Maior rede de hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) tem, desde o dia 02 de julho deste ano, o mais jovem presidente de sua história, o médico Fábio Baccheretti Vitor, de 35 anos de idade, que possui uma trajetória profissional construída, quase integralmente, na própria Fhemig.

Fábio Baccheretti Vitor

 

Após concluir a graduação em Medicina na Universidade Vale do Rio Verde, em 2010, Baccheretti ingressou, no ano seguinte, no Hospital Júlia Kubitschek (HJK), segundo maior hospital da Rede Fhemig, como clínico plantonista da Unidade de Emergência.

Cerca de um ano depois, tornou-se coordenador de Plantão e, no ano seguinte, passou a coordenar a Unidade de Emergência. Em 2015, foi convidado a assumir a função de assessor da Gerência Assistencial do mesmo hospital.

Nos três anos em que permaneceu na função, o HJK tornou-se o primeiro hospital da Fhemig a ter um Núcleo Interno de Regulação (NIR). Com isso, os indicadores hospitalares experimentaram melhorias substanciais, de tal forma que atraíram a atenção de outros hospitais de Belo Horizonte, que se espelharam na experiência do HJK para criarem núcleos semelhantes.

Ao longo de sua atuação no HJK, Baccheretti concluiu vários cursos de capacitação ministrados pela própria Fhemig, por meio de sua Coordenação de Educação Permanente (Cedep).

Também em 2015, o médico ingressou no curso de Especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte, instituição na qual atua, há um ano e meio, como membro de seu corpo clínico.

Em agosto de 2018, após pouco mais de sete anos de trabalho no HJK, Baccheretti assumiu a função de diretor hospitalar da unidade e, com apenas 11 meses de gestão como diretor geral do HJK, deixou a função para assumir a presidência da Fhemig.

Trajetória singular

Apesar de sua trajetória singular e marcadamente executiva, o presidente Fábio confessa que nunca planejou seguir o caminho da gestão hospitalar, embora apresente um perfil eminentemente técnico.

Atualmente, Baccheretti cursa uma atualização profissional, na unidade de Belo Horizonte, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, do Hospital Albert Einstein. Trata-se da metodologia Lean Six Sigma (LSS), que visa a melhoria contínua dos processos, de modo a assegurar um ambiente mais seguro e também melhorar o uso de recursos financeiros e humanos no âmbito dos hospitais.

O presidente também é o representante dos hospitais públicos mineiros no recém criado Comitê de Gestores em Saúde de Minas Gerais (COGESMIG), instituição privada, sem fins lucrativos, que busca promover o ensino e fomentar a inovação e as boas práticas de gestão no âmbito da saúde (pública, privada e suplementar).

Desafio

Casado com a médica pediatra e servidora efetiva do Hospital Infantil João Paulo II, Andréia Alves Nunes Leão, e pai das gêmeas Alice e Luísa, Baccheretti é o caçula e único médico de uma família simples que, nos anos Pré-SUS, como um grande número de brasileiros, não tinha plano de saúde e sequer o costume de ir ao médico.

Baccheretti conta, com bom humor, que sua lembrança mais remota de uma consulta médica foi no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, quando, ainda criança, pisou em um prego enferrujado e precisou de atendimento médico. Segundo Fábio, sua escolha pela Medicina deveu-se ao fato de o curso representar um grande desafio para ele.

Aprendizado

Apesar de não ter planejado sua carreira como executivo da saúde, Baccheretti mostra-se feliz com o caminho percorrido até agora, e afirma que o seu maior ganho pessoal é o aprendizado. “O que me trouxe até aqui foi saber ouvir as pessoas. Você precisa entender o problema e construir soluções de forma criativa”, pondera o presidente. Baccheretti ressalta que para ele são fundamentais o relacionamento interpessoal e a capacidade de ouvir com atenção as pessoas de todos os níveis hierárquicos.

Curto prazo

Quanto aos planos de curto prazo para a instituição, o presidente revela que o seu maior desafio “é tornar a Fhemig mais sustentável e fazer melhor com os mesmos recursos”, sublinha Baccheretti. Além disso, buscará melhorar os processos assistenciais, “para fazermos mais com os recursos que temos hoje e otimizar nossos recursos humanos”, pondera.

O presidente afirma ainda que dará continuidade às melhorias já realizadas, e que se mostraram efetivas. “Não estou começando do zero”, finaliza.

Por Alexandra Marques (ASCOM Fhemig)