Em 2017, o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), apostou na ampla qualificação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado, com cursos de nível técnico, especializações e qualificações nas mais diversas áreas da Saúde Coletiva. 

Ao todo, mais de 2.300 alunos passaram pelas salas de aulas, laboratórios e auditórios da Escola, participando de cursos, oficinas, seminários, mesas-redondas e debates, promovidos por uma equipe de referência na formação em saúde pública.

Nessas diversas ações educativas foram abordados temas como regionalização no SUS, comunicação e saúde, controle social, direito sanitário, atenção primária à saúde, apoio institucional, saúde mental, educação permanente em saúde, as bases da saúde coletiva e da formação de técnicos em enfermagem e saúde bucal, direitos humanos, gestão hospitalar, dentre outros.

Para o diretor-geral da ESP-MG, Edvalth Rodrigues Pereira, que assumiu a instituição em junho de 2017, o compromisso continua sendo fortalecer o SUS por meio da educação e do compartilhamento de conhecimentos e saberes. “Juntamente com os trabalhadores da Escola, nos esforçamos para ofertar ações de qualidade para o maior número de profissionais do SUS.

Potências para o trabalho no SUS

Na modalidade de cursos livres, foram ofertadas qualificações de curta duração em 18 temáticas dentro de uma única ação educativa denominada “Cursos Livres: constituindo potências para o trabalho no SUS. Os temas dessas qualificações foram relacionados ao campo da Saúde Pública e sua interface com outros campos, totalizando cerca de 600 vagas direcionadas a trabalhadores do SUS, com qualquer nível de formação, que atuam em Minas Gerais.

Essa oferta foi totalmente criada e implementada por docentes da própria Escola com estabelecimento de parcerias com outros profissionais e instituições, a exemplo da Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania do Estado de Minas Gerais (SEDPAC-MG), com o objetivo de ampliar o alcance das ações da ESP a partir de temas considerados relevantes para o SUS e de domínio da equipe da instituição.

“Esta ação foi a concretização desse esforço conjunto da equipe da ESP. Ver as salas e os corredores cheios de alunos é sempre muito satisfatório e me faz acreditar em uma Escola que cumpre sua missão para o SUS em Minas Gerais”, destaca o diretor-geral.

Ofertas permanentes

A Escola segue ofertando pós-graduação lato sensu em Saúde Pública, além das especializações em Comunicação e Saúde e Direito Sanitário. Para a ESP-MG, a formação de sanitaristas e especialistas em temas de referência para a Saúde Coletiva continua sendo um de seus objetivos.

A formação de base dos profissionais de saúde ainda requer complementação e as especializações ofertadas pela Escola apresentam os principais fundamentos do campo da Saúde Coletiva e o arcabouço teórico que sustenta a construção de um sistema público de saúde universal no Brasil.

Além dos cursos de pós-graduação, a formação de técnicos em saúde bucal e enfermagem tem sido uma oferta já tradicional da Escola, que reitera o compromisso com profissionais de nível médio.

Educação para o SUS se faz em parceria

Em 2017, a Escola realizou diversas ações educativas que tem como característica principal buscar responder às necessidades existentes nos contextos de trabalho dos profissionais e de vida de usuários do SUS. Nesse sentido, foram realizadas as Oficinas de Vigilância e Promoção à Saúde em Áreas de Reforma Agrária, ação elaborada e desenvolvida em parceria com Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e com as lideranças de movimentos populares, o Curso de Qualificação de Conselheiras e Conselheiros Municipais de Saúde, desenvolvido e implementado em conjunto com o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), o Atualiza Hosp e curso de qualificação em Saúde Mental, ambos em parceria com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Espaço para nosso aluno-trabalhador

Uma reinvindicação antiga dos alunos, docentes e orientadores da Escola foi atendida em 2017, com a criação de um espaço de convivência, de estudo e de trabalho na Unidade Sede. Esse espaço conta com computadores, mesa de reunião, sofá e acesso à internet.

O acolhimento ao aluno e a promoção de locais de convivência e de encontro é considerado pela equipe da ESP como forma de reafirmar que saberes são compartilhados não apenas nos ambientes formais de aprendizagem, mas também em momentos informais.

Perspectivas para 2018

Em 2018 a ESP-MG irá completar 72 anos, renovando o compromisso de sempre produzir e compartilhar conhecimento para o fortalecimento do SUS Para isso, já prevê no primeiro semestre o início da segunda turma da especialização em Atenção a Usuários de Drogas no SUS e a Qualificação de Agentes Comunitários de Saúde, com a previsão de qualificação de mais de 3.000 agentes que atuam nas regiões Norte e Nordeste do Estado.

Ainda neste ano, a Escola irá promover seminário sobre Migração e Saúde, os ciclos formativos sobre Violência e Saúde, em parceria com o Instituto de Pesquisa Rene Rachou (Fiocruz Minas), a qualificação de coordenadores da Atenção Primária à Saúde (APS) dos 853 municípios mineiros, além de profissionais do nível central e regional da SES-MG e o Curso de Qualificação de Profissionais da APS para Realização de Teste Rápido de HIV, Sífilis e Hepatites B e C.

Também em 2018, a Escola mantém sua produção editorial com lançamento da cartilha sobre Vigilância e Promoção da Saúde em áreas de Reforma Agrária, da cartilha “Cuidando da gestante e do bebê”, em parceria Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), do livro “Caminhando contra o vento: cuidado e cidadania na atenção a usuários de drogas no SUS”, com textos de alunos e docentes e mantendo a publicação semestral da Revista Gerais, juntamente com os órgãos do Sistema Estadual de Saúde.

Em síntese, no ano de 2018, a proposta da ESP-MG é se manter viva e atuante, ampliando seu alcance aos trabalhadores e aos atores que contribuem para a construção do SUS, tendo a Educação Permanente em Saúde com como referencial político-pedagógico.

Por Sílvia Amâncio (ASCOM/ESP-MG)

Enviar para impressão