Foi realizada nesta quinta-feira (23/06) na regional de Uberaba, reunião com técnicos de epidemiologia e da atenção primária dos municípios da região de saúdeTriângulo Sul, além de representantes de hospitais.
Durante o encontro, foram discutidos temas como Zica Vírus em gestantes, Vigilância Epidemiológica da Influenza e a Campanha Antirrábica Animal 2016.
De acordo com Maria Amélia da Silveira, referência técnica em Raiva da regional de Uberaba, “as pessoas não dão muita importância à doença por desconhecer sua gravidade e por achar que ela ficou no passado. No entanto, quando não se intensifica a campanha, percebe-se automaticamente um aumento no número de casos”.
A raiva é 100% letal em animais. Em humanos, houve apenas 6 casos de cura em todo o mundo, deixando, no entanto, sequelas neurológicas severas. Além disso, o sofrimento do animal e da pessoa acometida pelo vírus da raiva é intenso, durando cerca de cinco dias de sintomas, até o consequente óbito.
Com relação à Influenza, a referência técnica da superintendência, Denise Maciel Carvalho, enfatiza a importância do tratamento precoce com Oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, nas primeiras 48 horas após os primeiros sintomas de síndrome respiratória. “O início precoce garante maior eficácia do tratamento, diminuindo os sintomas e a replicação de vírus. Além disso, é ainda mais importante atentar para as pessoas com comorbidades como obesidade, cardiopatias, diabetes, asma e outros sintomas respiratórios. A vacinação dos grupos de risco preconizados pelo Ministério da Saúde também é de extrema importância.”
Na Regional de Saúde de Uberaba existem, até este momento, 17 casos confirmados de Influenza A H1N1, sendo que desses, dois foram a óbito em Frutal. Existem ainda 7 casos de Influenza A não subtipável, sendo que um foi a óbito em Uberaba, e mais 2 casos de Influenza B e um caso de Influenza Sazonal, na macrorregião Triângulo do Sul.
Com relação ao Zica Vírus em gestantes, Jessica Scandiuzzi, referência em Saúde da Mulher da regional, alerta sobre a importância do acompanhamento das gestantes suspeitas e confirmadas com o vírus, atentando especialmente para alterações neurológicas nas crianças. “Essas alterações vão muito além da microcefalia e o acompanhamento com estimulação precoce deve ser realizado através de equipe multiprofissional desde o início da vida da criança.”
Na regional de saúde de Uberaba são 12 casos confirmados de Zika Vírus em Gestantes, sendo que destes, 3 já nasceram sem alterações encefálicas. As outras gestantes estão sendo acompanhadas pelas equipes de saúde municipais e ainda não apresentaram alterações nos exames. Uma das gestantes foi notificada após o nascimento da criança, que apresentou microcefalia, em dezembro de 2015. O exame dos fragmentos da placenta confirmou a presença do vírus na mãe.
Por Sara Braga
