Na tarde desta terça-feira (13/8), o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, participou de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em que foi discutida a falta de medicamentos imunossupressores no Estado. A reunião foi convocada pela comissão de Saúde.

Crédito: Marcus Ferreira

Durante a audiência, Carlos Eduardo Amaral, abordou a situação financeira do Estado e ressaltou que mesmo com esse cenário difícil, a Secretaria tem buscado alternativas para organizar a área da saúde e normalizar a entrega de medicamentos. “Mesmo diante da crise financeira em que o Estado se encontra, para iniciar a organização dos pagamentos que estavam pendentes, buscamos priorizar os repasses para as Urgências e Emergências e medicamentos. Nos meses de março e abril deste ano conversamos com os fornecedores e naquele momento, com a baixa credibilidade em que a SES se encontrava, a maioria deles, naquele momento, não aceitaram voltar a fornecer ao Estado. De maio até agora, como estamos cumprindo rigorosamente os pagamentos e recuperando a credibilidade da Secretaria, hoje a maior parte deles já voltaram a entregar medicamentos para SES. Isso demonstra o nosso compromisso em normalizar essa situação e permitir que esses medicamentos cheguem até as pessoas que necessitam”, explicou.

Ainda segundo o Secretário, dos medicamentos imunossupressores que são fornecidos pela SES, apenas um item não foi entregue o quantitativo total, neste mês. Os restantes dos itens dispensados estão com estoques normalizados. “Do cenário que pegamos, quando iniciamos a nossa gestão para os dias atuais, percebemos que temos avançado e muito, pois estamos conseguindo resolver, principalmente, os problemas de abastecimentos dos medicamentos. No início da gestão, de todos os medicamentos que a SES distribuía em todo o Estado, apenas 25% estavam com estoque normalizados. Hoje, os estoques chegam a 80% dos medicamentos gerais. A nossa meta é, num futuro próximo, colocar os repasses aos programas do Estado em dia e destinar R$ 15 milhões por mês para investir em medicamentos, para que a população não fique desabastecida e, também, repassar valores aos municípios”, complementou.

Entre os desafios de manter os repasses e investimentos na área, o Secretário reforçou sobre a questão da judicialização em saúde, que consome uma parte dos recursos da Secretaria. “Os valores para atender à judicialização saem da saúde e não dependem da minha gestão. Temos que cumprir a determinação judicial. Em 2018, foram R$394 milhões do orçamento da saúde para demandas judiciais. O valor equivale a dois orçamentos para a compra de medicamentos. A nossa ideia é diminuir esses processos, pois entendemos que a judicialização é um sintoma de problemas que a secretaria tem. Resolvendo isso e diminuindo essas ações, conseguimos manter os investimentos e a tendência é melhorar essa situação em nosso Estado”, concluiu.

Além do Secretário de Estado de Saúde, também participaram da reunião o presidente da Comissão de Saúde da ALMG, Deputado Carlos Pimenta, o diretor-geral do MG Transplante, Omar Lopes Cançado Júnior, o diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de MG, Renato Barros, representante da Transvida, Maurício Silva Vítor Amaral, médico assistente da Unidade de Transplante do Hospital Universitário Ciências Médicas, coordenador-geral do Componente Especializado do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Alexandre Martins de Lima (representando Lilinquiel Fagundes dos Santos Souza), promotor da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, Luciano Moreira de Oliveira e o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ederson Alves da Silva.

Por Jornalismo SES-MG