A partir de abril, os 18 municípios da Regional de Saúde de Uberlândia poderão fazer os pedidos via sistema interno dos testes rápidos de HIV, Hepatites B e C e Sífilis. Em 2016, foram confirmados, positivamente para Aids, 654 casos na região e, este ano, até o momento, 60 casos. A Atenção Primária será a porta de entrada para a realização dos testes no próprio município.

O treinamento para alinhar as equipes foi realizado nesta quarta e quinta-feira (26 e 27/04) e participaram coordenadores de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária, além de enfermeiros técnicos responsáveis pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s) dos municípios.

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Segundo a referência técnica em IST’s/Aids do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da Regional de Saúde de Uberlândia, Flávia Machado, anteriormente, os testes rápidos eram feitos nos serviços especializados em Patrocínio, Uberlândia e Araguari, “com a descentralização, as unidades de saúde não precisam mais encaminhar os pacientes para estas três cidades.

A vantagem é que eles podem fazer em seu município de residência e em até quinze minutos já têm o resultado para as IST´s. Caso dê positivo, por medidas de segurança, o paciente é encaminhado para fazer o exame sorológico – que é mais demorado” descreveu.

A referência complementou que este modelo é mais barato porque se der negativo, a suspeita já é descartada e não precisa fazer o exame sorológico. “Com a facilidade de acesso ao teste, o diagnóstico é precoce e o tratamento também”, ressaltou.

Mayara Cristina de Almeida, referência técnica da Coordenação de IST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), reforçou também o preenchimento correto das fichas de notificação, pois é a partir dos dados que o Estado realiza uma análise conclusiva, concreta e completa. “São estas informações que o Ministério da Saúde utiliza para a compra de medicamentos e outros insumos e o Estado planeja suas ações”, disse.

A descentralização dos testes e todo fluxo é muito importante para os municípios, defendeu a Coordenadora da Vigilância em Saúde de Monte Carmelo, Naessa Dias Lemes. “É essencial para Monte Carmelo a realização no próprio município dos testes rápidos, será muito mais fácil realizar o diagnóstico, pois o paciente não irá precisar se deslocar para outras cidades. Muitas vezes as pessoas não sabem que têm a doença porque não realizam o teste”. A coordenadora ainda disse que com o diagnóstico correto, as notificações ficam mais próximas da realidade, o que melhora a qualidade do tratamento e a investigação por novos casos.

Todas as equipes das secretarias já foram capacitadas para a descentralização. A partir do treinamento, irão receber as senhas para entrarem no sistema e realizarem diretamente seus próprios pedidos dos testes, que são fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde e Minas Gerais (SES-MG) e Ministério da Saúde.

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Por Priscilla Fujiwara