Na tarde desta quinta-feira (21/03), os membros do Comitê Técnico Regional de controle de doenças transmitidas pelo Aedes da Regional de Saúde de Juiz de Fora reuniram-se para traçar estratégias no processo de prevenção e assistência aos eventos relacionados às doenças causadas pelo mosquito, principalmente nos territórios de Mar de Espanha e São João Nepomuceno.

Crédito: Adriana Mendes

A reunião, conduzida pela secretária do Comitê, Wanderléia Siveira, contou com a participação da coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador (NUVEAST), Shirley Medeiros, e das referências técnicas Paulo Tavares, José Afonso Santana, Antônio Jacques Morais Filho e Maria de Fátima Fernandes.

Durante a reunião, o Comitê verificou que o território de Mar de Espanha teve uma queda significativa no seu índice de infestação devido à intervenção intersetorial que resultou em várias ações com prioridade na limpeza urbana.

No município de São João Nepomuceno, devido à última classificação epidemiológica que está sendo considerado de alta incidência, a Regional enviou uma equipe para acompanhar e orientar os profissionais de saúde, com o objetivo de traçar ações preventivas e curativas.

Para a referência técnica Antônio Jacques, o município de São João Nepomuceno vem sendo monitorado pela Regional de Saúde de Juiz de Fora com visitas frequentes da equipe de vigilância ambiental no intuito de orientar na diminuição dos efeitos da infestação e evitando epidemia.

“Dentre nossa missão, orientamos os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que acompanhem a evolução dos casos sintomáticos em tratamento no domicílio e no caso de alguma alteração do quadro clínico sejam encaminhados à reavaliação. Já com relação à Equipe de Saúde da Família (ESF), enfatizamos a urgência na distribuição de repelente com ênfase nos grupos prioritários: grávidas, vulneráveis sociais, locais mais infestados e pacientes com comorbidades (além dos funcionários que estarão exposto pelo risco laboral), explica Antônio Jacques.

O Posto de Atendimento Médico (PAM) deverá atender todas as classificações de risco, uma vez que a cidade conta com menos da metade da população coberta por ESF. E deverá também começar com a hidratação ainda na fila de espera e recomendar, se for o caso, a continuação da hidratação em casa, conforme dosagem preconizada no livro Diagnóstico e Manejo Clínico da Dengue - Boletim de Vigilâncioa em Saúde (BVS), compartilhado na ocasião.

“Nos casos de hidratação venosa, o paciente deverá ser periodicamente observado, uma vez que a evolução do quadro clínico pode ser muito dinâmica, mudando a classificação de risco. No caso de piora do quadro as recomendações devem ser seguidas conforme o no livro Diagnóstico e Manejo Clínico da Dengue. No caso de sintomas que indiquem pré choque, o paciente deve ser removido imediatamente conforme o descrito pelo plano de contingência (neste caso, solicitar regulação pelo SUSFÁCIL)”. Concluiu Jacques

Por Adriana Mendes