Nesta terça-feira (26/03), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), realizou em Belo Horizonte, o I Seminário da Rede Estadual de Oncologia. Tendo em vista a reprogramação da Rede de Oncologia de alta complexidade, bem como seu impacto na execução do atendimento nos serviços habilitados no estado, o objetivo do seminário é possibilitar a discussão do tema com a participação dos diferentes atores envolvidos no processo, permitindo a melhor compreensão de sua complexidade.

Durante a abertura do evento, o subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Marcilio Dias Magalhães, destacou que a expectativa é sempre a de prestar a melhor assistência possível aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós sabemos que as questões abordadas nas deliberações não esgotam as necessidades e dificuldades de gestores e prestadores, mas essa fase em que nos encontramos representa a etapa de uma discussão que precisa continuar. Ajustes são necessários e o recurso é finito. Por isso, é preciso que todos estejam abertos à discussão”, explica Marcilio Dias Magalhães.

Créditos: Marcus Ferreira

Ao longo do encontro, também foi discutida a reprogramação do Sistema de Informação Hospitalar de média complexidade hospitalar (SIH MC), com o intuito de esclarecer os principais pontos de deliberações pertinentes à temática. De acordo com o subsecretário de Regulação em Saúde da SES-MG, Nicodemus de Arimathea e Silva Junior, eventos como o Seminário da Rede Estadual de Oncologia representam o ambiente propício para a partilha de experiências entre gestores e estaduais e municipais.

Para a superintendente de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG, Karina Rocha de Oliveira Taranto, não se pode enxergar a assistência ao paciente no caso oncológico apenas pelo fragmento de uma unidade ou de um ponto de atenção. “Hoje a organização em modelo de rede e por meio da comunicação dos entes de todos os pontos que compõem uma rede de assistência é o que se tem de melhor para garantir a integralidade da assistência”, explica Karina Rocha de Oliveira Taranto.

Já o vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS), Hermógenes Vaneli, reforçou o compromisso de não só garantir assistência ao paciente da rede de oncologia, mas também garantir que essa assistência seja prestada a tempo e na hora, garantindo, assim, a sua chance de sobrevida. “Nós sabemos o quanto é difícil dizer ao paciente que está com câncer, que ele levará 30, 60 ou 90 dias para fazer um tratamento com radioterapia. Por isso, temos certeza de que após esse encontro muitas dúvidas e questionamentos que ainda persistam poderão ser sanados”, pontua Hermógenes Vaneli.

O I Seminário da Rede Estadual de Oncologia segue até a próxima quinta-feira (28/03). Dentre os temas que ainda serão abordados no encontro estão: experiências de fluxos regionais de acesso, plano regional de oncologia e ajustes realizados no SUSFácil MG para o novo Sistema de Internação Hospitalar de Média complexidade. Confira aqui a programação completa.

Por Fernanda Rosa