A Fundação Ezequiel Dias (Funed) realiza todos os exames para detecção de arboviroses (doenças transmitidas por insetos) em Minas Gerais, inclusive os exames para detecção da febre amarela. A Fundação também analisa as vísceras dos macacos com suspeita da doença. Embora a Fundação realize o diagnóstico laboratorial, a atribuição de divulgar resultados e estatísticas epidemiológicas do Estado fica a cargo da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

De acordo com o último boletim epidemiológico publicado (17/1) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), desde o início do 2º período de monitoramento da Febre Amarela (julho/2017 a junho/2018), foram confirmados 22 (vinte e dois) casos de Febre Amarela em Minas Gerais. Destes casos, 15 evoluíram para óbito e outros 46 casos continuam em investigação em diversos municípios do Estado.

Conheça todo o fluxo pelo qual o exame de febre amarela passa na Funed:

1- Cadastro da amostra no GAL

Após a coleta da amostra do paciente com suspeita de febre amarela pela instituição de saúde, é realizado o cadastro da amostra no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) pelo município solicitante. Posteriormente, a amostra é encaminhada para o Serviço de Gerenciamento de Amostras Biológicas (SGAB) da Funed, juntamente com a ficha epidemiológica do agravo (SINAN). O material é conferido para verificação se as amostras estão de acordo com o Manual de Coleta, Acondicionamento, Transporte de Material Biológico para Exames Laboratoriais.

No caso das amostras de macacos, os municípios que têm condições de realizar a necropsia, encaminham o material diretamente para a Funed. As cidades que não podem realizar o procedimento enviam o animal para necropsia no Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte, para posterior encaminhamento à Funed.

2- Recebimento das amostras biológicas e encaminhamento ao laboratório adequado

Depois do recebimento das amostras biológicas humanas, elas são encaminhadas ao laboratório adequado. No caso de amostras coletadas até o 5º dia após o início dos sintomas, o material é encaminhado para o Laboratório de Biologia Molecular para realização da metodologia RT-PCR em tempo real para pesquisa do material genético do vírus. Para amostras coletadas após o 6º dia de início dos sintomas, o material é encaminhado para o Laboratório de Arbovírus e Riquetsioses para realização da metodologia MAC ELISA, que pesquisa anticorpos produzidos após a exposição ao vírus.

Para as vísceras de macacos, o material é encaminhado para o Laboratório de Biologia Molecular para realização da metodologia RT-PCR em tempo real para pesquisa do material genético do vírus ou para o Laboratório de Isolamento Viral no qual a amostra é inoculada em cultura de células com o objetivo de isolar o agente patogênico.

3- Inserção de resultados e liberação no GAL

Depois da realização dos ensaios, os resultados são inseridos e liberados no GAL e ficam disponíveis para a unidade de saúde requisitante e para a Vigilância Epidemiológica do município e da SES. Por ser uma doença  de notificação compulsória, a Vigilância Epidemiológica da SES é comunicada por e-mail pela Funed.

Glauco Carvalho, chefe do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, explica que o prazo entre o recebimento da amostra pelo laboratório e a liberação de resultados relacionados aos arbovírus (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) investigados na Fundação, no caso de amostras  humanas, é de até 10 dias. No caso dos macacos, o prazo é de até 30 dias. “Em situações de emergência, surto ou casos de prioridade, esse prazo consegue ser reduzido para dois dias, no caso da metodologia RT-PCR; e para quatro dias no MAC ELISA”, detalha Glauco.

Por Assessoria Funed

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