Na última quarta-feira (18), a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), realizou em parceria com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o 3º Encontro Presencial do Curso de Apoio Institucional na Atenção Primária à Saúde

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A proposta da ação foi explorar outras possibilidades, a partir das experiências como a reflexão do papel de apoiadores na gestão da atenção primária, aprimorando o acesso de qualidade nos territórios.

Cecília Godoi Campos, da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, destaca a importância da ação, que fomenta a autonomia e protagonismo por meio da coresponsabilidade. “Nos permitiu a reflexão sobre nosso papel de apoiador enquanto sujeito que também não está isento de temores, dúvidas e angústias, mas que ainda sim pode e consegue desenvolver trabalhado no sentido de auxiliar a atenção primária a exercer seu papel de forma mais coerente, e com mais resolutividade para a população” explica.

Já Sáskia Drumond, da Superintendência Regional de Saúde de Ponte Nova, fala das oportunidades de repensar as práticas diárias nos municípios. “No curso, são colocadas novas possibilidades. A equipe da ESPM-MG é muito boa. Não tem a formalidade de um curso comum e ao mesmo tempo nos estimula o tempo todo”, alegra-se

Apoio

O apoio institucional configura-se como um dispositivo de mediação capaz de colaborar na formação e multiplicação de redes regionais e locais. Coordenado por duas superintendências da Escola (Superintendência de Política, Planejamento e Gestão, juntamente com a Superintendência de Educação e Trabalho em Saúde), a ação favorece a valorização dos sujeitos implicados nesse processo da gestão da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS), seja a nível municipal, regional ou central.

Para Claunara Schilling Mendonça*, docente do campo da Medicina de Família na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), que ministrou a palestra de encerramento da atividade, ressalta que a política de atenção primária tem sofrido mudanças ao longo dos anos e os apoiadores institucionais tem o papel de manter firme o propósito da política de atenção primária no país. “O objetivo é falar das evidências, dos resultados importantes na nossa política, que é um marco de referência internacional. Mas que ainda temos bastante caminho pra trilhar, e como na democracia há fragilidades, encontros como esse, viabiliza a reflexão entre as pessoas, sobre o seu trabalho, se qualificar com argumentos em defesa de uma política social, ainda mais Minas que é um estado que historicamente tem valorizado a saúde da família e a atenção primária” afirma.

A ação

O 3º Encontro foi uma continuação de outros encontros que ocorreram no decorrer do ano passado, com as referências técnicas das unidades regionais de saúde, e coordenadores do NAPS. Ainda nesse ano serão realizados outros encontros.

*Médica, também atua como docente e pesquisadora de Atenção Primária no Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre/RS, vinculado ao Ministério da Saúde (MS).

Por Melyssa Fonseca (ASCOM/ESP-MG)