Nesta quarta-feira, 2/10, foi realizado o IX Encontro do Colegiado de Saúde Mental da Regional de Saúde de Uberlândia. Participaram as referências técnicas em saúde mental, profissionais dos Centros de Apoio Psicossociais (CAPS), da Atenção Primária e dos hospitais.

Crédito: Lilian Cunha

A questão do Setembro Amarelo, que é o mês de prevenção ao suicídio, foi o tema mais discutido. Os profissionais dos municípios montaram um painel e explicaram as ações desenvolvidas em conjunto com a comunidade. O tema não é pontual, as ações de prevenção ao suicídio devem ser trabalhadas o ano todo. “Os municípios devem conhecer os casos notificados e óbitos, estabelecer as portas de entrada, articular intersetorialmente, discutir formas de abordagem, estratégias para evitar casos com risco de suicídio, avaliar, também, o impacto das ações da campanha. Estas são questões fundamentais que merecem um olhar diferenciado para pensar em propostas de acolhimento ao paciente e evitar os casos”, pontuou Maria Lúcia Reis, referência técnica regional em saúde mental.

Com relação à política de álcool e outras drogas, a nova legislação traz pontos específicos de comunidades terapêuticas que antes não eram abordados em normas anteriores. “As equipes de saúde precisam estar alinhadas e esclarecer os procedimentos sobre as internações em unidades de saúde e o que compete às comunidades terapêuticas, para que a saúde e a população não trabalhem de maneira diferente das diretrizes”, ressaltou Reis.

A técnica da Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Uberlândia, Maria Inês Marques, orientou sobre o preenchimento da ficha de notificação da tentativa de autoextermínio e apresentou os dados de cada município nos últimos três anos. “Os profissionais de saúde precisam notificar e inserir as informações no sistema. A notificação é fundamental para a definição de políticas públicas”, destacou a técnica.

A coordenadora da saúde mental de Araguari, Raquel Chedid Melo Borges, que busca sempre estar presente nas reuniões, reforça que as discussões entre os municípios e a Regional de Saúde são enriquecedoras, pois apesar de haver os parâmetros a serem cumpridos, há vários desdobramentos assistenciais para um mesmo caso. “Precisamos de educação permanente devido à complexidade dos casos que têm chegado na saúde pública, e as experiências nos amparam para o dia a dia do serviço”, observou a coordenadora.

Durante a reunião foram definidas as referências técnicas municipais do grupo de trabalho de Urgência e Emergência em Saúde Mental e representantes para o Colegiado Estadual de Saúde Mental. Na oportunidade, foram repassados também os dados do monitoramento do matriciamento da Atenção Básica pelos CAPS e os informes e assuntos pertinentes da Saúde Mental que estão sendo trabalhados no âmbito estadual.

Por Lilian Cunha

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