Para metade dos brasileiros (48%), os meios de comunicação noticiam de maneira satisfatória as descobertas cientificas e tecnológicas, mas perguntados sobre o nome de algum cientista brasileiro, 94% não souberam responder. Os resultados da quarta edição da pesquisa sobre “Percepção Pública da Ciência e Tecnologia no Brasil”, de 2015 (http://percepcaocti.cgee.org.br) apontam que apesar do interesse por Ciência e Tecnologia ser alto, o acesso à informação segura neste segmento é baixo.

Para contrapor esse cenário, a Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC) a fim de reunir esforços para a popularização da ciência no Estado de Minas Gerais nasce com a união de representantes de Universidades, Centros de Pesquisa e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), além de outros integrantes.

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), desde o início de 2016, faz parte da RMCC e aposta na missão de pensar soluções e alternativas que tornem a ciência um assunto mais próximo da população em geral.

Para Vanessa Fagundes, assessora de comunicação e coordenadora do programa de comunicação científica da FAPEMIG, a ESP-MG com sua trajetória na pesquisa vem a contribuir com o propósito da Rede. “A proposta da RMCC é somar esforços. Juntos, os profissionais que trabalham com a comunicação científica nas instituições mineiras podem produzir material mais diversificado, compartilhar produtos e atingir um público ainda maior. A ESP-MG já possui ações que buscam divulgar conteúdos de ciência e capacitar profissionais para a cobertura da área. Essa experiência vem agregar ao trabalho da RMCC e certamente contribuirá para a missão da Rede, que é promover e difundir a cultura científica para fortalecer o acesso à Ciência, à Tecnologia e à Inovação como direito primordial à cidadania”, destaca.

Para a Superintendente de Pesquisa da ESP-MG, Marilene Barros de Melo, esta divulgação é um compromisso social da instituição. “A ESP-MG reconhece a importância da RMCC e parabeniza essa iniciativa, considerando que a popularização da produção cientifica é um compromisso social e ético com a sociedade. Esta produção deve envolver os diversos sujeitos que participam dessa produção e, necessariamente, se preocupa com a transformação da realidade a qual eles estão inseridos”. 

Fala Ciência

Para tal missão, a RMCC já tem em andamento algumas ações, como a realização do Fala Ciência – Curso de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, com o apoio da FAPEMIG e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).  Já em sua 2ª edição, realizado em junho desse ano, o curso é destinado a profissionais que trabalham ou se interessam pela divulgação da ciência e da tecnologia.

Ainda nesse ano, a RMCC fará a cobertura conjunta da 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontecerá entre os dias 03 e 09 de julho de 2016, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro (BA). A ESP-MG participará com a cobertura das atividades sobre Saúde Coletiva, Saúde Global e Saúde Pública, entro outras.

Para o assessor de comunicação da ESP-MG, Harrison Miranda, a Escola estar na rede é uma soma de esforços para mostrar a potência da comunicação e da divulgação científica das instituições. “Além da produção científica, a Escola conta com o curso de especialização em Comunicação e Saúde, um produtor de conhecimento, aliando comunicação e informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o trabalho da comunicação é contextualizar as informações e torná-las acessíveis para a população, a linguagem científica precisa ser ‘entendível” por todos”, destacou.

Conheça os membros da Rede

Além da ESP-MG, integram a Rede o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MG – (FAPEMIG), Fundação Ezequiel Dias (Funed), Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Sectes-MG), Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e  Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). 

 

Por Leíse Costa

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