Com a participação de referências técnicas em imunização e Atenção Básica em Saúde dos municípios de Itacambira, Montes Claros, Glaucilândia, Juramento e Claro dos Poções, a Regional de Saúde de Montes Claros iniciou nesta segunda-feira, 12/03, a realização de encontros nas microrregiões do Norte de Minas, visando a organização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe Influenza 2018. O Trabalho está sendo conduzido por referências técnicas dos núcleos de Atenção Primária em Saúde e de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador.

Crédito: Pedro Costa

Nesta quarta, quinta e sexta-feira, 14, 15 e 16/03, a realização dos encontros terá continuidade nas microrregiões de Taiobeiras, Salinas e Francisco Sá, respectivamente. Nos dias 21 e 23 de março, os encontros serão realizados nas regiões de saúde de Monte Azul e Bocaiúva.

Durante os encontros, na parte da manhã, estão sendo abordadas questões sobre o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI); Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinais (SIEAPV); perdas de imunobiológicos; coberturas vacinais e erros de imunização.

Já na parte da tarde os encontros tem como foco o planejamento da Campanha contra a Influenza 2018 e o calendário nacional de vacinação, que deve ser seguido pelos municípios, observando as indicações, contraindicações e o intervalo de aplicação das doses de imunobiológicos.

O período de realização da Campanha ainda está em fase de definição por parte do Ministério da Saúde, porém o trabalho é normalmente implementado em maio.

Durante o encontro realizado nesta segunda-feira, a referência técnica em imunização da Regional de Montes Claros, Mônica de Lourdes Rochido Azevedo, destacou a importância das secretarias de saúde realizarem o acompanhamento consistente das coberturas vacinais, para que a população não fique exposta a doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação.

A influenza

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias.

A transmissão da doença ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

A vacinação é a medida mais eficaz para a prevenção da influenza grave e de suas complicações. Entre outras importantes medidas preventivas estão lavar as mãos, evitar locais fechados e muito cheios e buscar orientação médica em caso de início súbito de febre alta, tosse (geralmente seca), dores musculares, nas articulações, cabeça e garganta, desconforto grave e corrimento nasal.

Compõem o público da Campanha de Vacinação professores das escolas públicas e privadas; pessoas com 60 anos ou mais de idade; crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias); as gestantes; as puérperas (até 45 dias após o parto); os trabalhadores da saúde; os povos indígenas; os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; presidiários e funcionários do sistema prisional.

Febre amarela

Aproveitando a participação de referências técnicas de imunização e de Atenção Básica em Saúde dos municípios, durante os encontros o Núcleo de Atenção Primária à Saúde – (Napris) da Regional de Montes Claros estará reforçando a importância do incremento das ações de vacinação da população contra a febre amarela.

Nesta segunda-feira, a referência técnica do Narpis, Agna Soares da Silva Mendes, ressaltou que, pelo fato de Minas Gerais se constituir numa região com elevado potencial para a ocorrência de casos de febre amarela, os municípios precisam intensificar os trabalhos de imunização da população visto que as ocorrências de óbitos envolvem pessoas que não foram vacinadas.

“Para garantir que toda a população seja imunizada, os municípios precisam desenvolver ações de mobilização, com ampliação dos horários de atendimento nas salas de vacina no horário de almoço e nos finais de semana. Além disso, a busca ativa das pessoas não vacinadas deve ser intensificada nas áreas urbanas e rurais, por meio da aplicação de vacinas de casa em casa”, alertou Agna Mendes.

A referência técnica assinalou que, apesar do Ministério da Saúde preconizar a cobertura vacinal de 95% da população contra a Febre Amarela, é importante que os municípios tenham como meta atingir 100% das pessoas, visando garantir que nenhum caso da doença seja notificado no Norte de Minas.

De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado dia 6 de março pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG), nos 53 municípios que compõem a área de atuação da Regional de Montes Claros a cobertura vacinal contra a febre amarela acumulada entre 2007 a 2018  está em 85,30%.