Sete horas da manhã, terça-feira, dia três de julho. O SAMU 192 já está preparado para atender as ocorrências de urgência e emergência em 26 cidades do Triângulo Norte. Nas primeiras seis horas de operação, a Central de Regulação do serviço móvel registrou 87 ligações. Delas, 10 foram orientações médicas e 48 foram orientações não médicas. Vinte e sete ligações caíram antes do primeiro atendimento e, em duas ocorrências, a Central de Regulação encaminhou uma equipe do SAMU até o local para realizar o atendimento.

O primeiro atendimento do SAMU foi um pedido de orientação e informação, às 7h30min, em Gurinhatã, na região do Pontal do Triângulo Norte. Como o caso não necessitava de uma intervenção no local, a Central orientou o paciente qual é o papel do SAMU e o serviço mais adequado para o seu caso dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

Crédito: Beto Oliveira.

Durante a manhã, a maior parte das ligações foram de orientações não médicas, relatou Rodrigo Alvim, Secretário Executivo do CISTRI – consórcio de municípios responsável pela operacionalização do serviço móvel no Triângulo Norte. “É importante que a população saiba em quais casos devem ligar para o número 192. Neste primeiro momento, o nosso esforço será orientar e conscientizar a população, além de correções em nossos processos para qualificarmos cada vez mais o nosso atendimento”.

A Central de Regulação recebe todas as ligações por uma equipe de plantão 24 horas nos sete dias da semana. As ligações são atendidas pelos técnicos que identificam o caso para encaminhar ao médico regulador, que irá avaliar a ocorrência e determinar qual procedimento adotar. Se for um caso de urgência ou emergência, uma das bases nas 16 cidades são acionadas para o atendimento. Todo movimento da frota de ambulâncias é monitorado pelos rádios operadores na Central.

Na Central, são 36 profissionais entre médicos, técnicos e rádios operadores. Do outro lado, nas 17 bases descentralizadas nos municípios, operam 198 profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas que estão preparadas para realizar o atendimento pré-hospitalar. A equipe de atendimento fica em comunicação constante com a Central e, assim que realizam o primeiro atendimento, informam a situação ao médico regulador para que este defina para qual unidade de saúde o paciente precisa ser encaminhado. “A nossa rede de atenção à urgência e emergência está estruturadas em 183 pontos para atender o SAMU, de média a alta complexidade”, reforçou o secretário executivo do Consórcio, Alvim. “Assim que o médico regulador determina para qual porta de entrada o paciente é encaminhado, já estabelece comunicação com as instituições de saúde”, explicou.

Um caso que seguiu este fluxo do serviço de urgência foi o atendimento a um paciente que teve um acidente vascular cerebral há 10 dias e estava sentindo desconforto respiratório. “Encaminhamos uma Unidade de Suporte Básico (USB) com uma enfermeira. Chegando lá, ela me passou todos os dados vitais e decidimos encaminhá-la para a UPA 24 horas em Araguari”, relatou o médico regulador, L.X. Registrado na Central às 11h30, em trinta minutos o paciente deu entrada na UPA.

Segundo a Superintendente da Regional de Saúde de Uberlândia, Rosângela Borgens Paniago, o SAMU só é possível devido ao trabalho em conjunto e alinhado entre o Estado, as Secretarias de Saúde, o Corpo de Bombeiros, as instituições de saúde e o consórcio Cistri. “Precisamos e estamos muito alinhados para que o SAMU seja uma realidade. O Consórcio tem feito um trabalho muito cuidadoso em sua implantação”, finalizou a superintendente.

Quando devo chamar o SAMU?

  • Problemas cardiorespiratórios
  • Acidentes com traumas e fratura
  • Trabalho de parto com riscos à mãe ou filho
  • Queimaduras graves
  • Crises convulsivas
  • Intoxicação e envenenamento
  • Sangramentos e hemorragias
  • Ocorrência de Maus Tratos
  • Surtos Psiquiátricos

 

 

Por Priscilla Fujiwara

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