O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) realizou no final de outubro, duas oficinas piloto com os trabalhadores do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, que é uma das quatro unidades de saúde da Secretaria de Estado de Administração Prisional (SEAP)

Nessas oficinas foi realizado foi feito o levantamento das demandas de Educação Permanente em Saúde para a definição dos temas e problemas a serem abordados em ações educacionais da ESP-MG para os trabalhadores das unidades de saúde que atuam com assistência médica, hospitalar e perícia médica de pessoas privadas de liberdade nos municípios de Barbacena, Juiz de Fora, Ribeirão das Neves e Vespasiano.

De acordo com Anísia Chaves, da Superintendência de Promoção, Cuidado e Vigilância em Saúde da ESP-MG, “as oficinas exploraram as representações que os trabalhadores têm sobre o território em que atuam, o que possibilitou o reconhecimento de temas pertinentes à saúde através das descrições dos processos e do ambiente de trabalho, assim como das relações ali estabelecidas”.

Demandas

Carlos Roberto Matola, assistente social do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Belo Horizonte, aponta que a “qualificação é de grande valia para ampliar o conhecimento, para que nós possamos interagir não só entre os funcionários, mas para também agregar na ressocialização e na profissionalização dos inclusos, reclusos e detentos que se encontram na unidade", disse.

A psicóloga Diana Mara, do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade de Lagoa Santa (Região Metropolitana de Belo Horizonte), disse que a oficina promoveu a interação dos agentes penitenciários e dos técnicos. “Nossas falas muitas vezes se coincidiram, então é muito importante poder ouvir este conjunto de trabalhadores e que pode propiciar benefícios para todos nós, cada um na sua área de atuação, sendo possível melhorar muito", afirma.

SUS

Em 2014, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), instituída pela Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, que visa à ampliação das ações de saúde do SUS para a população privada de liberdade, tonando as unidades básicas de saúde prisional como pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde. 
A continuidade das atividades entre a Escola e a SEAP está prevista para 2018.

Por Ayrá Sol Soares

Enviar para impressão