O Núcleo de Atenção Primária de Atenção à Saúde (NAPRIS), juntamente com o Núcleo de Vigiância Epidemiólgica, Ambiental e Saúde do Trabalhador (NUVEAST), da Regional de de Saúde de Divinópolis apresentou, na última terça-feira (11/06), o Plano Estadual de Enfrentamento da Hanseníase, voltado aos profissionais das Estratégias de Saúde da Família (ESF), Coordenadores da Atenção Básica e da Vigilância Epidemiológica dos 54 municípios da Região Ampliada Oeste.

Plano Estadual de enfrentamento à Hanseníase01

O objetivo é formular, apoiar e estimular a implementação da Política Estadual de Enfrentamento da Hanseníase com a resstruturação da Rede de Atenção à Pessoa com Hanseníase (RAPH), em conformidade com as especificidades regionais e municipais. Na primeira fase, entre 2019 a 2020, o Estado terá como meta aumentar a detecção geral de casos novos em 10%; reduzir a proporção de casos novos em menores de 15 anos em 20% ; reduzir a proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade – quando o paciente já apresenta sinais como mãos em garra, pé caído e alterações oculares e dermatológicas – do parâmetro alto para regular, menor que 10%.

A referência técnica de Hanseníase do NAPRIS da Regional, Lucinara Osório, explicou que o plano está formulado em cinco eixos. Para melhorar a assistência, evitar que os casos cheguem em estado de incapacidade e envolver a população para um melhor controle social, o Estado deverá fortalecer as ações de vigilância e integração com a Atenção Primária à Saúde, implementar da Rede de Atenção à Pessoa com Hanseníase (RAPH), fomentar a educação permanente e integração ensino-serviço, fortalecimento da educação em saúde e mobilização social e realizar de atividades de monitoramento e avaliação.

“Este plano nos mostra que é necessário uma reorganização da rede e definir responsabilidade de cada ponto da rede de atenção assistencial no SUS, direcionando a construção de rede horizontalizada, hierarquizada, integral e integrada para atenção à saúde de pessoas com hanseníase e seus familiares”, comentou a referência técnica.

A Hanseníase

Doença infecciosa, crônica, causada por uma bactéria – Micobacterium leprae – e que afeta a pele e os nervos periféricos, em especial os dos olhos, braços, pernas, orelhas e nariz, a Hanseniáse acomete pessoas de diversas idades, incluindo crianças, independentemente de gênero (masculino ou feminino). A doença progride lentamente. O período de incubação, por outro lado, é prolongado e pode durar anos para manifestar os primeiros sintomas. Se tratada precocemente e de forma adequada, a doença causada pela bactéria Micobacterium leprae pode ser evitada bem como as incapacidades e as sequelas.

Os primeiros sinais da doença se manifestam, de modo geral, com manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo da pessoa infectada, com alteração de sensibilidade à dor, ao tato e ao quente e ao frio. Partes do corpo, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas podem apresentar dormência. Além disso, o paciente pode apresentar caroços, nódulos e entupimento nasal. Nesses casos, ele deve procurar uma unidade de saúde mais próxima para confirmar o diagnóstico e começar o tratamento.

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