Para gerenciar a redução de riscos e garantir a segurança do paciente durante o atendimento em estabelecimentos de saúde, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES – MG) e a Regional de Saúde de Uberlândia (SRS Uberlândia) realizaram na última quarta (08/11) a “Reunião Técnica sobre Segurança do Paciente” em Uberlândia. Foram convidados 24 hospitais e as vigilâncias sanitárias dos 18 municípios, todos do Triângulo Norte. O objetivo do evento foi orientá-los quanto a importância do cadastro dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) e registrar as notificações dos incidentes no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Crédito: Priscilla Fujiwara

Ao identificar incidentes que resultem em danos à saúde do paciente, é possível realizar uma autoavaliação dos procedimentos e processos que necessitem de medidas corretivas, explicou a referência técnica em segurança do paciente da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Rosilaine Madureira. “Os próprios serviços de saúde terão conhecimento dos cenários, das falhas que estão acontecendo, para que ações preventivas e corretivas sejam adotadas e, desta forma, possa evitar que novos eventos ocorram”, ressaltou a referência.

A partir dos dados notificados, o Estado tem informações para subsidiar políticas de saúde, detalhou a coordenadora de Gerenciamento de Investigação e Prevenção de Infecções e Eventos Adversos de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Nádia Dutra. “Quando algum evento é recorrente temos que nos perguntar o que é possível ser feito enquanto vigilância sanitária para que ele não ocorra novamente, seja por meio de capacitações, vídeo conferências ou política pública”.

Os eventos relacionados a assistência à saúde são os mais comuns, como quedas de paciente e lesão por pressão. O mínimo orientado aos serviços de saúde é que as seis metas do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) sejam adotadas, que são: identificar corretamente o paciente, melhorar a comunicação entre profissionais de saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; higienizar as mãos para evitar infecções e reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. 

Em Minas Gerais, a metade dos hospitais já tem Núcleos de Segurança do Paciente, garantiu a coordenadora de Gerenciamento de Eventos Adversos de Vigilância Sanitária da SES-MG, “é importante a implantação dos núcleos, já que uma de suas competências é a adoção de protocolos de segurança do paciente”.  Preocupado com a qualidade de seus serviços, O Hospital Santa Clara em Uberlândia é um dos que já implantou o Núcleo.

Segundo a enfermeira Irineia Marques, responsável pelo setor de qualidade do hospital, a instituição já tem percebido a redução de incidentes internos. Marques explicou que durante a implantação dos seis protocolos da Anvisa, havia um número baixo das notificações dos eventos. Com a implantação, este número subiu e, com a consolidação, houve uma redução devido medidas corretivas implementadas pelo Núcleo, que elaborou um Plano de Ação de Segurança do Paciente. “Hoje temos dois marcadores de segurança para identificar o paciente, que é o nome completo e a data de nascimento. O que nós observamos é que houve uma redução da troca de medicação pela adoção desses dois marcadores”, relatou a enfermeira.

Veja a cobertura fotográfica do evento.

Por Priscilla Fujiwara