes que não respondam aos tratamentos. Casos muito graves necessitam do uso de remédios chamados imunobiológicos.

 

Por Fhemig / ASSCOM