Durante o período de férias e carnaval, historicamente, o estoque de sangue da Fundação Hemominas sofre uma redução de aproximadamente 30%. Aliada a essa sazonalidade, a ocorrência de casos de febre amarela pode agravar a situação, tendo em vista que o tratamento de suporte aos pacientes infectados pode demandar o uso de grande quantidade de hemocomponentes.

Além disso, ao receber a vacina da febre amarela, a pessoa fica impedida de doar sangue por 30 dias. A assessora da Gerência de Captação e Cadastro da Fundação Hemominas, Viviane Guerra, destaca o papel da solidariedade face ao quadro atual: “A doação de sangue é sempre muito importante e torna-se fundamental nesse momento, uma vez que alguns pacientes com febre amarela podem necessitar de transfusão de sangue, além da demanda normal atendida pela instituição. A Hemominas recomenda que as pessoas imunizadas há mais de 30 dias agendem sua doação. Já as pessoas não imunizadas podem, no mesmo dia, doar sangue e depois se dirigirem a uma unidade de saúde para receberem a vacina”.

Créditos: Adair Gomes

A doença

A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas quanto silvestres. Em área silvestre, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas e na beira dos rios.

Segundo informa a Secretaria da Saúde, a maior frequência da Febre Amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a doença ou nunca tenha se vacinado contra ela é picada por um mosquito infectado. Estes mosquitos picam tanto macacos quanto pessoas, que se contaminam com a doença. Por isso, há relato de mortes de macacos nas regiões acometidas. Os macacos não transmitem a febre amarela para o homem e não são os responsáveis pela transmissão da febre amarela. A febre amarela é transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da doença.

Como existe a possibilidade de uma pessoa infectada na área rural ir para a cidade, infectar mosquitos e iniciar a transmissão em área urbana, a prevenção por meio da vacinação e da eliminação dos criadouros do Aedes aegypti é fundamental. Vale lembrar que a febre amarela não é só um problema das autoridades responsáveis pela vacinação e controle de doenças infeciosas. É também um problema de todos – é fundamental evitar deixar lixo e/ou quaisquer recipientes que possam acumular água em casa e que cada um faça a sua parte.

Sintomas

Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Para mais informações acesse: www.saude.mg.gov.br/febreamarela

Para doar sangue

Para sua comodidade, a doação pode ser agendada online, pelo aplicativo MGapp ou pelo telefone 155, opção 8. O call center recebe ligações das 7h às 21h, de segunda a sexta-feira; e aos sábados e domingos, das 7h às 19h.

Para informações sobre os critérios para doação de sangue e medula óssea, acesse nosso site ou ligue 155 – opção 8 (ligação gratuita).

 

Por Jornalismo Hemominas

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