A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), em parceria com o Centro de Saúde Oswaldo Cruz (CSOC), promoveu nesta sexta-feira (09/01), um grito de carnaval no Jardim de Inverno da Unidade Sede. Pelo segundo ano consecutivo os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), juntamente com os trabalhadores da instituição se organizaram com fantasias e muita alegria, como parte das ações de promoção de saúde e integração social.

Karine Arcuri, Assistente Social do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e instrutora de dança, explica a importância de ações como essa para os usuários e trabalhadores para manter a saúde do corpo e da mente. “Trabalhamos com a prevenção das doenças, mas também trabalhamos com a doença já instalada, o que acaba sendo muito estressante para o profissional, pelo fato de lidar com a dor do outro. Então, esses momentos nos trazem alegria, dinamismo, renovam as nossas energias e as dos pacientes. Alegria é prevenção, é vida, nos faz ficar firmes como uma rocha”, afirma.

Maria Neves, usuária do CSOC, uma das mais animadas da folia, disse que na terceira idade o que queremos é alegria. “A festa está sendo maravilhosa. Somos um povo alegre e o carnaval, para nós da terceira idade, é uma época de boas lembranças. Tudo aqui é muito bem organizado. E vamos dançar, que a vida é bela”, alegra-se.

Folia com inclusão

Além das já tradicionais aulas de dança e Lian Gong, o grito de carnaval deste ano contou com a presença do Bloco Tamborins Tantãs, que tem como integrante a trabalhadora da Escola, Eneida Oliveira, da Secretaria de Ensino. "Ficamos muito felizes com o convite, principalmente pela ideologia do Bloco que é alegria, leveza, é a luta antimanicomial. Nos intitulamos tantãns loucos e fazemos à festa na rua sem cordas, onde podem entrar os mendigos, os ‘doidos’, para todos fazermos festa de rua, e isso tem muita relação com o trabalho da ESP-MG na área da saúde”, explica.

Glória Reis, historiadora e integrante do bloco, com saudosismo por estar novamente na Escola, destaca a emoção de participar dessa ação. “Sou nora da ex-diretora da ESP, a professora Roseni Sena, e está sendo muito emocionante para mim estar aqui participando desse projeto, nesta Escola que ela amava tanto. Nosso bloco sai na rua com essa ideia da inclusão, e que todo mundo pode tocar, todo mundo pode participar da festa, basta querer, ter alegria e saúde”, completa.

O Bloco

O Tamborins Tantãs surgiu recentemente, há cerca de dois meses, com a perspectiva de trabalhar com as pessoas em situação de rua e em sofrimento mental no Carnaval de Belo Horizonte. O grupo tem como mote a resistência, a afirmação de políticas de inclusão e a composição sonora com 100% de tamborins. 

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Por Melyssa Fonseca / ESP-MG