A estação Gameleira, da linha de metrô de Belo Horizonte, foi palco de mais um treinamento integrado das forças de segurança, com foco nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Cerca de 70 profissionais participaram do simulado prático de defesa contra ataques químicos, biológicos, radioativos e nucleares, reunidos sob a sigla QBRN, na madrugada desta quarta-feira (20/7). Quinze instituições participaram das ações, cujo foco foi a prática do acionamento das forças de segurança de forma rápida e eficiente.

Crédito: Divulgação / Exército Brasileiro.

A ação reuniu Forças Armadas, servidores da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), agentes e técnicos da Polícia Federal, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), da Guarda Municipal, da BHTrans, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), da Secretaria de Saúde Municipal de Belo Horizonte, do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, de funcionários da CBTU e também de agentes de segurança privada.

As atividades foram coordenadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), responsável pela integração dos cerca de 40 órgãos que trabalham em conjunto para garantir a segurança durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Segundo Vicente Salgueiro, coordenador do CICCR, este treinamento teve como foco a prática dos acionamentos de comando e controle. “Foram realizados testes de percepção para que as pessoas pudessem acionar as forças de segurança em caso de situações suspeitas ou de acontecimentos reais”, relatou o coordenador.

A iniciativa compõe as ações da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (Coesge-MG) e do Núcleo de Articulação Minas 2016, instituído em abril de 2015 com a finalidade de promover as ações necessárias para o estado sediar os eventos relacionados aos Jogos Rio 2016.

Simulado

No treinamento desta madrugada houve simulação de ataque com gás cloramina, causador de irritações severas nas vias aéreas. Militares do Corpo de Bombeiros, vestidos com roupas especiais, agiram rapidamente para realizar a descontaminação do local e, também, das vítimas. Do lado de fora da estação havia equipamentos e toda estrutura necessária para realizar estes primeiros atendimentos, retratando exatamente a que seria erguida em caso de um atendado real.

Para o tenente coronel do Corpo de Bombeiros Militares, Donizetti Silva, “o trabalho integrado tem proporcionado uma atualização de protocolos, além da soma de esforços para um atendimento mais rápido e qualificado à população”.

Na simulação do ataque com gás, os agentes do metrô exercitaram o contato com o CICCR que, por sua vez, acionou o Exército, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar para irem a campo. Agentes da BHTrans isolaram o local e ficaram responsáveis pelo remanejamento do fluxo de veículos no entorno da estação. Além disso, eles orientavam moradores e transeuntes sobre a interdição das ruas.

“Por se tratar de um local menor, com acesso dificultado, a ação requer flexibilidade das equipes de atendimento. A avaliação deste treinamento foi positiva, pois o tempo de resposta foi adequado dentro daquilo que a gente vem treinando”, avaliou major do Exército, Tadeu Barradas.

Militares do Esquadrão Antibombas do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, também fizeram a simulação de neutralização de um suposto artefato explosivo, deixado na rampa de entrada da estação. Esta prática foi importante para treinar a percepção dos funcionários da CBTU e de passageiros, que rapidamente acionaram a central de segurança do metrô ao perceberem o objeto suspeito.

“Treinamentos como este, em locais de grande fluxo de pessoas, são importantes para que as agências interajam e consigam unir esforços e agir de forma harmônica, a fim de mitigar os riscos de um atentado”, salientou o tenente do Gate, Paulo Matos.

Números

Para a Olimpíada Rio 2016 são esperados no Brasil 15 mil atletas de 206 países. São 32 mil profissionais de imprensa credenciados e uma estimativa de 4,5 bilhões de expectadores no mundo inteiro. Em Belo Horizonte, de acordo com estimativas da Abin, são esperados de 15 mil a 20 mil turistas durante os jogos. A cidade receberá entre 400 e 500 atletas e 1.500 jornalistas. BH receberá dez partidas de futebol masculino e feminino.

 

Por Agência Minas