A Regional de Saúde de Varginha realizou nessa terça-feira (18/06), capacitação sobre Sífilis a fim de atualizar os profissionais das maternidades municipais acerca do manejo clínico da infecção, enfatizando o manejo dos recém-nascidos expostos à doença.

DSC00957

Monique Borsato, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Varginha, deu início ao encontro apresentando o cenário da sífilis a nível mundial, estadual e regional, destacando principalmente os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que comprova que a Sífilis afeta cerca de 1 milhão de gestantes por ano em todo o mundo, gerando mais de 300 mil mortes fetais e neonatais. Enfatizou também sobre a obrigatoriedade da notificação, visto que a Sífilis é um agravo de notificação compulsória, conforme Portaria de Consolidação nº 4 de 28 de setembro de 2017. A coordenadora ainda abordou sobre os aspectos clínicos da infecção, como sintomatologia, classificação clínica, métodos de diagnóstico, tratamento adequado e os critérios para classificação dos casos de sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita.

Em seguida, Patrícia Rodrigues, referência do Núcleo de Assistência Farmacêutica da Regional de Saúde de Varginha explicou a respeito do fluxo de acesso aos medicamentos e a disponibilidade, via componente estratégico, da penicilina benzatina e cristalina, específicos para o tratamento da Sífilis.

Já a referência técnica de IST da Regional, Lílian Valladão tratou acerca da Nota Informativa nº 2-SEI/2017-DIAHV/SVS/MS, que alterou os critérios de notificação da Sífilis Adquirida, em Gestante e Congênita, e apresentou a relação das maternidades da Regional de Saúde de Varginha que já realizam a testagem rápida (TR) para o HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Lilian Valladão também propôs a descentralização dos mesmos para as outras maternidades que ainda não os executam. “Diante do cenário atual da sífilis, é de grande importância a descentralização dos TR para as maternidades, considerando que muitas vezes o diagnóstico das gestantes tem sido realizado no parto, e para que seja realizado o manejo clínico adequado dos bebês, evitando a transmissão vertical das ISTs”, afirmou Lilian.

O evento foi encerrado com a análise de casos de gestantes com sífilis, onde os presentes puderam apresentar suas dúvidas e também discutir sobre a realidade vivenciada em seus municípios.

Por Mariana Ribeiro